quarta-feira, 23 de dezembro de 2015


Jovem diz que pai foi maltratado por médica: 'Mandou ele urinar nas calças'
Analista de sistemas acionou a Polícia Militar e registrou um BO. Secretaria de Saúde não foi notificada sobre o ocorrido mas vai apurar.
11/01/2015 08h05 - Atualizado em 11/01/2015 08h10
Por LG Rodrigues
Do G1 Santos
Pronto Socorro da Zona Leste, em Santos (Foto: Raphael Lima / Arquivo Pessoal)Pronto Socorro da Zona Leste, em Santos
(Foto: Raphael Lima / Arquivo Pessoal)
Um jovem afirma que seu pai foi maltratado e ofendido por uma médica após ser atendido no Pronto Socorro da Zona Leste de Santos, no litoral de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (2). O analista de sistemas Raphael Lima, de 23 anos, diz que levou o pai, que tem depressão, até a unidade de saúde para se tratar e a profissional teria chamado o paciente de vagabundo, além de tê-lo impedido de ir até o banheiro. A Secretaria de Saúde do município diz não saber sobre o ocorrido mas vai apurar eventuais responsabilidades.
O pai de Raphael possui problemas psiquiátricos e foi levado pelos familiares até o Pronto Socorro após ter ingerido veneno. “O Samu levou ele até o PS do Macuco. O primeiro médico o atendeu super bem, foi atencioso e dava notícias para a minha mãe. A médica que assumiu depois que foi o problema”, diz.
De acordo com o jovem, a profissional foi ríspida e impediu seu pai de ir até o banheiro da unidade de saúde. “Ele pediu para urinar e ela mandou ele urinar nas calças. Entrei na sala para conversar com ele e falei que levava ele ao banheiro e o trazia de volta, mas ela não quis”, conta.
Raphael conta que o pai estava amarrado pelos pés e que, depois disso, retirou o homem do PS. “Ele saiu do hospital sangrando, cheio de atas pelo corpo e falando que ia se matar. Contamos isso para a médica e ela falou que ele era um vagabundo”, conclui.
Depois disso, o analista de sistema acionou a Polícia Militar, que enviou uma viatura até o Pronto Socorro e um boletim de ocorrência foi registrado. “Depois que ela o chamou de vagabundo eu falei q ela não tinha direito de chamá-lo assim e que ele trabalha, mas aí fecharam a porta e eu também não quis falar muito alto lá de fora, pois havia uma moça grávida no local”, conclui.
De acordo com a Prefeitura de Santos, a Secretaria de Saúde não foi notificada sobre o ocorrido mas vai apurar eventuais responsabilidades.

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