sexta-feira, 26 de março de 2021

Conselho Regional de Enfermagem instaura processo administrativo para investigar morte de enfermeira no Recife

 A enfermeira morreu após tomar um medicamento na veia. Segundo a família, ela recebeu por engano uma dose de noradrenalina

Conselho Regional de Enfermagem instaura processo administrativo para investigar morte de enfermeira no Recife

A enfermeira Adriana Frade estava no seu primeiro emprego - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Conselho Regional de Enfermagem ainda não foi procurado oficialmente à respeito da morte da enfermeira, que trabalhava no Hospital dos Servidores de Pernambuco (HSP), e morreu após tomar um medicamento na veia, mas lamentou o ocorrido e informou que instaurou um processo administrativo para investigar o caso.

>>Enfermeira morre após tomar medicação na veia em hospital no Recife

Segundo a família, em vez do medicamento, Adriana Frade, de 24 anos, recebeu por engano uma dose de noradrenalina. Imediatamente ela passou mal, teve uma parada cardíaca e foi encaminhada para a UTI, mas não resistiu. 

De acordo com a entidade, vários fatores podem ter contribuído para o ocorrido.

Sobrecarga

A presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco, Ludmila Outtes, chamou a atenção para a sobrecarga de trabalhos dos profissionais. 

Enterro

O corpo da enfermeira foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML) com um laudo provisório que deu a causa da morte como indeterminada. O enterro de Adriana Frade aconteceu nesta sexta-feira (05), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

Nota do Hospital dos Servidores do Estado

Em nota, o Hospital dos Servidores do Estado informou que adotou todos os procedimentos possíveis para salvar a vida da profissional e que vai apurar os fatos e as circunstâncias da morte.

Relembre o caso

A morte da profissional de saúde, Adriana Frade, de 24 anos, aconteceu na última quinta-feira (04). Ela era recém-formada pela Universidade de Pernambuco (UPE) e estava na unidade de saúde há cerca de um mês, conforme apurou a repórter do Jornal do Commercio, Amanda Rainheri. 

A irmã da vítima afirmou que Adriana teria feito o pedido para que um técnico em enfermagem pudesse aplicar Buscopan endovenoso para aliviar sintomas de cólica menstrual que ela estava tendo.

"Segundo o que o médico nos falou, na hora ela pediu para que o técnico parasse, porque não estava se sentindo bem, mas ele já havia injetado tudo praticamente. Ela disse que estava com coração acelerado e logo em seguida começou a convulsionar", relatou a irmã da vítima em contato com o Jornal do Commercio.

quarta-feira, 17 de março de 2021

Documentário "DNA Abdelmassih" - 27/12, na GloboNews

GloboNews · 

Documentário "DNA Abdelmassih" - 27/12, na GloboNews
Dia 27/12, na GloboNews, o documentário "DNA Abdelmassih" mostra a apreensão de filhos e pais que fizeram tratamento de reprodução assistida com Roger Abdelmassih, ex-médico condenado a 181 anos de prisão por estupro de pacientes.

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Documentário "DNA Abdelmassih" estreia no Canal Brasil

 Filme conta histórias que foram afetadas pelos crimes do médico Roger Abdelmassih

04/10/2020 às 18h53

Documentário "DNA Abdelmassih" estreia no Canal Brasil

O filme parte do caso de Ingrid Monteiro Lobato para investigar um novo lado dos imensuráveis danos causados por Roger Abdelmassih (Divulgação)

SÃO PAULO- O Canal Brasil exibe, na segunda, dia 05/10, às 19h40, o documentário “DNA Abdelmassih”, de Luiz Claudio Latgé. O filme parte do caso de Ingrid Monteiro Lobato para investigar um novo lado dos imensuráveis danos causados por Roger Abdelmassih.

Concebida a partir de um tratamento de reprodução assistida em uma clínica em São Paulo, Ingrid não tem o DNA de seu pai. Roger Abdelmassih, o médico que comandava a clínica, foi condenado e preso por crimes de assédio sexual e estupro de pacientes. Suas irregularidades, no entanto, não se limitaram aos crimes sexuais: clientes do médico relatam ter descoberto que Abdelmassih usou material genético de terceiros sem o seu consentimento, gerando crianças sem o DNA de seus pais. Uma dessas crianças foi Ingrid, cuja história - seu sofrimento pessoal, a destruição de sua família, a busca desesperada por suas origens - se entrelaça desde o princípio às investigações do caso Abdelmassih.


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Documentário "DNA Abdelmassih" estreia no Canal Brasil

Brasil aprofunda caos com mais de 2.000 mortes diárias por covid-19 enquanto clamor por pacto nacional cai no vazio

 Setores econômicos, governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal e até aliados do Governo no Congresso têm engrossado o coro na pressão por medidas nacionais. Todos pedem união, mas não conseguem afinar os discursos em meio à campanha contrária de Bolsonaro

Parentes se despedem de uma vítima da covid-19 em São Paulo, em 11 de março de 2021.

Parentes se despedem de uma vítima da covid-19 em São Paulo, em 11 de março de 2021.ANDRE PENNER / AP

São Paulo - 11 MAR 2021 - 21:39

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O Brasil, enfim, começa a se dar conta da gravidade do colapso que vive durante a pandemia do coronavírus. Setores econômicos, governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal e até aliados do Governo no Congresso têm engrossado o coro na pressão por medidas nacionais mais efetivas para enfrentar a crise, que está no seu momento mais crítico e tem um dos piores indicadores do mundo. Nesta terça-feira, o país registrou mais de 2.000 mortes em 24 horas pelo segundo dia consecutivo. Durante a semana, ultrapassou os Estados Unidos na média de óbitos diários pela primeira vez durante a segunda ondaLançado a epicentro global após uma série de falhas no combate à crise, o Brasil vê seus sistemas de saúde na iminência de colapsar ou já colapsados em quase todo o seu território. Governadores, o Ministério da Saúde e até o Judiciário vêm pregando “união” para enfrentar a “guerra” contra o vírus, mas não conseguem afinar os discursos em uma direção comum para mitigar a pandemia. Hesitantes sobre os custos políticos e econômicos de confinamentos mais rígidos, os chefes dos Executivos estaduais sofrem com a oposição direta do Planalto, que oscila entre discursos e ações isoladas pró-vacinação com novas aparições negacionistas do presidente Jair Bolsonaro.

Encurralado pela pressão de distintos setores por vacinas e pelas críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na gestão da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro apareceu de máscara, acenou em prol da vacinação depois de meses de discursos antivacina e... ficou por aí. Segue criticando o lockdown ―medida apontada pela ciência como eficaz para frear o contágio quando não há tratamento eficaz contra a covid-19 nem vacinação em massa― enquanto é cobrado por ao menos 22 governadores por um pacto nacional junto com o Congresso e o Judiciário que inclua a centralização das impopulares medidas restritivas, fundamentais para reduzir os graves índices da pandemia. Bolsonaro criticou o toque de recolher decretado Distrito Federal e disse que só o presidente poderia adotar uma ação como esta. “Eles (prefeitos e governadores) não querem salvar vidas, querem poder”, bradou Bolsonaro nesta quinta (11).

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Os governadores pedem uma pactuação conjunta, o que poderia diluir o ônus político de restrições mais duras em um momento econômico difícil e quando o auxílio emergencial, ainda pendente de recriação, deve voltar em um valor inferior ao do ano passado. A maioria deles entende que quarentenas mais rígidas é o que pode estancar as hospitalizações neste momento em que há milhares de brasileiros na fila de espera por uma vaga de UTI em várias regiões. Mas, sem o protagonismo federal, tem optado por aumentar as restrições aos poucos nos Estados. Até agora, as principais ações vão no sentido do fechamento do comércio não essencial e de toques de recolher à noite ―medidas consideradas insuficientes por especialistas diante do crescimento exponencial de infecções no país.

Nesta quarta, o governador de São Paulo, João Doria criou uma nova fase emergencial para aumentar as restrições, já que havia tornado mais brandas a fase mais crítica do seu plano de reabertura, a vermelha. Determinou toque de recolher entre 20h e 5h e restringiu igrejas, praias, parques e eventos esportivos depois de semanas tentando protelar as medidas impopulares. O Estado que concentra a melhor estrutura hospitalar do país já viu 53 municípios colapsarem. A ocupação geral dos leitos de UTI chegou a 87,6%, e as autoridades sanitárias têm afirmado categoricamente que não conseguem abrir leitos na mesma velocidade do contágio e que o risco de colapso geral é real.

Enquanto anunciava as medidas, Doria aproveitou para criticar o vizinho Rio de Janeiro por suas medidas mais brandas. “Lamento que ao invés de ter medidas que restrinjam, e com isso protejam a sua população, façam exatamente o caminho oposto”, disse. A cidade do Rio de Janeiro até prorrogou o decreto, mas ampliou, por exemplo, horários de funcionamento de bares e restaurantes. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que não assinou a carta dos governadores pelo pacto nacional, revidou: “Reconheço sua liderança, mas acho que está fora do tom. Espero que sua atitude não seja reflexo do novo cenário eleitoral, e sim por conta do aumento de casos da covid-19″.

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As discordâncias sobre a condução da crise permeiam vários entes da federação. O ministro Eduardo Pazuello, que vinha modulando o discurso e pedindo união na “guerra” contra o vírus, gravou um vídeo no qual diz que a situação brasileira é grave, mas o país “não entrou nem vai entrar em colapso”. A declaração caiu mal entre os governadores, que vêm assumindo limitações para abrir leitos enquanto as filas por eles crescem e reclamando que a União deixou de cumprir com sua parte no custeio dessas estruturas. Eles pedem apoio com medidas restritivas, com a ampliação de leitos e a interferência federal para a compra de medicamentos do chamado kit intubação. Trata-se de sedativos e remédios usados nas UTIs, cujos preços estariam subindo vertiginosamente em meio à disputa entre governadores e prefeitos para comprá-los.

O coordenador de vacinas do Fórum Nacional de Governadores, Welington Dias (Piauí), rebateu diretamente o ministro. “Neste instante estamos dentro de um colapso nacional na rede hospitalar”, apontou, acrescentando que há milhares de brasileiros esperando vagas em leitos clínicos e de terapia intensiva neste momento. “Tem gente morrendo sem respirador.” O secretário-executivo do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Jurandir Frutuoso, desabafou no Twitter: “Chegamos ao limite das nossas forças e da capacidade de resposta do sistema de saúde. E não me venham dizer que não nos preparamos. Realmente não nos preparamos para ver tanta negação de uma doença nova e grave”.

Governadores ainda cobram que a União volte a custear leitos de UTI neste momento crítico, o que não aconteceu nem mesmo após sucessivas decisões judiciais no Supremo Tribunal Federal. A pressão por ações de combate à pandemia ganhou corpo até no Judiciário. A ministra Rosa Weber, autora de parte das decisões sobre os leitos, afirmou que é “incompreensível a recusa da União” em assumir o “protagonismo” na pandemia. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, afirmou que a compra de vacinas não é nenhum favor do Governo. O presidente do STF, Luiz Fux, aproveitou o marco de um ano deste que a OMS declarou oficialmente a pandemia do coronavírus, para comentar a situação do país. “O Brasil vive seu quadro mais crítico desde março de 2020″, disse. Defendeu que o país precisa mais do que nunca de diálogo entre todos os setores, os três poderes da República e os três entes da federação. “Não temos tempo a perder”, apontou.

Fux aproveitou para destacar que a Corte Suprema brasileira reforçou no começo da crise a competência da União, dos Estados e dos municípios pela concretização de políticas públicas de combate à pandemia. Várias vezes, Bolsonaro afirmou que o STF havia decidido que somente governadores e prefeitos poderiam agir e que a ele cabia transferir recursos, o que não é verdade. A narrativa bolsonarista foi reverberada mais uma vez nesta quinta pelo chanceler Ernesto Araújo no Twitter. O ministro Gilmar Mendes o acusou de espalhar fake news. “Este é o fato real: a Suprema Corte decidiu que os Governos federal, estadual e municipal têm competência para adotar medidas de distanciamento social. Todos os níveis de Governo são responsáveis pelo desastre que enfrentamos.”

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MAIS INFORMAÇÕES

Justiça condena obstetra a indenizar família por morte de bebê

 Indenização por danos morais foi fixada em R$ 40 mil. Além disso, médico terá pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime aberto. Caso ocorreu em setembro de 2014.

Correio Braziliense
postado em 24/02/2021 15:16 / atualizado em 25/02/2021 00:39
O médico não teria pedido os exames necessários após constatar sangramento na gestante -
O médico não teria pedido os exames necessários após constatar sangramento na gestante -

Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida) obteve, nesta terça-feira (23/2), a condenação de um médico pela morte de um bebê. O obstetra Mírcio Antônio Alves não solicitou exames necessários para investigar a causa do sangramento de uma gestante e confirmar as condições de vida fetal.

Para o juiz da 3ª Vara Criminal de Taguatinga, João Lourenço da Silva, "em vez de agir conforme a boa literatura médica, o denunciado prestou um atendimento incompleto e essa falta foi determinante para a piora gradativa da vitalidade fetal, que culminou no óbito intraútero". O magistrado acrescentou ainda que o obstetra "tinha plena consciência dos atos delituosos que praticou e era exigível que se comportasse de conformidade com as regras técnicas da sua profissão de médico".

A justiça fixou a indenização por danos morais em um total de R$ 40 mil. Além disso, o médico terá pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime aberto. O magistrado concedeu ao médico “o direito de apelar em liberdade, se não estiver preso por outros fatos”.

Entenda o caso

De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), em 10 de setembro de 2014, a paciente foi ao obstetra com um sangramento intenso. A mãe estava com 34 semanas de gestação e, durante a consulta, o médico escutou os batimentos cardíacos do bebê e receitou alguns remédios.

Segundo o MPDFT, o condenado, ao ser questionado sobre a necessidade de exames mais específicos, respondeu não ser necessário. No dia seguinte, o quadro da paciente se agravou, ela apresentou náuseas, febres e dores. Então, novamente, entrou em contato com o médico, quando recebeu a orientação de ir ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

No hospital, após uma ecografia, o laudo apontou baixa frequência cardíaca fetal. Outro obstetra realizou um parto cesáreo de urgência, mas o bebê nasceu morto.

O médico só orientou a paciente ir ao HRC, quando ela chegou no local foi atendida por um obstetra de lá. Obstetra condenado atendeu ela na Clínica São Marcos, em Taguatinga.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde e aguarda retorno.