sexta-feira, 4 de abril de 2014

Polícia pede exumação do corpo de bebê

14/03/2014 15h06 - Atualizado em 14/03/2014 15h23

Polícia pede exumação do corpo de bebê e apura se houve erro médico

Mãe diz que médicos da Maternidade Evangelina Rosa foram negligentes.
Polícia investiga se houve erro médico durante parto feito em Teresina.

Gilcilene Araújo

DO G1 PI

Corpo de bebê é exumado por suspeita de erro médico no Piauí (Foto: Arquivo Pessoal)Corpo de bebê é exumado por suspeita de erro
médico no Piauí (Foto: Arquivo Pessoal)
O corpo de um bebê foi exumado nessa quinta-feira (13) no cemitério do bairro Promorar, na Zona Sul de Teresina. Segundo o delegado Antônio Carvalho, do 13º Distrito Policial, a exumação foi solicitada porque o Instituto Médico Legal (IML) informou que não havia realizado o exame cadavérico e porque os pais do bebê registraram Boletim de Ocorrênciaacreditando que houve erro médico durante o parto.
Delegado Antônio Carvalho, do 13º DP em Teresina (Foto: Gilcilene Araújo/ G1)Delegado Antônio Carvalho, do 13º DP em
Teresina (Foto: Gilcilene Araújo/ G1)
“Considerei estranho o fato dos familiares não saberem a causa morte do bebê, pois quando  a família recebeu o corpo da criança levou o corpo para casa e providenciou o sepultamento”, relatou.
Segundo a mãe, Sandra Dias, ela foi vítima denegligência médica na Maternidade Dona Evangelina Rosa no dia 31 de janeiro, quando deu entrada com perda de líquido amniótico. De acordo com a mulher, os médicos deveriam ter feito o nascimento através de cesariana, o que não aconteceu.
“Quando cheguei ao hospital informei aos profissionais que durante minha gestação fui acometida pela Síndrome de Guillain-Barré, uma doença rara que provoca enfraquecimento e paralisia dos músculos, especialmente das pernas. Por conta disso, eu não poderia ter sido submetida ao parto normal porque estaria arriscando minha vida e do meu bebê. Um médico disse que não estava ali para fazer minhas vontades, mas que deveria seguir o procedimento da maternidade”, explicou a mãe.
Sandra estava com oito meses de gestação e acusa a maternidade de negligência.“Eles ficaram a todo instante forçando para que eu tivesse parto normal. Estava sem dilatação e a médica me passou um medicamento que forçava o alargamento. Entrei às 22h e somente às 3h da madrugada fui encaminhada para centro cirúrgico. Quando eu cheguei minha filha estava viva, mas quando eu entrei no centro cirúrgico, já não sentia mais os batimentos cardíacos dela”, contou.
Revoltada com a situação, a mãe do bebê registrou um boletim de ocorrência no 13º Distrito Policial e pediu uma investigação por parte da polícia."Eu quero que os culpados pela morte da minha filha paguem. Não é o primeiro caso de erro médico dentro da Maternidade Dona Evangelina. Quero justiça porque esperei tanto pela minha filha e não tenho ela em meus braços", disse.
Ainda de acordo com o delegado que acompanha o caso, o resultado da exumação será divulgado em trinta dias.

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