quinta-feira, 29 de maio de 2014

Caso Karla Beatriz

Meu Nome é Karla Beatriz Magalhães Schwan, moro em Rio Branco-AC, há 18 anos. No dia 13 de setembro de 2.005, fui vitima de um erro médico aqui na cidade, problema esse que quase abreviou a minha vida e quase dando cabo aos meus sonhos de reconstruir a minha vida e de ver os meus filhos crescendo. Se na época não estivesse juntado as minhas economias e contado com a ajuda de uma tia tinha ido a óbito pela imprudência de um médico conceituado pela sociedade acreana.
Para me convencer dos procedimentos que iria realizar declarou na ocasião, que os procedimentos eram simples e sendo assim num prazo de cinco dias úteis teria a minha vida de volta a normalidade, inclusive com a volta ao trabalho e aos estudos, na época estava cursando administração, tive que trancar a matrícula na faculdade devido a cirurgia.
Após ter me internado, com os procedimentos simples que o médico me garantiu, por ser um vídeo laparoscopia, era um procedimento de rotina e simples e, que não haveria de me preocupar”. Acreditando na palavra do profissional tive a minha internação marcada para o dia 12 de setembro do mesmo ano. Foi aí que começou o meu calvário, misturado com martírio.
Durante o procedimento cirúrgico foi perfurado o meu uréter e tive uma hemorragia que fiquei sabendo após seis meses, através de um médico na qual visitei pra ter uma opinião diferente, fui indicada pelos profissionais que me atenderam no Rio de Janeiro.

 Após 15 dias, a minha barriga começou a inchar e passei sentir fortes dores, retornei várias vezes ao consultório do doutor Edvaldo Amorim, ginecologista, foi ele quem foi o responsável pela minha cirurgia, tratou do meu caso com uma irresponsabilidade fora do comum.

 Com a minha barriga inchada, parecia que estava grávida de oito meses. Ele presenciando a minha barriga me receitou Luftal, como se eu estivesse com gases acumulados no interior da barriga.
Quando vi a falta de profissionalismo do médico, procurei uma conceituada médica ginecologista, doutora Sâmara Messias, que tem o seu consultório perto de minha residência. Por me conhecer a algum tempo, se comoveu com o meu caso e me pediu uma ultra-sonografia urgente e ficou constatado que eu estava com liquido retido.

Com os resultados dos exames em mãos, a médica me orientou para que viajasse imediatamente. Fui para o Rio de Janeiro, onde após uma série de exames, solicitados pelos médicos, Paulo Falcão e Antonio Cláudio, fui internada de imediato. O meu quadro precisava de cuidados, pois estava com febre e muitas dores, a infecção estava corroendo o meu organismo por dentro.
Segundo a equipe médica que me examinou, se estivesse demorado mais uns cinco dias eu iria a óbito. A infecção generalizada estava muito forte e poderia comprometer todo o meu organismo. Após os procedimentos dos médicos cariocas, foi feito o trabalho de drenagem para retirar todo o líquido que estava contaminado e foi reimplantado o uréter, onde foi realizada uma pequena plástica, justamente por causa da imprudência e a falta de profissionalismo de um médico que pensa que a vida do ser humano compra-se em qualquer balcão de supermercado.
Com os procedimentos errados, estou pagando o preço até hoje. Passei por cinco cirurgias e até o momento o meu caso é complicado. Hoje continuo com refluxo, sentindo fortes dores e febres misturadas com uma forte cólica e os médicos aqui do Acre que visito constantemente dizem que o meu caso não é para se preocupar e receitam somente antibióticos, o que está acabando com a minha flora intestinal.
Acredito que eles não têm idéia de como cuidar do meu caso. No dia 28 de Agosto desse ano, passei por mais um procedimento cirúrgico para recolocar o cateter, as dores que estava sentindo eram fortíssima e não estava agüentando desenvolver as minhas atividades profissionais. Antes dessa cirurgia foi feita uma ressonância magnética, onde o laudo dizia que o rim estava inchado e o quadro apresentado era de hidronefrose.
Karla Beatriz Magalhães Schwan
magalhaesschwan@hotmail.com

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