quinta-feira, 29 de março de 2018

Desvio de medicamentos : MP acredita que mais de um servidor público estaria envolvido

 02:23 GeralNotícias 31/01/2018 - 19h52 São Paulo Embed
Eliane Gonçalves
Operação prende 9 pessoas suspeitas de desviar medicamentos de alto custo de hospitais públicos.

A partir dos depoimentos dos nove presos, a expectativa agora é descobrir como o grupo conseguia retirar os medicamentos da rede pública sem que fosse notado. Entre os presos está um funcionário público: um motorista do Hospital Emílio Ribas, um das principais hospitais para o tratamento de doenças infecto-contagiosas do País e onde parte dos medicamentos foram desviados.

Para o subprocurador geral do ministério público de São Paulo, Mário Sarrubo, a presença desse motorista é um indício de que outros funcionários públicos podem estar envolvidos no esquema.

As nove pessoas são acusadas de terem criado uma empresa de fachada que desviava medicamentos de, pelo menos, dois hospitais públicos de São Paulo e depois revendia para médicos e hospitais particulares.

São medicamentos caros, usados especialmente no tratamento de câncer. Alguns deles chegam a custar até 10 mil reais no mercado.

O Ministério Publico de São Paulo, que coordenou as investigações, ainda não sabe quanto de medicamento pode ter sido desviado, mas já sabe que o grupo faturou mais de 16 milhões de reais com a venda de remédios entre setembro de 2014 e maio de 2016.

A operação Medlecy DOIS é um desdobramento de uma primeira operação desmontou uma quadrilha que funcionava em um esquema parecido em 2015.

Além das prisões, também foram cumpridos 16 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Goiás, Espírito Santo e no Distrito Federal. Se condenados, os suspeitos vão responder por organização criminosa e crime contra a saúde pública e podem ser condenados a até 12 anos de prisão.

Desvio de medicamentos : MP acredita que mais de um servidor público estaria envolvido | Radioagência Nacional

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