quinta-feira, 3 de abril de 2014

Bando da degola

Mais dois do ?bando da degola? são autorizados a deixar cadeia

Publicado por Associação do Ministério Público de Minas Gerais (extraído pelo JusBrasil) - 3 anos atrás
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Ministério Público anunciou que recorrerá da decisão do TJ ainda hoje.
A Justiça concedeu liberdade a dois envolvidos nos assassinatos dos empresários Rayder Rodrigues e Fabiano Moura, em 9 de abril deste ano, no apartamento do Sion, na região Centro-Sul da capital. Além da médica Gabriela Ferreira Correa da Costa, que deixou o presídio São Joaquim de Bicas II, na região metropolitana da capital, no último domingo, o pastor Sidney Benjamin teve a prisão aliviada, ontem, por decisão do juiz Maurício Torres Soares, do 2º Tribunal do Júri.
Na mesma decisão, o juiz acatou denúncia do Ministério Público e expediu pedido deprisão preventiva de Frederico Flores, o líder do bando da degola, do estudante de direito Arlindo Soares, sócio de Flores, dos policiais militares Renato Mozer e André Bartolomeu, acusados de participação efetiva nos assassinato e do norte-americano Adrian Grigorcea, informante da quadrilha.
Até o último final de semana, quando Gabriela foi solta, apenas o advogado Luis Astolfo Sales Bueno, apontado pela polícia como informante da quadrilha, havia ganhado a liberdade. Ele ficou encarcerado por 25 dias. Astolfo e Gabriela tiveram o pedido de prisão preventiva negado. Até então, todos os envolvidos no caso estavam em regime de prisão temporária (de 30 dias, que foram prorrogados por mais 30). Com a mudança, os acusados não deverão deixar a cadeia até o julgamento.
"Vou recorrer da decisão amanhã (hoje) mesmo. É de entendimento do Ministério Público que todos devem ficar presos até a data do julgamento", disse o promotor Francisco Assis Santiago. Na última quarta-feira, o promotor oficializou a denúncia da promotoria contra os acusados. O Ministério Público considerou que todos os oito envolvidos deverão responder por homicídio quadruplamente qualificado.
Considerada o braço direito de Frederico Flores, a médica Gabriela Costa deixou a prisão na madrugada do último domingo beneficiada por liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedida na última sexta-feira. O desembargador Celso Limonge, que autorizou a soltura da acusada, é o mesmo que liberou o advogado Luis Astolfo, no último dia 22.
Para o advogado da médica, Raphael Pires, não havia motivos para mantê-la presa. "Ela não fugiria, não colocaria as provas em risco", comentou.
Histórico
Papel
Gabriela, que confessou o envolvimento no crime, foi a responsável
pelo levantamento das contas bancárias dos empresários mortos
Envolvimento
Segundo parentes, Gabriela e Frederico Flores montaram uma clínica médica.
Flores não teria investido o dinheiro combinado. Ela tentou se afastar, mas era ameaçada
Erro
Cinco meses depois de formada, Gabriela foi denunciada por erro médico
Mentor dos crimes fica detido.
Frederico Flores já teve o pedido de soltura negado pelo Tribunal de Justiça de Minas. De acordo com o assessoria de imprensa do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a instância ainda não recebeu pedidos de habeas corpus para ele e os demais envolvidos no caso.
Depois de 42 dias de investigações, a Polícia Civil concluiu o inquérito. Os oito presos suspeitos de ligação com as mortes foram denunciados pelos crimes de homicídio, extorsão e ocultação de cadáver. (TN)
Liberdade
Médica estaria com parentes
"Os parentes de Gabriela Costa não quiseram comentar a liberdade da médica. Ontem, a reportagem de O TEMPO esteve no apartamento de seus pais, no bairro Anchieta, região Centro-Sul da capital. Pelo interfone, uma mulher que se identificou como sendo a mãe da médica disse que os parentes não estão à vontade para falar sobre o caso. Não é um bom momento para isso. Não temos nada a declarar. A mulher não confirmou se a médica está no apartamento. Segundo o advogado Raphael Pires, desde que deixou o presídio, na madrugada de domingo, Gabriela estaria na casa de parentes, na capital.
De acordo com vizinhos da família, os pais da médica estariam deixando o lugar e já teriam anunciado a venda do apartamento. Ontem, uma faixa no prédio indicava que um imóvel no edifício teria mesmo sido colocado à venda, mas não foi possível confirmar se é a propriedade da família.
Gabriela estava presa desde o dia 16 de abril. Os advogados chegaram a entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas, no final de maio, mas a solicitação foi negada. (Jornal da Manhã)

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