terça-feira, 22 de setembro de 2015


Pais acusam médico de abusar sexualmente de seus filhos em escola de Itacoatiara

Um ano após médico ter sido acusado de abusar de crianças durante consulta em colégio, nada aconteceu

    A escola tem papel importante e obrigação de denunciar casos de abuso e maus tratos contra crianças e adolescentes
    A escola tem papel importante e obrigação de denunciar casos de abuso e maus tratos contra crianças e adolescentes (Antonio Lima-30/04/2010 )
    Um ano depois de ter sido denunciado junto ao Conselho Tutelar do Município de Itacoatiara, o caso das crianças que teriam sido abusadas durante uma consulta médica realizada na Escola Municipal Jamel Amed, ainda continua com o acusado sem punição.
    Nesta quarta-feira (18), no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o vigilante Marcos*, pai de uma das vítimas, informou à reportagem de A CRÍTICA que até agora nenhuma punição foi aplicada ao agressor, que continua atendendo na cidade.
    Segundo ele, o caso foi denunciado no dia em que ocorreu (15 de junho do ano passado) tanto para o Conselho Tutelar quanto para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente no município.
    O vigilante conta que a filha, então com oito anos, era aluna da Escola Jamel Amed, que fica no Centro de Itacoatiara.
    O médico, segundo o pai, obteve autorização da direção do estabelecimento de ensino para realizar consultas aos alunos através do Programa Médico da Escola, da Secretaria de Educação do Município.
    “Uma equipe foi até a escola para fazer a triagem dos alunos e marcar data para a realização das consultas das crianças, mas acabou decidindo  realizar os exames no mesmo dia”, relata Marcos.
    Segundo ele, apesar de o diretor explicar à equipe que não poderia liberar as crianças naquela data, as consultas acabaram acontecendo sem o conhecimento dos pais.
    O vigilante relata que as crianças foram colocadas na biblioteca da escola. “Na vez da minha filha, o médico pediu para ela tirar a roupa e ela não quis. Ele então levantou a blusa da menina e passou a alisar a barriga e parte dos seios”, relata.
    Em outros dois casos, as crianças relataram ao vigilante que durante o exame do médico, além de ter alisado o corpo das vítimas, ele teria introduzido o dedo no ânus das mesmas para verificar a existência de coceiras.
    “Minha filha está traumatizada e agora tem medo de entrar em um consultório médico”, afirma Marcos, admitindo que tentou localizar outros pais de crianças alunas da escola para que também denunciassem o acusado. Atualmente, a filha do vigilante Marcos não estuda mais na escola.
    O vigilante informou que também responde a um processo por agressão contra o médico. “Fiquei revoltado e fui até o consultório dele, no Centro, para tirar satisfação, um dia após a denúncia”, afirmou.
    *Nome fictício, conforme recomenda o Estatuto da Criança e do Adolescente.

    Caminhada e ato em Novo Remanso
    Uma caminhada pelas principais ruas da cidade marcou nesta quarta (18) a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Itacoatiara. O Conselho Tutelar do município informou que nesta quinta-feira (19) realizará outro ato no distrito Novo Remanso.
        
    Primeira audiência será no dia 25O Conselho Tutelar do Município de Itacoatiara informou ontem que o caso de abuso envolvendo um médico que atua na cidade e crianças alunas da Escola Municipal Jamel Amed aguarda apenas um posicionamento da Justiça.
    “O caso foi alvo de todos os procedimentos da parte do conselho tutelar e da delegacia especializada. O processo foi instaurado na delegacia e encaminhado à Justiça, a quem caberá agora realizar as audiências”, afirmou o vice-presidente do conselho, Evandro Júnior.
    A primeira audiência do caso será realizada no próximo dia 25 deste mês.
    “Infelizmente, o acúmulo de processos torna o trabalho da Justiça lento, mas o importante é que todos os passos foram cumpridos”, afirma.
    O conselheiro explica que o município é um dos que registram os maiores indices de denúncias de violência, maus tratos e abuso sexual contra crianças e adolescentes no Estado.
    “Temos apenas um conselho para cobrir todo o município, mas a prefeitura já estuda a possibilidade de criação de mais um conselho tutelar, por conta da grande demanda”, afirma Evandro.
    Segundo ele, o caso das crianças que teriam sido vítimas de abuso teve grande repercussão na

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