segunda-feira, 21 de dezembro de 2015


Dólar com. R$ 4,01
  max 29° /  min 20°

Vídeos mostram interno nu e amarrado antes de ser torturado em clínica de reabilitação no Entorno do DF

Do R7, com TV Record Brasília
10/6/2015 às 17h11
Interno aparece com braços e pés amarrados em um quarto escuro da clínicaReprodução/TV Record Brasília
Uma clínica de reabilitação de Luziânia, região do Entorno do DF, é acusada de maltratar internos que tentam sair do mundo das drogas. Vídeos exibidos com exclusividade pela Record Brasíliamostram cenas impressionantes de sessões de torturas e humilhação. Em determinado momento, um paciente chega a ser colocado nu e amordaçado dentro de um dos quartos. Ele tem os pés e maõs amarrados com um pedaço de pano.
No vídeo, o paciente reage aos maus-tratos, mas logo ouve uma ameaça: “vai pegar uma vassoura para enfiar no... dele”. Em outra imagem, o mesmo rapaz aparece sem roupas, deitado no chão de um quarto escuro, amordaçado e com as mãos e os pés amarrados novamente. O áudio do vídeo mostra que os torturadores zombam do homem, que não consegue nem se mexer.
— Ó o malandro. Nossa, que lindo! — dizem os torturadores no vídeo.
Em um terceiro vídeo, um adolescente que aparenta ter entre 13 e 15 anos também é colocado em um colchão e preparado para ser amarrado. O jovem chora desesperado enquanto alguém da clínica pergunta se ele pretende matá-lo e ameaça “contar tudo”.
Publicidade
De acordo com a denúncia, as pessoas que aparecem torturando os rapazes seriam funcionários da clínica. Mas, o coordenador e terapeuta da clínica, Glauber Carvalho, nega as acusações e garante que, quando o interno fica nervoso e agressivo, nunca usam de violência para contê-lo.
— Nós temos as medidas educativas que é, chega no fim da tarde, enquanto os outros estão no lazer, o que eles vão fazer? Vão lavar um banheiro, vão ser responsáveis pela limpeza da piscina, a lavagem de uma louça. Essas são as medidas educativas, nada de anormal como existem em várias outras clínicas onde eu inclusive já passei. Violência a gente já vivia lá fora, 24 horas por dia, quando há uma ameaça, alguma coisa, a gente simplesmente afasta, conversa e usa de maneira terapêutica e psicológica.
Ainda segundo Glauber, para conter um interno a clínica usa apenas de medicamentos.
— Ele é medicado, colocado dentro da casa, dorme e no outro dia já acorda mais calmo e não dá trabalho.
As famílias pagam cerca de R$ 1,2 mil por mês pelo tratamento, que pode durar de seis a nove meses. Ao assistir um dos vídeos, Glauber reconhece o interno e o funcionário que aparece fazendo torturas, mas garante que nenhum dos dois estão mais lá e que não sabia da ocorrência.
— Isso vai ser averiguado, eu vou apresentar isso para o dono da clínica porque aqui a gente abomina esse tipo de coisa. Vamos tomar as medidas necessárias.
Assista reportagem completa do Balanço Geral:

Nenhum comentário:

Postar um comentário