segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


Chuva inunda centro cirúrgico do Hospital Universitário Pedro Ernesto

Em meio à crise que assombra a saúde no Estado, médicos tiveram que transferir cirurgia de emergência

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Hospital do Estado fica inundado - Reprodução de vídeo
RIO — Apenas dois meses após a reforma, que durou cerca de oito anos segundo o sindicato dos médicos, o Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Pedro Ernesto, administrado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), ficou totalmente inundado depois da tempestade da madrugada deste sábado. Um vídeo, enviado para o WhatsApp do Globo e filmado por um anestesista que não quis se identificar, mostra inúmeros vazamentos nas alas ímpar e par do hospital. Uma grande cascata se formou na saída do ar-condicionado. De acordo com presidente do sindicato dos médicos, Jorge Darze, o vídeo será encaminhado para o Gabinete de Crise, que é composto pelo Ministério Público, para que a situação seja investigada.
— Houve uma cascata dentro do hospital. O milagre foi não chover no paciente que estava sendo operado. Só o fato de ter que deslocar uma pessoa de uma sala para outra já causa um transtorno enorme que pode comprometer até o próprio resultado da cirurgia — afirma Darze.
O anestesista, que registrou as imagens, contou que os médicos tiveram que transferir o local da cirurgia de emergência, que seria realizada na ala ímpar, após notarem a possibilidade de alagamento na sala em que estavam. O lado par também possuía goteiras.
— O centro cirúrgico acabou de ser inaugurado. Não se pode conceber que o investimento de dinheiro publico tenha um resultado danoso como esse. Há também a questão da segurança e saúde dos pacientes. A chuva, que veio do ar-condicionado, pode conter fezes de ratos. O mapa cirúrgico de segunda-feira já está pronto, é um risco que essas cirurgias aconteçam — pontua Jorge Darze.
A Direção do Hospital Universitário Pedro Ernesto confirmou o ocorrido e informou que o centro cirúrgico foi interditado e que ficará fechado por pelo menos 72 horas para que o reparo possa ser realizado.

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