Terça-feira, 3 de setembro de 2013
Médico açougueiro acusado de mutilar
dezenas de mulheres volta à ativa no “
Mais Médicos”
O Ministério da Saúde selecionou para o programa Mais Médicos um profissional
suspeito
de ter mutilado e causado lesões corporais em pelo menos 15 mulheres em
Manaus.
Ex-deputado federal, Carlos Jorge Cury Mansilla, 56 anos, começa a trabalhar
hoje em um posto de saúde no município de Águas Lindas de Goiás (GO).
suspeito
de ter mutilado e causado lesões corporais em pelo menos 15 mulheres em
Manaus.
Ex-deputado federal, Carlos Jorge Cury Mansilla, 56 anos, começa a trabalhar
hoje em um posto de saúde no município de Águas Lindas de Goiás (GO).
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| Em fevereiro último, Carlos Jorge Cury Mansilla, médico, foi preso por mutilar dezenas de mulheres em Manaus, em cirurgias plásticas para as quais não tinha especialização. |
Até o momento, foram concluídos 15 inquéritos policiais no Amazonas. Segundo
o
delegado Mariolino Brito, as vítimas sofreram sequelas físicas e mentais, após
passarem porprocedimentos cirúrgicos com Mansilla. O próprio médico assume
não ter especialidade médicaem cirurgia. Entretanto, conta que trabalhou por 28
anos
como cirurgião-geral do Hospital Regional de Guajará-Mirim, em Rondônia, e já
realizou
cerca de 20 mil operações. “No interior do Norte, minha filha, nós somos
especializados
em tudologia”, afirmou ontem ao Correio.
o
delegado Mariolino Brito, as vítimas sofreram sequelas físicas e mentais, após
passarem porprocedimentos cirúrgicos com Mansilla. O próprio médico assume
não ter especialidade médicaem cirurgia. Entretanto, conta que trabalhou por 28
anos
como cirurgião-geral do Hospital Regional de Guajará-Mirim, em Rondônia, e já
realizou
cerca de 20 mil operações. “No interior do Norte, minha filha, nós somos
especializados
em tudologia”, afirmou ontem ao Correio.
As pacientes procuraram o médico para realizar cirurgias
estéticas. Celiane Eduardo Santos foi uma das mulheres
que entraram na Justiça pedindo indenização de R$ 108.690
pordanos causados em uma cirurgia de redução das mamas.
“Eu tive de realizar três procedimentos. No primeiro, eu
não fiquei com o tamanho do seio que tínhamos acertado
. Tentamos mais uma vez e não deu certo. Na última,
ele já me atendeu muito mal e senti muita dor na anestesia
, que ele mesmo aplicou”, conta.
No fim de julho deste ano, o Conselho Regional de
Medicina do Estado do Amazonas (Cremam) interditou o registro de Mansilla.
A partir daí,
o médico ficouproibido de exercer a profissão por seis meses em qualquer lugar
do
Brasil. “É um absurdo um profissional realizar cirurgias sem que tenha especialização”,
critica
o presidente do Cremam, Jefferson Jezini. O médico também está certificado em
Rondônia
. Lá, Mansilla já havia sofrido suspensão da certidão por 30 dias, pois contou com
a ajuda
de um anestesista sem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) durante
um procedimento.
Medicina do Estado do Amazonas (Cremam) interditou o registro de Mansilla.
A partir daí,
o médico ficouproibido de exercer a profissão por seis meses em qualquer lugar
do
Brasil. “É um absurdo um profissional realizar cirurgias sem que tenha especialização”,
critica
o presidente do Cremam, Jefferson Jezini. O médico também está certificado em
Rondônia
. Lá, Mansilla já havia sofrido suspensão da certidão por 30 dias, pois contou com
a ajuda
de um anestesista sem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) durante
um procedimento.
Carlos Mansilla afirma que é inocente. “Até hoje não existe um laudo que confirme
as acusações.” Para o médico, as mulheres fizeram denúncias, pois ficaram insatisfeitas
com
o resultado. O delegado Mariolino Brito conta que a maioria das vítimas passou por
exames
de delito e sofreram sequelas irreversíveis. “Algumas mulheres chegaram a ser
mutiladas
. As vítimas sofreram lesões nos seios, abdômen, barriga, bumbum”, detalha.
Em janeiro deste ano, a polícia civil de Manaus chegou a pedir a prisão preventiva
de Mansilla
, porém, com um salvo-conduto, expedido pelo juiz da 8ª Vara Criminal, o médico
escapou de ficar preso.Segundo Mansilla, a decisão de se inscrever no Mais Médicos
foi para ter uma nova chance
as acusações.” Para o médico, as mulheres fizeram denúncias, pois ficaram insatisfeitas
com
o resultado. O delegado Mariolino Brito conta que a maioria das vítimas passou por
exames
de delito e sofreram sequelas irreversíveis. “Algumas mulheres chegaram a ser
mutiladas
. As vítimas sofreram lesões nos seios, abdômen, barriga, bumbum”, detalha.
Em janeiro deste ano, a polícia civil de Manaus chegou a pedir a prisão preventiva
de Mansilla
, porém, com um salvo-conduto, expedido pelo juiz da 8ª Vara Criminal, o médico
escapou de ficar preso.Segundo Mansilla, a decisão de se inscrever no Mais Médicos
foi para ter uma nova chance
na profissão. O suspeito alega perseguição de colegas e diz que nem chegou a ser ouvido
pelo Cremam. “Eu nunca vou deixar de ser médico. Por que eu não posso trabalhar sem CRM
, se os cubanos, paraguaios, bolivianos podem?”, reclamou. Cury também exerceu o cargo
de deputado federal, como suplente, pelo PPB (RO), entre 22 de abril e 8 de setembro
de 1999, e de secretário de Saúde de Guajará-Mirim, em abril do mesmo ano.
pelo Cremam. “Eu nunca vou deixar de ser médico. Por que eu não posso trabalhar sem CRM
, se os cubanos, paraguaios, bolivianos podem?”, reclamou. Cury também exerceu o cargo
de deputado federal, como suplente, pelo PPB (RO), entre 22 de abril e 8 de setembro
de 1999, e de secretário de Saúde de Guajará-Mirim, em abril do mesmo ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, Mansilla se inscreveu no Programa Mais
Médicos, porque um desses cadastros está ativo junto ao Conselho Federal de
Medicina (CFM). A pasta informou que fará uma consulta ao órgão e aos CRMs do Amazonas
e de Rondônia solicitando um parecer sobre a situação ética do médico. O CFM afirmou
não ter sido comunicado oficialmente sobre o caso e se colocou à disposição do Ministério
da Saúde para fornecer mais informações.
Médicos, porque um desses cadastros está ativo junto ao Conselho Federal de
Medicina (CFM). A pasta informou que fará uma consulta ao órgão e aos CRMs do Amazonas
e de Rondônia solicitando um parecer sobre a situação ética do médico. O CFM afirmou
não ter sido comunicado oficialmente sobre o caso e se colocou à disposição do Ministério
da Saúde para fornecer mais informações.
TOMA MAIS UMA: Médico açougueiro acusado de mutilar dezenas de mulheres volta à ativa
no “Mais Médicos”
no “Mais Médicos”


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