quinta-feira, 5 de junho de 2014

Erro médico deixa criança tetraplégica

Ravy Silva, oito anos, não anda, não fala, alimenta-se com por sonda na barriga e tem os membros do corpo atrofiados. Ele, que era um garoto que sonhava em ser jogador de futebol, foi vítima da negligência médica.
O garoto foi para o hospital para realizar uma cirurgia de fimose e hérnia umbilical, em 2006, mas, problemas na anestesia provocaram, uma parada cardíaca. Como conseqüência da falta de oxigenação no cérebro, ele ficou tetraplégico.
Apesar da Justiça ter determinado que a prefeitura de Duque de Caxias, RJ, se responsabilizasse pelo fornecimento do tratamento especializado e os meios necessários para a sua assistência, o pai de Ravy é quem providencia tudo.
Dos dez remédios que a criança deveria tomar, apenas três são entregues de maneira irregular. A prefeitura também não realiza o transporte para o hospital, deixando o garoto a mercê da boa vontade de "caronas". A cadeira de rodas que foi providenciada pela prefeitura é para adultos e completamente inadequada para Ravy, que precisa de um modelo especial, com suportes para os pés e braços.
"Mutilaram uma criança. Destruíram minha família", disse Assis, pai de Ravy. "O juiz manda e não dá em nada? Será que é porque o menino não é rico? Ele tem direito a tratamento; não está fazendo tratamento." (Folha, 21/06/08).
A negligência e falta de estrutura dos hospitais são reflexo de uma política intensiva do governo de ataque à saúde. O Governo Lula promoveu um dos maiores cortes de verbas da saúde pública, suprimindo um bilhão de reais para serem destinados ao pagamento da dívida externa.

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