quarta-feira, 7 de setembro de 2016

  
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Vítimas de médico acusado de abuso sexual relatam momentos de terror
Roger Abdelmassih passou a noite na cadeia. Justiça aceitou a denúncia de estupro feita pelo Ministério Público contra ele.
Fonte: Bom dia Brasil
    Roger Abdelmassih, médico especializado em fertilização, é acusado de abusar sexualmente de mais de 50 pacientes. Os depoimentos do processo são fortes. A defesa de Abdelmassih vai entrar hoje com pedido de liberdade condicional. O médico deve enfrentar também o julgamento dos colegas, no Conselho Regional de Medicina.

    “Existem os médicos e existem os monstros. E, às vezes, o médico é o monstro. O Dr. Roger é o monstro. É isso que eu vejo”, diz uma das pacientes de Roger Abdelmassih.

    Se a Justiça se convencer de que o médico especializado em reprodução humana fez mesmo o que mais de 50 pacientes dizem que ele fez, qualquer ficção que trate de médicos que viram monstro e vice-versa será superada pela realidade. A defesa de Roger Abdelmassih vai entrar hoje com pedido de liberdade para ele.

    “A defesa entende que o decreto da custódia preventiva do Doutor Roger é ilegal”, avisa o advogado do médico José Luís Oliveira Lima.

    O médico que chegava a cobrar R$ 200 mil pelo tratamento de fertilidade passou a noite em uma delegacia na zona norte da capital paulista. Ele chegou em silêncio. Foi preso ontem à tarde quando chegava para trabalhar. Ao longo da carreira, Roger Abdelmassih se orgulha de ter ajudado a trazer ao mundo milhares de bebês.

    Roger Abdelmassih é acusado de atacar pacientes que procuravam ajuda para engravidar. Os depoimentos das vítimas foram a base do inquérito policial e da denúncia do Ministério Público. As vitimas relatam investidas do médico dentro do consultório da clínica de reprodução.

    “Ele abaixou as calças, e veio por cima de mim, puxando assim, puxou minha calça”, conta uma das pacientes.

    “Ele começou a chegar perto de mim, pegar na minha mão, foi me acuando numa estante que tinha atrás da mesa, lá no consultório dele, e eu pensando: ‘como é que eu vou fazer para me livrar desse homem? Ele tem duas vezes o meu tamanho’. Ele começou a beijar, eu comecei a virar o rosto. Quando ele estava naquela beijação nojenta bateram na porta”, lembra uma das pacientes.

    “Na hora do beijo, em vez de dar o beijo no rosto, ele se dirigiu à minha boca, e tentando segurar com força. Não consegui falar mais nada porque saí de lá chorando”, diz outra paciente.

    Outra vítima conta o que aconteceu na sala de pré-cirurgia, pouco antes da extração de óvulos para fertilização: “Quando eu deitei na cama, ele veio em direção aos meus seios. Coloquei a mão e falei que ele não precisava mexer no meu seio para retirar o óvulo. Ele estava sentindo prazer no que estava fazendo”.

    Em outro depoimento, a paciente diz que foi atacada na sala de recuperação, depois da retirada dos óvulos: “Acordei levemente e lembro dele me beijando, beijando minha boca e falando para eu beijar ele. Lembro dele passando a mão no meu corpo”.

    O marido de uma das vítimas conta o que sentiu quando soube do que aconteceu: “Você deve imaginar o que significa para um marido imaginar sua mulher anestesiada, saindo da anestesia e sendo abusava por um médico dormindo. É indescritível, é de perder o chão”.

    A Justiça abriu processo criminal por 56 estupros porque, pela nova lei, o ato sexual não precisa ser consumado para se caracterizar o estupro. O advogado de Roger Abdelmassih, José Luis Oliveira Lima, diz que o médico alega inocência: “Em todas as oportunidades ele nega taxativamente a autoria. É importante mencionar que ele teve mais de 20 mil clientes em sua clínica, é considerado um dos melhores médicos não do Brasil mas do mundo”

    No Conselho Regional de Medicina, o médico vai enfrentar 51 processos éticos - uma decisão inédita. "Porque não se admite que o médico tenha esse tipo de comportamento. No caso de assédio sexual, o entendimento desta casa é que não cabe outra pena a não ser a cassação do exercício profissional", afirma Renato Azevedo, vice-presidente do Conselho Regional Medicina de São Paulo.

    Na ficha policial do médico, agora constam registros de atentado violento ao pudor e estupro. Ontem à noite, Roger Abdelmassih foi levado para a polícia ao Instituto Médico Legal (IML). Ele fez exames para constatar que não sofreu agressões e voltou à delegacia, onde ficam os presos com curso superior.



     



























































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