segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Mãe haitiana é humilhada por pediatra na primeira consulta da filha

 O caso aconteceu em Guarulhos, cidade da Grande São Paulo; prefeitura diz que consultas são de 15 minutos e que vai mandar uma equipe para atender o bebê da imigrante em casa.


Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Reprodução/TV Globo

Uma imigrante haitiana de 30 anos denunciou ter sido vítima de racismo na UBS Cidade Seródio, periferia de Guarulhos, cidade da Grande São Paulo, quando foi levar a filha de um mês de vida para a primeira consulta com uma pediatra em fevereiro. A mulher disse a uma rede de ativistas dos Direitos Humanos e de apoio a imigrantes que tinha sido discriminada e humilhada pela pediatra Maria das Graças Silva Pinheiro.

De acordo com o depoimento que a Alma Preta teve acesso e aos relatos de amigos que acompanharam o caso, a mãe chegou na UBS antes das 7h e ficou aguardando ser chamada. Como isso não aconteceu, ela resolveu tirar dúvidas e a  pediatra a pediu para esperar.

A mãe ficou com a filha de um mês no colo até que todas as outras pessoas fossem atendidas. Segundo a imigrante, a pediatra perguntou se ela veio para consultar a filha. A mãe respondeu que estava agendada e ao perceber a dificuldade da imigrante com a língua portuguesa a médica disse que não ia atendê-la.

A imigrante haitiana ligou para uma amiga que fala português para explicar melhor os motivos da consulta. Nesse momento,  a pediatra Maria das Graças pediu para encerrar a ligação e perguntou qual era a nacionalidade da mãe. Quando ela disse que era haitiana as humilhações e maus tratos seguiram, ela tirou com violência o cartão da criança das mãos da imigrante, tocou na criança “como se fosse lixo”, ainda de acordo com os relatos.

A mãe fala francês, inglês e entende um pouco de português por estar no Brasil há um ano. Ela tem um outro filho pequeno e passou por problemas de saúde durante a gestação, o que a impediu de produzir leite materno. Naquele dia, ela saiu da UBS chorando. A imigrante mora na ocupação São João, também em Guarulhos, e está sem dinheiro para comprar o leite necessário para alimentar a bebê, agora com dois meses de idade. As doações para ajudar a família estão sendo entregues no terminal de ônibus do bairro São João.

Outro lado

Alma Preta procurou a Secretaria Municipal da Saúde de Guarulhos e questionou sobre os protocolos de atendimento na UBS. Em nota, a secretaria informou que a imigrante chegou antes das 7h e a consulta era às 7h30, mas ela teria ficado do lado de fora da unidade e só entrou às 8h. A médica então fez um encaixe de atendimento às 11h.

Segundo o comunicado enviado à reportagem, a médica relata que a mãe teve dificuldade de entender o português e tirou da bolsa um celular para que uma terceira pessoa falasse. A pediatra explicou para a mãe que não teria condições de falar pelo celular naquele momento, porque “tinha 15 minutos para a consulta, uma vez que precisava atender os demais pacientes”.

A secretaria informou que uma nova consulta estava marcada para a semana passada, mas a mãe não compareceu. Diante disso, uma equipe da unidade fará uma visita domiciliar para saber o motivo da falta, como está a criança e reagendar a consulta.

A Prefeitura de Guarulhos disse ter em sua estrutura uma Subsecretaria de Igualdade Racial, que oferece o serviço de SOS Racismo para vítimas de discriminação étnico-racial, religiosa ou intolerância correlata. A gestão solicitou as informações junto à Secretaria de Saúde para ter esclarecimentos sobre o caso.

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Médica Luana Araújo fala à CPI da Covid; veja o depoimento completo

A CPI da Covid ouve a médica Luana Araújo, que havia sido indicada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para chefiar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento da Covid-19. A nomeação não foi efetivada pelo governo. O pedido do depoimento foi do senador Humberto Costa (PT-PE). Transmitido ao vivo em 2 de jun. de 2021

Quem é Luana Araújo? Médica que depôs na CPI é cantora e musicista

 A infectologista participou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado e abalou a ala 'bolsonarista

02/06/2021 18:00 - atualizado 14/06/2021 09:03

Luana Araújo é médica infectologista é atua em Belo Horizonte
Com o depoimento realizado nesta quarta-feira (2/6) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado, os olhos dos brasileiros focaram na médica Luana Araújo, médica infectologista, que seria a nova secretária extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde. A médica chegou a exercer o posto por 10 dias, mas foi demitida por motivos desconhecidos.


Crítica do tratamento precoce contra a COVID-19 e do uso de medicamentos como a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, Luana Araújo se formou médica especialista em doenças infecciosas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui um mestrado em Saúde Pública pela universidade Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, e é a primeira brasileira a receber a prestigiosa Bolsa Sommer.


Antes de sua participação na comissão do Senado, a médica tinha cerca de  9 mil seguidores no Instagram. Às 18h, o número já tinha aumentado drasticamente: 52,7 mil.


Dr. Luana Araújo na CPI da COVID

Na rede social, a médica compartilhou, durante a pandemia de COVID-19, diversos posts sobre infectologia.


Nas postagens, Luana cita a ineficácia dos tratamentos indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pede a vacinação em massa.

A médica também já publicou texto defendendo o isolamento social, medida que é alvo de uma série de contestações de Bolsonaro. “Tem sido difícil conviver com as dores físicas e emocionais causadas pela doença, a perda de pessoas queridas – são mais de 1 milhão e oitocentas mil mortes pelo mundo, as medidas restritivas de controle de transmissão (as únicas eficazes nessa luta) e os efeitos econômicos da sua adoção”, escreveu há cinco meses. Hoje, o total de vítimas já supera 3,3 milhões. 

Em outra postagem, a médica defende a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela posta um texto publicado pelo jornal The Washington Post que afirmou que a mulher Bolsonaro fazia uma saudação militar no Palácio do Planalto. Na foto, Michelle fazia um discurso em libras.

"Você pode ser a favor ou contra o que quiser, mas não pode mentir deliberadamente para fazer valer a sua opinião", escreveu Luana.
 
Além da parte profissional, Luana também compartilha seu dia a dia e compartilha seu talento: a música. A infectologista posta diversos vídeos cantando e tocando instrumentos, mostrando que além de ser uma médica conceituada, também possui uma bela voz.


 
A infectologista tem currículo considerado de “alta classe” e aprendeu a ler e a escrever sozinha, aos 2 anos de idade. Entrou na primeira série do ensino fundamental aos 5. E, como contou na CPI, se formou no ensino médio aos 15 anos.

Luana dividiu a carreira entre a saúde e a arte. Cantora e pianista de formação clássica, ela foi estudar música na Áustria aos 15 anos, já com o ensino médio concluído.  

A infectologista é de BH e mora na região de Nova Lima. Luana é casada com o fotógrafo do Cruzeiro Bruno Haddad.

A médica posa com fotos do Cruzeiro, mas flamenguistas também compartilharam, durante o depoimento, uma foto dela com a camisa do time carioca
 

O que é uma CPI?

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.

Para ser instalado no Senado Federal, uma CPI precisa do aval de, ao menos, 27 senadores; um terço dos 81 parlamentares. Na Câmara dos Deputados, também é preciso aval de ao menos uma terceira parte dos componentes (171 deputados).

Há a possibilidade de criar comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs), compostas por senadores e deputados. Nesses casos, é preciso obter assinaturas de um terço dos integrantes das duas casas legislativas que compõem o Congresso Nacional.

O que a CPI da COVID investiga?


O presidente do colegiado é Omar Aziz (PSD-AM). O alagoano Renan Calheiros (MDB) é o relator. O prazo inicial de trabalho são 90 dias, podendo esse período ser prorrogado por mais 90 dias.

Saiba como funciona uma CPI

Após a coleta de assinaturas, o pedido de CPI é apresentado ao presidente da respectiva casa Legislativa. O grupo é oficialmente criado após a leitura em sessão plenária do requerimento que justifica a abertura de inquérito. Os integrantes da comissão são definidos levando em consideração a proporcionalidade partidária — as legendas ou blocos parlamentares com mais representantes arrebatam mais assentos. As lideranças de cada agremiação são responsáveis por indicar os componentes.

Na primeira reunião do colegiado, os componentes elegem presidente e vice. Cabe ao presidente a tarefa de escolher o relator da CPI. O ocupante do posto é responsável por conduzir as investigações e apresentar o cronograma de trabalho. Ele precisa escrever o relatório final do inquérito, contendo as conclusões obtidas ao longo dos trabalhos. 

Em determinados casos, o texto pode ter recomendações para evitar que as ilicitudes apuradas não voltem a ocorrer, como projetos de lei. O documento deve ser encaminhado a órgãos como o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União (AGE), na esfera federal.

Conforme as investigações avançam, o relator começa a aprimorar a linha de investigação a ser seguida. No Congresso, sub-relatores podem ser designados para agilizar o processo.

As CPIs precisam terminar em prazo pré-fixado, embora possam ser prorrogadas por mais um período, se houver aval de parte dos parlamentares

O que a CPI pode fazer?

  • chamar testemunhas para oitivas, com o compromisso de dizer a verdade
  • convocar suspeitos para prestar depoimentos (há direito ao silêncio)
  • executar prisões em caso de flagrante
  • solicitar documentos e informações a órgãos ligados à administração pública
  • convocar autoridades, como ministros de Estado — ou secretários, no caso de CPIs estaduais — para depor
  • ir a qualquer ponto do país — ou do estado, no caso de CPIs criadas por assembleias legislativas — para audiências e diligências
  • quebrar sigilos fiscais, bancários e de dados se houver fundamentação
  • solicitar a colaboração de servidores de outros poderes
  • elaborar relatório final contendo conclusões obtidas pela investigação e recomendações para evitar novas ocorrências como a apurada
  • pedir buscas e apreensões (exceto a domicílios)
  • solicitar o indiciamento de envolvidos nos casos apurados

O que a CPI não pode fazer?

Embora tenham poderes de Justiça, as CPIs não podem:

  • julgar ou punir investigados
  • autorizar grampos telefônicos
  • solicitar prisões preventivas ou outras medidas cautelares
  • declarar a indisponibilidade de bens
  • autorizar buscas e apreensões em domicílios
  • impedir que advogados de depoentes compareçam às oitivas e acessem
  • documentos relativos à CPI
  • determinar a apreensão de passaportes


https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/06/02/interna_politica,1272998/quem-e-luana-araujo-medica-que-depos-na-cpi-e-cantora-e-musicista.shtml

Quem é Mayra Pinheiro, a médica cearense que virou a "capitã cloroquina" de Bolsonaro

 Atualmente secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, ela será ouvida nesta terça, 25, pela CPI da Covid. Mas a carreira política de Mayra Pinheiro não começou no governo Bolsonaro. Em 2013, a pediatra participou de movimento contra a vinda de cubanos pelo programa Mais Médicos. Crítica das gestões petistas, atuou como presidente Sindicato dos Médicos do Ceará e se candidatou para cargo no Congresso Nacional duas vezes pelo PSDB

FILIPE PEREIRA 19:21 | 24/05/2021


FORTALEZA, CE, BRASIL, 03-09-2018: Mayra Pinheiro candidata ao senado federal. (Foto: Alex Gomes/O Povo) (Foto: )

A médica cearense e secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro será ouvida nesta terça-feira, 25, pela CPI da Covid. Ela é a oitava pessoa a depor na comissão, que entra na sua quarta semana de trabalhos. Mayra seria ouvida na semana passada, mas uma mudança ocorreu após o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ser suspenso e remarcado para a última quinta-feira, 20.

Já candidata ao Senado Federal em 2018 pelo PSDB no Ceará, quando conquistou mais de 882 mil votos, foi no dia 21 de março deste ano que a pediatra ganhou maior projeção nacional, após ganhar o apelido de "capitã cloroquina" ao defender o amplo uso de medicamentos sem comprovação científica para a doença, como a ivermectina e a hidroxicloroquina. Eles formam o chamado do “tratamento precoce”. Conheça a história da secretária.


Críticas ao programa Mais Médicos

Em 2013, a pediatra cearense participou de movimento contra a vinda de cubanos pelo programa Mais Médicos . A principal demanda do grupo, à época, era o fim do programa, que proporcionou a entrada de 8 mil médicos cubanos sistema de saúde pública do Brasil. Por meio de um acordo de cooperação com o governo de Cuba, os profissionais da ilha caribenha eram chamados a trabalhar em municípios onde faltavam médicos. Muitas das vagas eram rejeitadas por profissionais locais. 

Conhecida pela posição contrária ao Mais Médicos, Mayra foi uma das que participou da manifestação que recepcionou com vaias e xingamentos os médicos cubanos na chegada a Fortaleza, em 2013, para trabalhar no programa.

Sindicato dos Médicos do Ceará

Em março de 2015, Mayra assumiu o comando do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec) para o triênio 2015-2018. Já filiada ao PSDB, ela comandou a cerimônia de posse, no Centro Eventos. À frente do sindicato, ela liderou movimentos contra o governo federal. Em vídeo do Facebook, ela aparece em manifestação com o Dr. Carmelo Silveira Carneiro Leão Filho, presidente da Associação Médica Cearense (AMC).

O apoio da Associação Médica Brasileira a ajudou durante sua candidatura como senadora em 2018. Nas redes sociais, ela apareceu em vídeo da instituição falando sobre temas relacionado à categoria médica. 

 

Eleições

Mayra se candidatou duas vezes para o Congresso Nacional. Em 2014, disputou eleição para o cargo de deputada federal pelo PSDB, mas não se elegeu. Em sua campanha, ela focou discurso crítico contra a gestão Dilma Rousseff (PT), tendo como alvo principal o programa Mais Médicos. Terminou o pleito como segunda mais votada candidata do PSDB, com 25,8 mil votos, mas não foi eleita. Desde então, prosseguiu com atos contra a petista na Capital.

Em 2018, a médica foi candidata a senadora pelo mesmo partido, porém. Ficou em quarto lugar, com 11,3% dos votos, mas isso foi suficiente para aumentar o capital político da médica. Ela formou chapa com Eduardo Girão (Pros), que também buscava assento no Congresso Nacional e acabou eleito, impondo histórica derrota ao então senador Eunício Oliveira (MDB)

Clique na imagem para abrir a galeria

O nome de Mayra ganhou força após a desistência do ex-senador Luiz Pontes, principal cotado para a vaga. Ele deixou a disputa após pedido da família. Antes dele, o ex-governador do estado, Lúcio Alcântara, também havia negado convite. A pediatra apoiou o ex-candidato tucano ao Governo do Ceará em 2018, General Theophilo, que perdeu o pleito para o atual governador Camilo Santana (PT). 

Veja entrevista de Mayra Pinheiro ao programa Live Política: 

Governo Bolsonaro

Sindicalista e ex-candidata tucana, Mayra simpatizava e mantinha proximidade com o então deputado federal Jair Bolsonaro. Com a eleição de 2018, ela entrou no governo Bolsonaro por uma espécie de “cota” reservada ao movimento médico apoiador do presidente desde a época da campanha eleitoral. Logo, o futuro ministro da Saúde, Henrique Mandetta, convidou a ex-presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará para assumir a Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde (SGTES). Nas redes sociais, a médica compartilha fotos com o presidente da República.

É esta Secretaria que administra o programa "Mais Médicos", sempre criticado por Mayra. Ela chegou a sugerir que Mandetta alterasse o nome do programa para "Mais Saúde", visto que o projeto tem uma abrangência para além dos profissionais da medicina. Sob supervisão de Mayra, foi lançado um edital com 8.500 vagas, somente para médicos brasileiros. A iniciativa não foi exatamente um sucesso: apenas 53% das vagas foram preenchidas e 31 municípios não receberam médico algum.

Cloroquina

Com a pandemia do coronavírus, durante  sua atuação na Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde (SGTES), Mayra se agarrou à cloroquina e à efetividade do “tratamento precoce”. Seu tom de defesa dos medicamentos passou a aumentar após Bolsonaro insistir, em vários momentos, que era possível combater a Covid-19 com drogas feitas, por exemplo, para tratar malária. 

Em vídeo postado nas redes sociais em maio de 2020, Mayra afirmou que quem não receitasse o coquetel cloroquina e azitromicina – um antibiótico –poderia ser acusado de “crime contra a humanidade”. Em meio à reclamações de médicos que atuam na linha de frente no combate à pandemia e da própria Organização Mundial da Saúde, ela permaneceu na defesa da cloroquina. O auge foi a criação do aplicativo TrateCov. 

O aplicativo foi lançado em Manaus – onde pacientes morriam às dezenas por falta de oxigênio. Segundo o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e Mayra, a ferramenta serviria para auxiliar o diagnóstico dos doentes. Porém, simulações feitas por jornalistas mostraram que o aplicativo prescrevia cloroquina até para bebês. Com a imensa repercussão negativa, Pazuello se apressou em dizer que o aplicativo foi colocado no ar por um hacker. 

CPI da Covid

No dia 6 de maio, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), protocolou requerimento à presidência da Comissão para a convocação de Mayra Pinheiro à Casa para falar sobre o estímulo ao uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. A secretária afirmou que iria à comissão, no Senado, para prestar esclarecimentos sobre a gestão da pandemia. Ela recebeu um total de quatro requerimentos de convocação.

A CPI citou a ida da cearense a Manaus (AM), dias antes do colapso no sistema de saúde local, para onde teria viajado para disseminar o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. Em entrevista à imprensa, Pinheiro chegou a dizer que pretende “ falar a verdade para 210 milhões de brasileiros”. "Vou contar a verdade. Os fatos reais. Aqueles que nunca tivemos a oportunidade de falar. A população recebe narrativas que nem sempre condizem com a verdade”, afirmou. Entretanto, ela acabou conseguindo um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e poderá permanecer em silêncio apenas quando questionada sobre fatos ocorridos entre dezembro ano passado e janeiro deste ano, quando estourou a crise de desabastecimento de oxigênio hospitalar em Manaus. 

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4 comentários
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Airton Junior
A matéria era para desmerecer ela? Obrigado. Fiquei foi mais fã.
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Fabiano Coelho
Dizem que hoje na CPI ela defenderá o USO DA CLOROQUINA no tratamento DA COVID embasados em estudos e pesquisas já elaborados. Pergunto: Porque pediu HABEAS CORPUS NO STF??????? Era isso que no mínimo se esperava, que não se negasse suas convicções e a REALIDADE DOS FATOS, como fez diga-se de passagem, o ex MINISTRO DA SAÚDE TRAPALHÃO, EDUARDO PAZZUELLO e outros que já deporam na CPI. Quem fez, que pelo menos não retirem suas DIGITAIS. Se errou, ou não, ou se suas atitudes colaboraram para o número EXCESSIVO de casos e mortes por COVID no BRASIL verificados até hoje é outra coisa, a ser analisada pelos parlamentares e pela sociedade.
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Mario Filho
Deixa dessa conversa rapaz, fiquei mal e a cloquina me salvou, graças a Deus! Dessa dessa politicagem, se você pegar essa triste doença (Deus o livre e proteja), saiba que tem solução. Abraços.
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Barboza Mendes
Paulo Martins Ih rapaz, o robô do Carluxo ficou doido... Sossega aí Paulinho, para de contar mentira. A gente sabe que a cloroquina não tem eficácia nenhuma sem usar em conjunto com o OZÔNIO ANAL
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Fabiano Coelho
Essa aí mandou mais de 365mil caixas de Cloroquina para INDÍGENAS, além de DISSEMINAR o seu uso em mais de 16 Estados da Federação. Agora se entende do porquê o Conselho Federal de Medicina ficar em CIMA DO MURO com relação a VEDAÇÃO do uso deste medicamento no tratamento a COVID. Simplesmente porque a BOA MEDICINA, assim como a própria PANDEMIA, ficaram POLITIZADAS pelo DESgoverno BOLSONARO. Para eles não importa quantos morrerão, se vai haver vacina para todos ou não, se a Economia vai para o Buraco ou não. O que lhes importa são a implementação de suas idéias MALUCAS que não encontram respaVer mais
Mario Filho
Que lorota Fabiano Coelho, pega leve na maionese amigo e evite mistura com cogumelos.
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Ed Sousa
Quem é Mayra Pinheiro? Uma Bozolina, negacionista, habitante da terra plana....explicado!
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Mario Filho
Que babaquice Ed Sousa, tenha vergonha na cara rapaz.
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Gustavo Briggs
A velha prática pra tentar censurar quem foi contra as gestões petistas!
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