Mulher morre após não conseguir atendimento médico, diz família
Morte reabre discussão sobre a falta de médicos nas UPAs em Bauru (SP). Departamento de Urgência afirma que paciente já chegou morta à Unidade.
04/11/2014 14h40 - Atualizado em 04/11/2014 18h31
A morte de uma mulher de 67 anos no último fim de semana reabriu a discussão sobre o problema grave e crônico da falta de médicos nas unidades de pronto-atendimento em Bauru (SP). A família buscava atendimento imediato para Lídia Antúnio, mas não conseguiu. Os filhos de Lídia contam que a mãe começou a sentir falta de ar no último sábado (1º) à noite. Como ela tinha plano de saúde, foi levada ao Hospital São Lucas, mas lá ela teria sido medicada e liberada pelo médico de plantão.
No domingo de manhã, a mulher que sofria de edema pulmonar e pressão alta voltou a passar mal. Um dos filhos decidiu chamar o Samu. “Eles não apareciam e a gente esperou por aproximadamente meia hora. Como eles não vieram, a colocamos no carro e levamos, pois não tinha outra alternativa”, conta Pedro Moreira.
Ao dar entrada na UPA do Mary Dota, Lídia foi atendida pela equipe de enfermagem já que no domingo não havia médicos de plantão na unidade, de acordo com a própria escala divulgada pela prefeitura. Os funcionários da UPA acionaram o Samu para auxiliar no procedimento, e minutos depois, os filhos receberam a notícia de que a mãe não havia resistido.
O Departamento de Urgência e Emergência de Bauru informou que a paciente já chegou morta à Unidade de Pronto-Atendimento Mary Dota. O Samu foi acionado e orientou a equipe de enfermagem da UPA a realizar os procedimentos de ressuscitação até que os socorristas chegassem, o que continuou a ser feito depois que o Samu chegou, mas, infelizmente, sem sucesso.
Por telefone, a direção do hospital São Lucas informou que está apurando como foi atendimento prestado à paciente para depois se manifestar.
Departamento de Urgência afirma que paciente já chegou morta à Unidade (Foto: Reprodução/ TV TEM)
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