sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Pedro Kemp repudia preconceito contra médicos cubanos


Pedro Kemp repudia preconceito contra médicos cubanos

quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Por: Paulo Fernandes   Foto: Giuliano Lopes 
"São situações de causar vergonha", diz Kemp.
O 2º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Kemp (PT), está indignado com a atitude de algumas pessoas que hostilizaram os médicos estrangeiros que vieram ao Brasil. Ele usou a tribuna nesta quinta-feira (29/8) para defender os profissionais que estão vindo trabalhar no país por meio do programa "Mais Médicos", do Governo Federal.

Um grupo de médicos estrangeiros chegou a ser vaiado em Fortaleza, na cerimônia de abertura do programa. Dos 96 médicos que estão em treinamento em Fortaleza, 79 vieram de Cuba.

"O que aconteceu nos últimos dias me causou indignação. É uma barbaridade. São situações de causar vergonha", disse o parlamentar.

Kemp explicou que o governo brasileiro fez o levantamento das regiões do País que não têm médicos. Em seguida, apresentou para os médicos brasileiros a opção de trabalhar nessas regiões com auxílio moradia, alimentação e salário de R$ 10 mil, mas o número de inscritos foi insuficiente para atender a demanda. Somente após isso, requisitou os médicos estrangeiros.

"Os médicos estrangeiros não vêm tomar o lugar dos brasileiros. Eles não vão atender na Santa Casa de Campo Grande, mas provavelmente na aldeia em Coronel Sapucaia, onde os médicos brasileiros não querem ir", afirmou. Mais de 700 municípios brasileiros não têm médicos.

Foram vários atos de discriminação contra os médicos cubanos. A jornalista potiguar Micheline Borges chegou a comentar que "as médicas cubanas têm uma cara de empregada doméstica”. Já a colunista Eliane Cantanhêde declarou que os médicos vieram ao Brasil em um "avião negreiro" - uma referência aos navios negreiros que trouxeram os escravos africanos para o país no século XIX. Outros jornalistas e colunistas também trataram a situação como uma "escravidão".

Médicos cubanos responderam às críticas argumentando que "vieram para ajudar", contando que participaram de várias ações humanitárias e que não vieram pelo salário.

Tetila - Presidente da Comissão de Trabalho e Direitos Humanos, o deputado Laerte Tetila (PT) foi outro que usou a tribuna para repudiar a discriminação contra os médicos estrangeiros e também para defender o programa "Mais Médicos".

Ele usou como exemplo a realidade de Cuba onde 40% dos médicos são de fora. "A medicina é universal. Graças aos médicos cubanos a saúde da Venezuela se tornou uma das melhores, segundo a Organização Mundial da Saúde", acrescentou.

Os deputados Junior Mochi (PMDB), Amarildo Cruz (PT) e Cabo Almi (PT) também repudiaram as manifestações de discriminação contra os estrangeiros.
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