quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Garota de 7 Anos fica tetraplégica após cirurgia de apendicite,Diz família

Garota de 7 anos fica tetraplégica após cirurgia de apendicite, diz família
Pais entraram com ação na Justiça e pedem indenização de R$ 1,6 milhão. Dívidas com tratamento já chegam a R$ 100 mil; secretaria investiga o caso.
09/06/2015 14h20 - Atualizado em 09/06/2015 14h21
Do G1 GO

A família de Rafhaella Ribeiro de Alcântara, de 7 anos, denuncia que a garota ficou tetraplégica após ser submetida a uma operação de apendicite no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. A cirurgia ocorreu em novembro de 2013 e, desde então, a menina, que chegou andando à unidade, hoje vive em uma cadeira de rodas. O pai da menina, Rafael Fonseca, está desempregado e disse que já tem uma dívida de R$ 100 mil para custear o tratamento da menina.
“Entrei com a minha filha andando no hospital. Nunca imaginava uma coisa dessas, sair com ela tetraplégica. Busco força em Deus, porque médico não tem dó de ninguém não. Eles viram para você e falam: ‘Ela vai ficar assim para o resto da vida’. Tive que fazer um curso para aprender a aplicar injeção", disse Rafael, aos prantos.
Os pais acusam o hospital e os profissionais de erro médico e entraram com ação judicial contra o Estado. Segundo o advogado da família, Rannieri Lopes, o valor da indenização pedida é de R$ 1,6 milhão, além de uma pensão vitalícia de R$ 10 mil mensais para custear o tratamento da menina.
“Está comprovado nos autos dos procedimentos. Todos os corréus já apresentaram a defesa em cima disso. O processo da Rafhaella já passou pela Câmara de Saúde do Judiciário e consta nos autos essas declarações", disse.
A Justiça expediu liminar parcial obrigando o Estado a arcar com equipamentos e remédios da menina, mas, segundo Lopes, a decisão ainda não foi cumprida. “Os bens in natura, cadeira de rodas e cama, eles forneceram. Porém, os medicamentos, que são caríssimos, e fraldas não foram concedidos até então pelo Estado", alega.
Rafhaella Ribeiro de Alcântara Garota de 7 anos fica tetraplégica após cirurgia de apendicite em Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Rafhaella chegou andando ao hospital antes da
cirurgia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Por conta das despesas com a menina, a família vendeu móveis, carro e até a casa em que morava. Hoje, eles residem de favor em um imóvel no Setor Papilon Park, em Goiânia, que não tem as adaptações necessárias. Além disso, a família não tem mais limite no cartão de crédito e não sabem como vão adquirir os produtos que a garota necessita.
“A gente quer o melhor para ela, que a vida dela seja o melhor possível. Não sei se [é possível] trazer o que ela era antes, mas a gente sonha”, diz, sem conseguir segurar o choro, a dona de casa Eunice Ribeiro, mãe de Rafhaella.
Respostas
A Procuradoria Geral do Estado informou que está cumprindo a decisão liminar de comprar móveis e medicamentos para a menina. Segundo o órgão, remédios mais baratos podem ser obtidos na Farmácia Básica de Goiânia. Já os de alto custo, diz, estão à disposição na Central de Medicamentos Juarez Barbosa.
Ainda de acordo com a Procuradoria, uma licitação foi aberta para comprar fraldas e outros medicamentos que não são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Já a juíza Zilmene Gomide, responsável pelo caso, disse à TV Anhanguera que aguarda uma perícia para tomar uma decisão sobre a indenização pedida. Ela também afirmou que, dentro da legalidade, está tratando o caso com todo "zelo e humanidade".
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) diz que está investigando a acusação de erro médico.
229

COMENTÁRIOS
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este conteúdo não recebe mais comentários.
RECENTES
POPULARES
  • Thiago Silva
    HÁ 4 MESES
    Anestesistas... raça podre. É a especialidade médica que mais falta nos hospitais. Eles mandam e desmandam. Trabalham quando e onde querem.

    • Marcela Carmo
      HÁ 4 MESES
      Você esta falando mal dos anestesistas. Mas em momento nenhum na reportagem esta dizendo a causa da sequela da paciente.
      • Thiago Silva
        HÁ 4 MESES
        Eu falo mal de quem eu quiser aqui. É de notório saber nos hospitais essa situação com anestesistas.
      • jose valadares
        HÁ 4 MESES
        Houve um ERRO do médico, ou dos médicos, isso é fato. E te digo, ERRO é diferente de INTERCORRÊNCIA. As intercorrências cirúrgicas ocorrem toda hora, principalmente em cirurgias de apêndice, tendo geralmente, uma infecção generalizada nas piores das hipóteses. O que houve com essa garota foi diferente. Ela foi vítima da incompetência ou negliegência de um cirurgião. Merece todo apoio da justiça, e essa indenização milhonária é de causa ganha. Nada que vá reparar o dano causado a garota. Força para a família.


        • Rodrigo Silva
          HÁ 4 MESES
          Jose Valadares, qual foi o erro do medico durante o procedimento que a deixou tetraplégica? Acredito que saibas. Eu não sei.
          • Mario Costa
            HÁ 4 MESES
            Só os peritos aqui, vão lá no fórum, peçam vista do processo e forneçam o parecer pericial de vcs, quem sabe assim a causa se resolve.
          • Valter Webber
            HÁ 4 MESES
            medicos ,anestesistas,podem errar aleijar matar mutilar....ninguem tem responsabilidade,punir o responsavel,nem pensar...VERGONHA PARA O CRM que concede registros para incopetentes..........
            Goiás

            Nenhum comentário:

            Postar um comentário