sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Doentes internados nas instituições hospitalares são vítimas de erro médico

Em Angola, quatro por cento dos doentes internados nas instituições hospitalares são vítimas de erro médico, de acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos de Angola. Carlos Pinto de Sousa, que falava quinta-feira em Luanda, durante uma palestra sobre


“A Responsabilidade Jurídica Emergente do Acto Médico”, acrescentou que, num hospital, seis por cento é a probabilidade diária de um doente sofrer de um erro médico, sendo que 17 por cento dos erros ocorrem em actos cirúrgicos e de 20 a 30 por cento são devidos a falhas de prescrição médica.
O bastonário frisou que a ciência médica não é exacta, daí o risco da ocorrência de erros. “O médico deve ser prudente no exercício da sua actividade, de modo a não cometer erros próprios”, disse, para depois salientar que o médico competente e dedicado a tempo inteiro não está livre de cometer um erro.
Carlos Pinto de Sousa referiu que o combate ao erro médico começa pela divulgação de informação a respeito dos casos que acontecem e realçou que o erro médico surge de factores biológicos, humanos e extra-humanos, relacionados com as tecnologias e o ambiente de trabalho.
“A responsabilidade jurídica só é atribuída a um profissional quando este violaos princípios plasmados no Código Deontológico e Ético da Ordem dos Médicos”, esclareceu Carlos Pinto de Sousa. O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, Hermenegildo Cachimbombo, presente no acto, afirmou que os profissionais de saúde estão sujeitos aos deveres legais, contratuais e deontológicos e explicou que nas situações em que o profissional de saúde trabalha por conta de uma instituição pública ou privada a reparação do erro pode ser exigida directamenteàinstituição contratante.
“As Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros devem criar uma lista de especialistas para intervirem como peritos sobre esta matéria, sempre que forem chamados”, realçou.
O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola sublinhou que, para reduzir o risco jurídico da sua actividade, os profissionais de saúde devem assinar contratos de responsabilidade civil.
 http://www.stop.co.mz/africa/105-angola/4198-4-dos-doentes-internados-nas-instituicoes-hospitalares-sao-vitimas-de-erro-medico

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