sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Cantanhêde ou Natasha Romero Sanches, quem é a escrava?


Cantanhêde ou Natasha Romero Sanches, quem é a escrava?

A médica cubana Natasha Romero Sanches, que disse que seu salário é suficiente, ou a colunista da Folha Eliane Cantanhêde, que afirma que profissionais como Natasha vieram ao Brasil num “avião negreiro”?

A negra Natasha Romero Sanches, de 44 anos, é uma doutora cubana. Formou-se por uma universidade pública e, neste sábado, desembarcou no Brasil. Já nesta segunda-feira, passará por um treinamento na língua portuguesa, antes de ser enviada a um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro e abrigarão estrangeiros nesta primeira fase do Mais Médicos. Indagada por jornalistas sobre o fato de parte da sua bolsa de R$ 10 mil ser apropriada pelo governo cubano, ela não se queixou. “O meu salário é suficiente”, disse ela, afirmando ainda que trabalha por amor e pela vocação de salvar vidas.
Aos olhos da jornalista Eliane Cantanhêde, a doutora Natasha é uma escrava. Veio ao Brasil não num voo comercial, mas num “avião negreiro”. Assim como Cantanhêde, diversos outros jornalistas escreveram artigos ou postaram mensagens no Twitter sobre a “escravidão” de cubanos. Foi o caso, por exemplo, de Reinaldo Azevedo, de Veja.com, de Ricardo Noblat, do Globo, e de Sandro Vaia, ex-diretor de Redação do Estado de S. Paulo – além do inacreditável Augusto Nunes, que definiu o ministro Alexandre Padilha como uma Princesa Isabel às avessas.

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É possível que esses colunistas realmente acreditem que os médicos cubanos foram escravizados pelos irmãos Castro. E que o Brasil, sob as garras do PT, se converteu numa brutal tirania que trafica pessoas – argumento que se enfraquece diante do fato de que dezenas de países já assinaram convênios semelhantes para a importação de médicos com o governo cubano.
Evidentemente, a doutora Natasha não é uma escrava, assim como os outros médicos de Cuba que chegaram ao Brasil neste sábado (para saber mais sobre o tema, leia o artigo de Hélio Dolye sobre como funciona o sistema de remuneração dos profissionais de saúde cubanos). O que todos eles pediram na chegada foi apenas respeito, para que possam desempenhar bem as suas funções.
Mas será que Eliane Cantanhêde e seus colegas são realmente pessoas livres? Eliane, por exemplo, se vê forçada a criticar qualquer iniciativa vinculada ao Partido dos Trabalhadores e até a inventar crises inexistentes. Foi ela, por exemplo, quem, no início deste ano, anunciou um apagão iminente – que ainda não aconteceu. Ela também esteve na linha de frente do chamado “lobby do tomate”, apontando uma inflação fora de controle, que não se materializou.
Seus coleguinhas, muitas vezes, também parecem presos e acorrentados a grilhões ideológicos. Funcionam num sistema binário, que exclui a reflexão – se algo é ligado ao PT, só pode estar errado. Ocorre que, muitas vezes, eles apenas vocalizam interesses econômicos, políticos ou comerciais não deles – mas dos seus patrões. Barões midiáticos que, num sistema ainda concentrado como o brasileiro, distorcem o fluxo das informações. Basta dizer que, entre os dez homens mais ricos do País, quatro são ligados a grandes grupos de comunicação.
É possível que a doutora Natasha não desfrute de toda a liberdade que gostaria de ter. Mas não se pode descartar a hipótese de que ela seja uma mulher mais livre do que Eliane e seus colegas que a vêem como uma escrava.

Pedro Kemp repudia preconceito contra médicos cubanos


Pedro Kemp repudia preconceito contra médicos cubanos

quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Por: Paulo Fernandes   Foto: Giuliano Lopes 
"São situações de causar vergonha", diz Kemp.
O 2º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Kemp (PT), está indignado com a atitude de algumas pessoas que hostilizaram os médicos estrangeiros que vieram ao Brasil. Ele usou a tribuna nesta quinta-feira (29/8) para defender os profissionais que estão vindo trabalhar no país por meio do programa "Mais Médicos", do Governo Federal.

Um grupo de médicos estrangeiros chegou a ser vaiado em Fortaleza, na cerimônia de abertura do programa. Dos 96 médicos que estão em treinamento em Fortaleza, 79 vieram de Cuba.

"O que aconteceu nos últimos dias me causou indignação. É uma barbaridade. São situações de causar vergonha", disse o parlamentar.

Kemp explicou que o governo brasileiro fez o levantamento das regiões do País que não têm médicos. Em seguida, apresentou para os médicos brasileiros a opção de trabalhar nessas regiões com auxílio moradia, alimentação e salário de R$ 10 mil, mas o número de inscritos foi insuficiente para atender a demanda. Somente após isso, requisitou os médicos estrangeiros.

"Os médicos estrangeiros não vêm tomar o lugar dos brasileiros. Eles não vão atender na Santa Casa de Campo Grande, mas provavelmente na aldeia em Coronel Sapucaia, onde os médicos brasileiros não querem ir", afirmou. Mais de 700 municípios brasileiros não têm médicos.

Foram vários atos de discriminação contra os médicos cubanos. A jornalista potiguar Micheline Borges chegou a comentar que "as médicas cubanas têm uma cara de empregada doméstica”. Já a colunista Eliane Cantanhêde declarou que os médicos vieram ao Brasil em um "avião negreiro" - uma referência aos navios negreiros que trouxeram os escravos africanos para o país no século XIX. Outros jornalistas e colunistas também trataram a situação como uma "escravidão".

Médicos cubanos responderam às críticas argumentando que "vieram para ajudar", contando que participaram de várias ações humanitárias e que não vieram pelo salário.

Tetila - Presidente da Comissão de Trabalho e Direitos Humanos, o deputado Laerte Tetila (PT) foi outro que usou a tribuna para repudiar a discriminação contra os médicos estrangeiros e também para defender o programa "Mais Médicos".

Ele usou como exemplo a realidade de Cuba onde 40% dos médicos são de fora. "A medicina é universal. Graças aos médicos cubanos a saúde da Venezuela se tornou uma das melhores, segundo a Organização Mundial da Saúde", acrescentou.

Os deputados Junior Mochi (PMDB), Amarildo Cruz (PT) e Cabo Almi (PT) também repudiaram as manifestações de discriminação contra os estrangeiros.
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Após morte da mãe, homem agride médico de plantão em Teófilo Otoni


VALES DE MINAS GERAIS



Após morte da mãe, homem agride médico de plantão em Teófilo Otoni

Homem ficou nervoso ao receber a notícia da morte, diz PM. Médico foi agredido com socos e chutes.
Do G1 Vales de Minas Gerais
Um homem de 37 anos foi preso nessa quinta-feira (6), após agredir um médico de 63 anos que estava prestando atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Teófilo Otonix (MG). Segundo a PM, o homem ficou nervoso depois de receber a notícia de que a mãe dele havia morrido. A polícia informou que a mulher foi internada na quinta e morreu horas depois de receber atendimento.

Ainda de acordo com a polícia, o médico não informou as causas da morte e o homem ficou irritado. Em seguida, agrediu o médico com socos e chutes. Um outro rapaz que também estava no hospital com o autor, foi preso após chutar as cadeiras da sala de espera.

O médico agredido recebeu atendimento e foi medicado e liberado. Os dois homens foram conduzidos à delegacia de Teófilo Otoni.


Globo.com
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Idosa morre e família denuncia médico de hospital em Santos Dumont


ZONA DA MATA



Idosa morre e família denuncia médico de hospital em Santos Dumont

Família alega que médico da UTI chegou a negar atendimento. Hospital fará sindicância; caso será encaminhado à Polícia Civil.
Do G1 Zona da Mata
Hospital de Misericórdia Santos Dumont 1 (Foto: Reprodução/ TV Integração)
Caso foi registrado no Hospital de Misericórdia de Santos Dumont (Foto: Reprodução/ TV Integração)
Parentes de uma idosa de 61 anos denunciaram um médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Misericórdia de Santos Dumontx, na Zona da Mata, por demora no atendimento na madrugada desta quinta-feira (13). De acordo com o registro da Polícia Militar (PM), a família de Maria de Fátima Lucas de Oliveira alegou que o médico negou atendimento no pronto-socorro do hospital dizendo ser médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Porém, mais tarde ele fez o atendimento após ouvir dos policiais que poderia responder por omissão de socorro. A idosa chegou ao hospital com insuficiência respiratória e morreu dez minutos após receber o atendimento, segundo a PM.
A Polícia Militar acompanhou o desfecho da ocorrência registrada como "outras infrações contra a pessoa". O nome e idade do médico não foram informados ao G1. A ocorrência será encaminhada para a Polícia Civil e a direção do Hospital de Misericórdia informou que o caso será apurado internamente.
O delegado do Conselho Regional de Medicina, José Nalon, explicou que ainda não há denúncia formalizada sobre este caso. No entanto, a princípio, médicos de UTI não podem deixar o posto sob pena de punição.
O caso
Maria de Fátima foi levada pelos filhos para o Hospital de Misericórdia por volta de 1h da madrugada desta quinta-feira. De acordo com o filho dela, Eduardo Antônio Nascimento, eles ficaram cerca de uma hora pedindo socorro e providências.
"Imploramos por socorro, pedimos maca e colchão para ela que foram negados. Os funcionários só deram suporte depois que a PM chegou. Ligamos para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas eles explicaram que não poderiam vir porque ela estava no hospital. Minha mãe passando mal, a gente procurou o pronto-socorro, era nossa única opção e quando chegamos aqui, foi negado socorro", lamentou.
Segundo Eduardo, os familiares foram informados de que só havia o médico da UTI e que ele se recusou, na frente de testemunhas, a atender a idosa. "Eles alegaram que no momento só estava o médico da UTI, que se negou o tempo inteiro a dar socorro à minha mãe. Ele fez isso na frente dos policiais e até de algumas pessoas que acompanhavam um velório aqui perto. Independentemente de estar só ele ou não, eu acho que ele deveria socorrido. Quando ele caiu em si era tarde. Minha mãe não resistiu", afirmou.
De acordo com o resumo do registro da PM, a idosa apresentava insuficiência respiratória. Os enfermeiros fizeram os primeiros atendimentos diante do "estado gravíssimo" e relataram à PM que fizeram vários contatos com o médico da UTI, que se negou a atender a solicitação, alegando ser médico da Terapia Intensiva e não do Pronto Socorro.
Na ocorrência consta que os policiais militares tentaram convencer o médico, que novamente negou atendimento, mesmo sendo reforçado que a idosa aparentava um quadro grave e que se ele negasse atendimento, poderia ser enquadrado por omissão de socorro. Em seguida, o médico encaminhou a idosa à sala de emergência, depois retornou e disse que a paciente iria morrer se não fosse transferida para Juiz de Fora. A idosa morreu 10 minutos depois, segundo a polícia.
Apurações
O diretor administravito do Hospital de Misericórdia, Marcelo Feliciano Costa, disse que será aberta uma sindicância nesta quinta-feira para avaliar na comissão de ética interna os procedimentos adotados pelos funcionários no atendimento e apurar a responsabilidade administrativa para as medidas cabíveis. O G1 questionou sobre a existência de médico para o atendimento do pronto-socorro e aguarda resposta.
O Delegado do Conselho Regional de Medicina (CRM) José Nalon destacou que o caso pode ser denunciado por familiares e analisado pelo CRM. No entanto, sem emissão de juízo de valor sobre a situação específica, ele lembrou que o médico de UTI não pode se afastar do setor.
"Se o médico sai do posto original de trabalho, mesmo que seja para beneficiar outra pessoa e houver algo com algum dos pacientes, ele se torna responsável. Temos uma falha no sistema de saúde porque o hospitais precisam ter alguém no pronto atendimento e emergência para estes atendimentos", lembrou.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Erro médico mata

01/12/1999
Erro médico mata
Negligência faz mais vítimas fatais do que acidentes, câncer de mama e Aids nos EUA

A estimativa é assustadora: entre 44 mil e 98 mil pessoas morrem por ano nos EUA vítimas de erro médico. Os números são de uma pesquisa da Academia Nacional de Ciências, divulgada ontem. A instituição, vinculada ao governo americano, alerta que o problema mata mais do que os acidentes rodoviários (43,5 mil), e doenças como câncer de mama (42,3 mil) e Aids (16,5 mil).

“Apesar de não existirem estatísticas semelhantes no Brasil, estima-se que a mesma quantidade de pessoas morra aqui anualmente pelo mesmo motivo”, acredita Célia Destre, presidente da Associação de Vítimas de Erro Médico, no Rio.

País estuda como proteger pacientes

A alta incidência de erros nos EUA já leva o governo a pensar na criação de uma agência federal de proteção aos pacientes. Segundo a academia, o Congresso deveria exigir que todos os prestadores de serviços de saúde registrassem erros médicos, cujas conseqüências foram problemas graves e morte.

“O setor de saúde está pelo menos uma década atrás de outros serviços de alto risco no que diz respeito à segurança”, disse o cientista William Richardson, que conduziu a pesquisa.

Informação poderia reduzir número de mortes

Segundo o pesquisador, especialistas em segurança na saúde poderiam impedir muitos dos problemas e mortes recolhendo e analisando dados sobre erros médicos, com o objetivo de identificar as causas. “O número poderia cair pela metade nos próximos cinco anos”, garante Richardson.

A Associação Médica Americana disse que, apesar do número de vítimas de erro médico, a saúde nos EUA é praticada de forma segura, se for considerada a demanda da população por médicos. “A maior causa desses erros são as interações medicamentosas, que ocorrem graças a vários fatores: prescrição errada, até a incapacidade de o paciente ler receitas ou tomar remédios por conta própria”, diz a associação, dados não confirmados pelos realizadores do estudo.

Partos lideram queixas no Brasil

O Conselho Federal de Medicina do Brasil registrou, em 98, 78 casos de vítimas de erro médico. Todos eles foram julgados e apenas nove profissionais foram absolvidos durante o processo. Nos últimos 10 anos, o órgão julgou 386 casos, número considerado pequeno em relação à quantidade de supostas vítimas.

Na Associação das Vítimas de Erro Médico, que recebe uma média de 300 reclamações por ano, o número de vítimas vivas (70%) supera a quantidade de pessoas cujos parentes morreram devido a erros médicos (30%). “As maiores reclamações são de negligência médica durante o parto, somando 40% dos processos”, conta Célia Destre, presidente da associação.

Fonte: O Dia Rio de Janeiro/RJ 

Doentes internados nas instituições hospitalares são vítimas de erro médico

Em Angola, quatro por cento dos doentes internados nas instituições hospitalares são vítimas de erro médico, de acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos de Angola. Carlos Pinto de Sousa, que falava quinta-feira em Luanda, durante uma palestra sobre


“A Responsabilidade Jurídica Emergente do Acto Médico”, acrescentou que, num hospital, seis por cento é a probabilidade diária de um doente sofrer de um erro médico, sendo que 17 por cento dos erros ocorrem em actos cirúrgicos e de 20 a 30 por cento são devidos a falhas de prescrição médica.
O bastonário frisou que a ciência médica não é exacta, daí o risco da ocorrência de erros. “O médico deve ser prudente no exercício da sua actividade, de modo a não cometer erros próprios”, disse, para depois salientar que o médico competente e dedicado a tempo inteiro não está livre de cometer um erro.
Carlos Pinto de Sousa referiu que o combate ao erro médico começa pela divulgação de informação a respeito dos casos que acontecem e realçou que o erro médico surge de factores biológicos, humanos e extra-humanos, relacionados com as tecnologias e o ambiente de trabalho.
“A responsabilidade jurídica só é atribuída a um profissional quando este violaos princípios plasmados no Código Deontológico e Ético da Ordem dos Médicos”, esclareceu Carlos Pinto de Sousa. O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, Hermenegildo Cachimbombo, presente no acto, afirmou que os profissionais de saúde estão sujeitos aos deveres legais, contratuais e deontológicos e explicou que nas situações em que o profissional de saúde trabalha por conta de uma instituição pública ou privada a reparação do erro pode ser exigida directamenteàinstituição contratante.
“As Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros devem criar uma lista de especialistas para intervirem como peritos sobre esta matéria, sempre que forem chamados”, realçou.
O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola sublinhou que, para reduzir o risco jurídico da sua actividade, os profissionais de saúde devem assinar contratos de responsabilidade civil.
 http://www.stop.co.mz/africa/105-angola/4198-4-dos-doentes-internados-nas-instituicoes-hospitalares-sao-vitimas-de-erro-medico

SEQUELAS DE RINOPLASTIA

Busto de Faustina, esposa do Imperador Marco Aurelio (130-175)
SEQUELAS DE RINOPLASTIA
                    As sequelas de rinoplastia são geralmente provocadas pelaressecção incorreta das cartilagens pelo cirurgião. Naturalmente nenhum cirurgião cria uma sequela intencionalmente, mas é o fato de tratar os diferentes tipos de nariz de uma mesma maneira que ocasionam estes defeitos. Por exemplo, um tipo de ressecção que não causa defeitos em nariz de pele grossa, por exemplo, pode produzir um resultado desastroso em um paciente de pele fina.
                    Seguem abaixo os tipos mais comuns de sequelas de rinoplastia:
                    -V invertido: É a sequela mais comum e acontece naqueles pacientes que possuem dorso alto e que necessitam de redução. Provocado pelo rebaixamento excessivo do dorso sem a posterior reconstrução do teto nasal, ocorre comumente na rinoplastia fechada.
                    -Colapso de Válvula Nasal: Trata-se da manifestação funcional do V invertido. O colapso das válvulas, provocado pelaressecção excessiva sem reconstrução do dorso, causa um pinçamento do terço médio nasal e estreitamento da passagem de ar durante a inspiração.
                    -Pinçamentos e Retrações: provocada pela ressecção excessiva e consequente enfraquecimento das cartilagens, que perdem a capacidade de manter o nariz aberto durante a inspiração e de manter a forma do nariz.
                    -Desvios de Ponta / Dorso: O enfraquecimento das cartilagens somado à retração cicatricial que todo paciente está sujeito após a rinoplastia leva aos desvios da ponta/dorso. Na rinoplastia estruturada, uma vez que as cartilagens são fortalecidas, a estrutura nasal fica muito mais firme para prevenir os desvios provocados pela cicatrização.
                    -Obstrução Nasal: Pode ser provocado pela ressecção excessiva com o consequente colapso das válvulas nasais, ou pela aderência da mucosa interna (sinéquia) causada por uma cirurgia com lesão mucosa. A obstrução respiratória é uma sequela comum nas rinoplastias redutoras, e sua correção é geralmente complexa, e muitas vezes limitada.
                    -Supratip (Sobreponta): Trata-se daqueles casos onde o paciente sai bem da cirurgia, mas alguns meses depois a ponta cai, o dorso fica mais alto que a ponta e a columela fica pendurada. É consequência da perda de projeção da ponta nasal provocada pelo enfraquecimento da estrutura nasal, decorrente da ressecção excessiva das cartilagens.
                    -Hump residual: irregularidade que permanece no dorso após o rebaixamento, geralmente provocado por uma ressecção incompleta ou que torna-se aparente com a queda da ponta nasal.



Como evitar complicações na primeira cirurgia?


                    A rinoplastia é uma cirurgia que não permite erros. Uma rinoplastia mal sucedida pode comprometerpermanentemente a estética e função nasal e tornar a sua reparação altamente complexa e muitas vezes impossível.
                    É comum o paciente não ser muito criterioso na escolha do seu cirurgião para a primeira cirurgia. Muitas vezes escolhe um cirurgião que, embora realize bem outras cirurgias, não seja suficientemente qualificado para a rinoplastia. Nestes casos, por melhor que sejam suas intenções, as sequelas de rinoplastia costumam acontecer.
                    Atualmente, em nosso consultório, praticamente 70% dos casos que recebemos são de Rinoplastias Secundárias e Sequelas de Rinoplastias prévias. Isto acontece porque, após o paciente fazer a primeira cirurgia sem sucesso, apenas após a sequela instalada ele busca um cirurgião mais especializado no assunto para corrigir o problema.
                    Infelizmente, nem todas as sequelas podem ser totalmente revertidas, embora na grande maioria dos casos conseguimos reverter com sucesso muitos dos problemas criados. Trata-se, porém de uma cirurgia muito mais complexa, mais difícil e muito mais custosa.
                    Portanto, o IDEAL é que o paciente já faça o tratamento certo, LOGO NA PRIMEIRA VEZ.
                    Muitas vezes o custo é um fator determinante na escolha do cirurgião. Porém, com a rinoplastia, este fator deve ser relativizado. Devido a complexidade das sequelas, na maioria dos casos é preferível que o paciente NÃO REALIZE qualquer Rinoplastia do que realizar uma rinoplastia com um cirurgião pouco qualificado. Com frequência recebemos pacientes que relatam que o nariz ficou pior do que era antes da cirurgia, o que é muito frustrante.
                    Toda a Rinoplastia é sujeita a retoques posteriores. Porém, quando bem feita na primeira vez, geralmente pequenos retoques são suficientes nos raros casos que necessita correção, ao passo que nas cirurgias mal sucedidas, a reconstrução é sempre muito mais complexa.

Acidentes / Trauma Nasal:


                    Acidentes e traumas nasais podem acarretar algumas sequelas que devem ser observadas prontamente:
                    -A fratura dos ossos nasais: pode cursar com ou sem desalinhamento do dorso. Fraturas que causem desvios ou criem humps dorsais devem ser abordados no sentido de prevenir problemas estéticos e funcionais.
                    -Hematoma septal: O trauma pode ocasionar um hematoma (acúmulo de sangue) entre as mucosas do septo nasal, o que pode levar a fibrose ou perfuração. Caso ocorra, deve ser puncionado e esvaziado para evitar sequelas posteriores.
                    -Fratura septal: O trauma pode causar fratura e desvio septal, que por cursar com obstrução respiratória. Deve ser abordado imediatamente, no sentido de prevenir sequelas posteriores.
                    É importante ressaltar que o paciente que sofre traumatismo nasal, sofre também, antes de tudo, um trauma facial ou traumatismo cranio-encefálico. Por conta disto, todo paciente com trauma nasal deve ser avaliado quanto a presença de outros tipos de lesões – cerebrais principalmente – devendo ser atendidos em um serviço de emergência, para avaliação clínica, neurológica e complementar com tomografia computadorizada, para afastar demais lesões concomitantes.

Sequelas de “Bioplastia”:


                    bioplastia consiste no preenchimento do nariz (ou outras regiões do rosto como o malar, lábios, sulcos, mandíbula e etc) com um material plástico inabsorvível, ou seja, permanente no organismo.
                    NÃO EXISTE BIOPLASTIA SEGURA. TODAS ACARRETAM PROBLEMAS PARA A SAÚDE.
                    Todos os pacientes que receberam injeção de preenchimento definitivo no nariz DEVE SER SUBMETIDO À CIRURGIA para retirada deste material.
                    Um dos problemas mais comuns gerados pela bioplastia é a Necrose tecidual. O preenchimento bloqueia a circulação e causa NECROSE da ponta nasal, asas, dorso, sendo necessário a retirada cirúrgica deste tecido necrosado e reconstrução do nariz com retalhos, quando possível, e na maioria dos casos gerando sequelas estéticas permanentes.
                    Outra sequela comum da bioplastia é a formação de tecido de granulaçãoextrusão do material edeformação do contorno nasal. Nestes casos, a retirada do material deve ser feita com o máximo de urgência para evitar o agravamento do quadro.
                    Um dos maiores problemas na bioplastia de nariz é a deformação das cartilagens provocadas pelo produto injetado. Este deformidade se agrava quanto mais tempo o material permanecer no nariz, causando uma tortuosidade progressiva das cartilagens e devendo ser retirado o quanto antes para permitir a sua reconstrução com enxertos.
                    O Dr. Luciano Loss possui vasta experiência em sequelas provocadas por bioplastia, tendo realizado inúmeros casos complexos de reconstrução nasal com total sucesso. No entanto, é uma cirurgia altamente complexa, devendo ser realizada com muito critério e com o máximo de antecedência pelo paciente.

Cuidados na escolha do seu Cirurgião