terça-feira, 1 de março de 2016

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Homem morre à espera de socorro durante greve do Samu de Salvador

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SÃO PAULO e SALVADOR - Uma pessoa morreu numa agência do INSS de Salvador enquanto esperava atendimento médico. Os médicos do Serviço Móvel de Urgência (Samu)entraram em greve nesta quarta-feira por melhores salários. De acordo com a assessoria do INSS, Israel Alexandre dos Santos, de 49 anos, foi buscar o resultado de uma perícia quando começou a passar mal. Médicos do INSS realizaram o primeiro atendimento e uma unidade móvel de saúde foi chamada. Quando o veículo chegou ao posto, Israel já tinha morrido, vítima de infarto. Segundo o Salvar, serviço do Corpo de Bombeiros, a equipe chegou o mais rápido possível.
Por causa da greve dos profissionais do Samu, um esquema emergencial de atendimento à população foi montado pela secretaria municipal de Saúde de Salvador (SMS) em parceria com o Corpo de Bombeiros. O atendimento pré-hospitalar começou ser feito, a partir das 7h desta quarta-feira, pelo Salvar, que conta com o reforço de cinco ambulâncias do Samu de Salvador, liberadas pela Secretaria Municipal.
O atendimento das urgências e emergências deverá ser acionado através do número 193, do Corpo de Bombeiros. Em nota, a secretaria municipal de Saúde alerta que durante o período de greve, a população somente deverá acionar o serviço de atendimento pré-hospitalar do Salvar 193, em caso de Urgência e de extrema gravidade, pois o número de ambulâncias para Salvador estará reduzido.
Com a paralisação, cerca de 400 procedimentos médicos deixam de ser feitos todos os dias. Não adianta ligar para o número 192 porque só dá sinal de número indisponível.
A paralisação foi decidida em assembleia na noite desta terça-feira, na sede do Samu, no bairro do Pau Miúdo. Antes, os profissionais tinham se reunido com o secretário municipal da Saúde Gilberto José na sede da Secretaria.
Segundo o sindicato da categoria, o secretário propôs um aumento salarial de 30%. Os médicos do Samu de Salvador recebem R$ 3.500, mas querem R$ 9 mil.
Em uma reunião realizada terça-feira, no Ministério Público, outros dois pontos foram discutidos: a contratação de profissionais e a melhoria nas condições de trabalho. Foi apresentado um acordo onde a Prefeitura ofereceria ambulâncias mais novas e, dentro de seis meses, faria um concurso público.
Hoje, 68 médicos trabalham no serviço da capital. O ideal, segundo a coordenação do Samu, seria 140.
Quando está funcionando, o Samu recebe, em média, 2.500 ligações por dia.

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