terça-feira, 22 de setembro de 2015

MP Iguala bando da degola e acusa todos de Homicídio

SION

MP iguala bando da degola e acusa todos de homicídio

Advogado de um dos envolvidos contestou parecer; sete estão presos

MP iguala bando da degola e acusa todos de homicídio
Advogado de um dos envolvidos contestou parecer; sete estão presos
PUBLICADO EM 04/06/10 - 22h47


O promotor Francisco de Assis Santiago, do 2º Tribunal do Júri, foi ainda mais rigoroso do que o indiciamento da Polícia Civil ao concluir seu relatório sobre o duplo homicídio ocorrido no mês de abril, no Sion, região Centro-Sul da capital. A denúncia apresentada por Santiago contra os oito acusados de participação nas mortes dos empresários Rayder Rodrigues, 38, e Fabiano Ferreira Moura, 32, pede que todos respondam pelos mesmos crimes, inclusive por homicídio.
O inquérito, concluído no último dia 22, livrava o advogado Luis Astolfo Sales Bueno e o pastor Sidney Benjamin da acusação de assassinato. "Todos estão juntos e denunciei os oito por homicídio quadruplamente qualificado, extorsão, formação de quadrilha, sequestro e destruição de cadáver. Estou confiante que o juiz irá aceitar a denúncia. Esse é só o primeiro passo deste processo que será longo", disse.
O advogado de Luis Astolfo, Guilherme Marinho, desafiou, ontem, que o promotor prove a participação do seu cliente nas mortes dos empresários. Luis Astolfo foi indiciado por formação de quadrilha, sequestro, cárcere, extorsão e receptação. Se antes ele podia ser condenado por 20 anos, agora, pode pegar até 50 anos.
"Vou aguardar para ver se o juiz irá aceitar a denúncia (protocolada na última quarta-feira). Aliás, nem sei se o promotor apresentou mesmo essa denúncia. Se ele o fez, vai ter que provar. Caso contrário, o juiz não pode receber a denúncia de homicídio contra o meu cliente. O Ministério Público não pode fazer o que quer e, sim, o que tem provas. Homicídio já é demais".
Os demais advogados dos acusados não foram encontrados ontem pela reportagem para comentar a denúncia do promotor. Santiago também pediu que a prisão temporária dos envolvidos no crime sejam convertidas em preventivas. Dessa forma, eles teriam que aguardar presos pelo julgamento. Santiago acredita que essa decisão saia na próxima semana.
A quadrilha que matou Rayder e Fabiano era liderada pelo empresário Frederico Flores, 31, que sabia das fraudes nas quais as vítimas estavam envolvidas.
Em liberdade
Alvará. O advogado Luis Astolfo é o único do bando que está livre. Ele ficou preso por 25 dias, mas foi libertado no dia 22 de maio por um alvará de soltura do ministro do Superior Tribunal de Justiça Celso Limonge.

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