domingo, 6 de dezembro de 2015

Foi fatalidade diz hospital após morte de vendedora.

Morte de vendedora após cirurgias plásticas foi ‘fatalidade’, diz hospital
Mulher pôs silicone nos seios, passou por lipoescultura e abdominoplastia. Clínica diz que procedimentos feitos ao mesmo tempo é uma prática “usual”.
15/10/2015 19h55 - Atualizado em 15/10/2015 19h55
Por Vitor Santana
Do G1 GO
Vendedora Valéria Souza da Silva morreu ao fazer cirurgia plástica em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Vendedora morreu ao fazer cirurgia plástica em
Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A Clínica Performance, local onde foram feitas as cirurgias plásticas da vendedora Valéria Souza da Silva, 35, que morreu após os procedimentos, explicou em nota nesta quinta-feira (15) que acredita que houve uma “fatalidade” no caso, que aconteceu em Goiânia. A vítima teve complicações após a operação e precisou ser transferida para um hospital de maior porte, mas não resistiu. A família denuncia que o médico mentiu ao informar que a unidade tinha toda a estrutura necessária para atender a mulher.
A vendedora pôs silicone nos seios e fez lipoescultura e abdominoplastia na última quinta-feira (8). Cerca de 1h30 depois do procedimento, o quadro clínico dela se agravou, o que levou à morte da mulher.
No comunicado, o hospital diz que possui todos os equipamentos necessários para o pronto atendimento dos pacientes exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Regional de Medicina. A assessoria explicou ainda que muitos desses equipamentos são os mesmos que são encontrados em UTIs de hospitais.
Entretanto, a unidade explicou que não tem uma UTI completa, o que não é obrigatório para as clínicas, e, por isso, foi encaminhada para outra unidade que “tivesse uma equipe multidisciplinar para diagnosticar o quadro e fazer exames complementares”.
Na nota, o hospital disse ainda que, após a morte da vendedora, “tomou conhecimento do uso de medicamentos controlados não informados pela paciente ao médico”.
A Polícia Civil já investiga o caso para saber se a morte de Valéria foi provocada pelo risco cirurgico ou por negligência médica. De acordo com a delegada responsável, Marcela Orçai, o uso de medicamentos também está sendo apurado.
“Em depoimento, uma das irmãs disse que a vítima contou ao médico que fazia uso de medicamentos de usos controlados. Entretanto, no prontuário médico não tinha registro algum disso”, explicou.
Ainda de acordo com a delegada, os médicos do hospital para onde a vendedora foi transferida já foram ouvidos e informaram que ela já chegou à unidade em estado “gravíssimo”. Os profissionais responsáveis pela cirurgia deve ser ouvidos nos próximos dias.
Medo
A vendedora Valéria Souza da Silva, de 35 anos, sonhava com o procedimento, mas tinha medo, segundo a família. “Ela juntou dinheiro por muito tempo e pagou pouco mais de R$ 16 mil para realizar o sonho. Se ela soubesse do risco que estava correndo naquele local, não teria feito, pois, antes de fechar o contrato, fizemos uma pesquisa, mas ela fazia questão de ir para um local com UTI. Como tem três filhos, ela tinha medo de morrer.”, disse ao G1 uma irmã de Valária a dona de casa Kate Souza da Silva Nascimento, 31.
Segundo ela, a cirurgia terminou por volta das 15h daquele dia e a equipe médica disse que estava tudo bem. “O médico saiu e disse que tinha sido espetacular e que ela ficaria muito feliz com o resultado. Achamos que, em breve, poderíamos vê-la bem, mas isso não aconteceu”.
Kate lembra que, por volta das 17h30, seguia sem notícias da irmã. “Foi quando nos avisaram que ela seria transferida para outra clínica, pois ela teve complicações e precisavam de alguns aparelhos de UTI que não tinham lá. Eu comecei a chorar e disseram que eu não precisava me preocupar, pois ela tinha apenas tido uma queda de pressão”, contou.
A irmã da vendedora seguiu para a outra clínica para onde ela foi levada e, ao chegar lá, foi informada que o estado de Valéria era gravíssimo. “O médico disse que ela estava com os rins parados e não apresentava sinais vitais. Pedi para vê-la e deixaram. Notei que ela estava muito pálida e disseram que era por causa do estado, mas que iam fazer o possível para reverter o quadro. Aí, por volta das 2h de sexta-feira [9], nos ligaram dizendo que ela estava morta”, lamentou.
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COMENTÁRIOS
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  • Gustavo Manso
    HÁ 2 MESES
    Sou de Goiânia minha sogra também passou pela clinica Performance Place, foi feito uma cirurgias plásticas, ela estava reclamando de abdominal após a cirurgia , fomos ate o Dr. Marcos Antonio Teixeira do Amaral que fez a cirurgia nela, ele simplesmente respondeu não mexi na barriga dela, após 6 meses de tratamento devido as complicação da cirurgia ela veio a falecer. Toma muito cuidado com essa clinica.
    • Fátima Fafá
      HÁ 2 MESES
      pronto....agora deixa três filhos..sem mae, que tristeza..tem que ter muita coragem pra fazer esse procedimentos , mais qtas mulheres maes ,filhas , esposas e irmãs ainda vão morrer por causa de uma cirurgia plástica...tomem cuidado pensem bem antes de tomar essas decisão...é uma viagem ás vezes sem volta....pena..coitada da família que tem quer suportar essa dor para sempre...

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