Menino de 3 anos morre durante espera por vaga de UTI, diz família
Garoto foi diagnosticado com pneumonia em Caldas Novas, no sul de GO. Parentes dizem que ele foi liberado de unidade de saúde sem fazer exames.
12/05/2015 07h43 - Atualizado em 12/05/2015 10h02
Um menino de 3 anos morreu após ser diagnosticado com pneumonia em Caldas Novas, no sul de Goiás. Familiares denunciam que Miguel Santos Diniz não passou por exames médicos na unidade de saúde em que recebeu atendimento e também não obteve uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Secretaria Municipal de Saúde apura se houve algum erro no caso, que aconteceu no domingo (10).
Segundo a família, na última semana o menino apresentou problemas respiratórios e foi atendido no Pronto Atendimento Infantil (PAI). Ainda de acordo com os parentes, ele foi liberado sem passar por uma avaliação detalhada. "Custava chegar em um hospital público e o médico falar que ia fazer os exames para ver se tinha infecção? Não é normal uma criança ter infeção toda hora", disse o o autônomo José Cardoso, tio do menino.
Segundo o pediatra Ademilson Borges, que atendeu Miguel, não havia indícios de que a criança estava com pneumonia. "Essa criança chegou com dor de ouvido e examinamos o ouvido, fizemos a medicação e eu te garanto que ela estava com estado geral [de saúde] bom", afirma.
Porém, no sábado (9), o estado de saúde de Miguel piorou e ele foi levado a um hospital particular, onde o menino foi diagnosticado com pneumonia grave. A família conta que foi solicitada uma vaga em UTI na rede pública de Goiânia, mas todas estariam ocupadas.
A Secretaria de Saúde de Caldas Novas disse que será aberta uma sindicância para apurar se houve ou não falhas no atendimento prestado ao menino. O diretor do PAI, Wellington Carneiro, afirma que as investigações feitas por uma comissão interna devem ficar prontas em 30 dias. "Serão tomadas as providências cabíveis com relação ao atendimento da criança, e todos procedimentos necessários serão tomados".
Miguel morreu durante espera por vaga de UTI, dizfamília (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Já a Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas afirma que o menino “foi atendido na unidade de Pronto Atendimento Infantil, do dia 7 para o dia 8 de maio de 2015, sendo medicado, e, posteriormente, internado pela família em uma unidade privada de Caldas Novas”.
Além disso, a secretaria afirma que iniciou há um ano, em parceria público privada, a construção de 20 leitos de UTI no Hospital Nossa Senhora Aparecida. A previsão é de que a construção termine em janeiro de 2016.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia afirma que o pedido de vaga em UTI para Miguel foi feito no sábado (9), às 8h53. Depois, às 0h36 foi solicitada a exclusão do pedido e, em seguida, quatro minutos depois, foi feita uma nova solicitação como encaminhamento de urgência.
Segundo a SMS, esse encaminhamento estava em curso quando o paciente morreu. A secretaria diz ainda que “todos os esforços foram feitos no sentido de encontrar a vaga”.
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- Tulio MoraesHÁ 9 MESESSABE QUAL É O PROBLEMA COM OS MÉDICOS ? MUITOS SÃO FILHINHOS DE PAPAI QUE PAGARAM PARA PASSAR EM FACULDADES PARTICULARES ESTUDARAM POUCO, E CURTIRAM MUITO A ÉPOCA DA FACULDADE, AÍ FORMA E VIRA UM PROFISSIONAL FRACO E ACABAM COMETENDO ERROS ABSURDOS !
- Tulio MoraesHÁ 9 MESESSou a favor que todo médico antes de formar e pegar seu CRM passe por uma prova pelo Conselho Nacional de Medicina ! Pratica usada para as pessoas que formam em Direito para conseguir a carteira da AOB. Tenho certeza q assim iria filtrar bastante esses péssimos profissionais. É só vc olhar o numero de reprovados na OAB, assim ia ser com os médicos !
- Rodrigo SilvaHÁ 9 MESESMas que profissão bem perfeita esta tua. Tambem sou a favor da prova posterior o termino da graduação. Não que vá mudar muita coisa. Apenas a quantidade de reprovados na prova da ordem não é sinônimo de seleção de bons profissionais- primeiro porque o número de candidatos é cada vez maior, visto a quantidade de cursos de direito que abrem em qualquer lugar; segundo porque a prova da ordem virou um comércio, os alunos se prepara por cursinho e são aprovados sem saber o que, realmente, deveriam.
- Tadeu YakisobaHÁ 9 MESESA culpa é dos PAIS também, porque pneumonia não aparece do dia pra noite, no minimo a criança estava a mais de um mês doente
- Cesare PolettoHÁ 9 MESESConcordo que a saúde está uma porcaria desde que Brasil é Brasil, mas tendemos a julgar os médicos peloq ue já passamos. Tem que ver o que OS PAIS alegaram quando levaram o menino para unidade de saúde. Se eles falaram que o garoto estava com dor de ouvido, o médico verificou, não viu nada e mesmo assim passou um medicamento para acalmar a dor, ele agiu da forma certa. Não dá para esperar que você chegue reclamando de dor no dedão do pé e o médico faça teste de câncer. Agora, se o garoto tossia e respirava com dificuldade, OS PAIS falaram e o médico não averiguou, daí taca o CRM em cima dele.
- Marcos AntonioHÁ 9 MESESdiscordo de vc cesare,pois se o profissional for no mínimo competente mesmo que o pai da criança diga que ele tá só com dor de ouvido,ele vai solicitar mais exames,pois do contrário o próprio pai medicaria o filho e pronto.o que falta tb é estrutura ao profissional,e falta aos profissionais mais amor a profissão ,pois pra que diabos então fizeram o juramento na hora de receber o diploma?
- Michele RodriguesHÁ 9 MESESNão é porque a criança apenas reclama de dor de ouvido que a ausculta não deve ser feita. Isso é procedimento básico!!!!!
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