sexta-feira, 30 de maio de 2014

Tio chama a PM para retirar sobrinha grávida de maternidade, em Goiânia

13/06/2013 17h55 - Atualizado em 13/06/2013 17h55


Em trabalho de parto há 4 dias, ela diz que equipe se negava a fazer cesárea.
Hospital é o mesmo onde mulher deu à luz na recepção e bebê caiu.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Um homem chamou a Polícia Militar para transferir a sobrinha, internada na Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia. A mulher estaria há quatro dias em trabalho de parto, sentindo dores, mas com pouca dilatação. Segundo a família, a equipe médica se negou a realizar uma cesariana.A unidade de saúde é a mesma onde um bebê caiu após a mãe dar à luz na recepção, sem ajuda, enquanto esperava por internação, na noite de quarta-feira (11).
O administrador Ivan Teófilo justificou a atitude de chamar a polícia: "Não querem deixar eu tirar ela para dar à luz. O parto tem de ser cesáreo. Eles não fazem cesáreo e a criança está praticamente nascendo".
Grávida de nove meses e internada há uma semana, a sobrinha dele, a vendedora Valquíria dos Santos, deixou a maternidade no meio da manhã, após a chegada da polícia. Mesmo alegando riscos para ela e para o bebê, a gestante reclamou que não conseguiu uma cesariana.
"Perdi dois filhos por tentarem fazer parto induzido em mim e aqui eles querem fazer a mesma coisa. Estou há quatro, dilatando só dois centímetros, e eles não querem fazer parto cesáreo. Eu sentindo dor, dor, dor. Não aguento mais", relatou Valquíria. Indignada, ela procurou um hospital particular.
Homem chama polícia para retirar sobrinha de maternidade, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Tio chamou polícia para retirar paciente grávida de
maternidade (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A coordenadora de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde, Patrícia Antunes, defende a postura da maternidade. "Toda a equipe médica tem uma avaliação da paciente e ela, até o presente momento, não tinha indicação de cesárea. A clínica médica precisa ser soberana nesse momento. Nós não exigimos e não obrigamos a equipe a fazer uma conduta que não é aquela que ela entendeu", informou.
Questionada se insistência no parto normal seria por questão de custos, a coordenadora respondeu: "O nome já diz, o parto é normal. Uma intervenção cirúrgica é uma intervenção. Então, o normal é que a paciente transcorra em um parto normal. Essa e todas as maternidades precisam trabalhar nesse sentido, de incentivar a paciente".
Sobre a mulher de 34 anos que deu à luz na recepção, a coordenadora relatou que uma equipe de auditores esteve na maternidade e todos os documentos foram encaminhados para avaliação. "Nós estamos aguardando o relatório final dessa equipe", disse Patrícia.

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