atualizado às 12h12

Pediatra é acusado de praticar asfixia simulada na filha de 11 anos...

Melvin Morse e sua mulher, Pauline, são acusados de submeter a filha de 11 anos à asfixia simulada com água Foto: Reuters
Melvin Morse e sua mulher, Pauline, são acusados de submeter a filha de 11 anos à asfixia simulada com água
Foto: Reuters

O conhecido pediatra americano Melvin Morse foi detido como suspeito de submeter sua filha de 11 anos à asfixia simulada com água, uma prática conhecida como "waterboarding", segundo divulgaram nesta sexta-feira os meios de comunicação locais.
Morse, 58 anos, foi preso na quinta-feira junto com sua mulher, Pauline, 40 anos, depois que sua filha denunciou que seu pai a tinha asfixiado debaixo de uma torneira aberta como método de disciplina.
O pediatra é conhecido por seus livros sobre experiências de crianças que estiveram à beira da morte e participou como especialista de programas de televisão de grande popularidade nos Estados Unidos como Larry King Live e The Oprah Winfrey Show.
O afogamento simulado ou "waterboarding" é uma técnica que os interrogadores americanos aplicaram no passado contra os suspeitos de terrorismo, o que seus críticos consideram tortura.
Um dos advogados de Morse, Joe Hurley, declarou que "o que quer que tenha sido descrito não é 'waterboarding'", de acordo com Washington Post, embora tenha reconhecido que não tinha todas as informações sobre o caso.
No último mês de julho, Morse foi acusado de agressão e de pôr em perigo o bem-estar de um menor, depois de tirar à força sua filha do carro pelo tornozelo e arrastá-la por um caminho de terra até sua casa, onde bateu na menina.
A criança recebeu assistência no Centro de Defesa das Crianças de Delaware onde contou algum tempo depois sobre os casos de asfixia simulada que aconteceram em quatro ocasiões entre 2009 e 2011, dos quais sua mãe teria sido testemunha sem fazer nada, segundo contou o cabo da polícia Gary Fournier ao canal de televisão ABC.
Os Morse estão enfrentando duas acusações por colocar em perigo o bem-estar de uma criança, uma acusação de conspiração em segundo grau, e quatro outras por crime grave de primeiro grau pelos supostos episódios de "waterboarding".

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