sexta-feira, 30 de maio de 2014

Bebê morre após grávida esperar 14h por parto em hospital, diz família

01/05/2013 11h16 - Atualizado em 01/05/2013 11h17


Pais denunciam que houve negligência no Hospital de Cristalina, GO. 
Secretário de Saúde garante que unidade prestou atendimento 'possível'.

Do G1 GO, com informação da TV Anhanguera

Os pais de um recém-nascido morto após sofrer uma parada cardiorrespiratória pouco tempo após o parto denunciam que o Hospital Municipal de Cristalina , na região leste de Goiás, foi negligente ao realizar o atendimento médico. A mãe da criança, Ana Paula da Silva, afirma que chegou à unidade sentindo fortes contrações, mas foi levada para a sala cirúrgica somente depois de esperar 14 horas por atendimento.
“Cheguei no hospital e eles me tocaram, mas me deixaram lá. Depois, pegaram um ferro, estouraram minha bolsa e fiquei sentindo contrações muito fortes e, mesmo assim, eles me deixaram sem atendimento. Somente depois de muito tempo, eles fizeram o parto”, reclama Ana Paula.
Revoltados com a situação, familiares do bebê registraram ocorrência na Polícia Civil alegando que houve demora no atendimento. Eles também chegaram a realizar um protesto em frente ao hospital pedindo Justiça. “Trazer a nossa filha nós não vamos conseguir, mas a gente quer saber quem foi o responsável para que isso não possa acontecer com outras famílias”, desabafa o pai do bebê, Lucas Arraes.
Mãe de bebê morto após parto no Hospital Municipal de Cristalina, Goiás (Foto: Reprodução TV Anhanguera)Mãe diz que bebê morreu após o parto por falta de
atendimento (Foto: Reprodução TV Anhanguera)
À TV Anhanguera, a direção do Hospital Municipal de Cristalina alegou que a criança nasceu com dificuldades para respirar e precisava ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Com isso, foi solicitada uma vaga nas UTIs de Catalão, Goiânia, Anápolis e Brasília, mas todas estavam lotadas.
O secretário de Saúde de Cristalina, Maks Wilson Lustosa, contesta a versão dos familiares do bebê. “Os municípios não têm o que fazer. Os hospitais públicos das cidades fazem todos os meios legais disponibilizados para realizar o atendimento, mas quando não tem vaga é uma questão de estado, de regulação mesmo. A mãe e o bebê receberam o atendimento possível em Cristalina”, declara o secretário.

Em nota, a Central de Regulação em Goiânia afirmou que não houve nenhuma solicitação de vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal para a recém-nascida.

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