sexta-feira, 30 de junho de 2017

Médico de Florianópolis é condenado a 62 anos de prisão por estuprar pacientes



Justiça

Médico de Florianópolis é condenado a 62 anos de prisão por estuprar pacientes 

Omar César Ferreira de Castro está preso desde fevereiro de 2016 após investigação da Polícia Civil


A Justiça condenou nesta quinta-feira o médico Omar César Ferreira de Castro a 62 anos, sete meses e seis dias de reclusão pela prática de sete estupros de pacientes, em Florianópolis. A sentença é da juíza da 3ª Vara Criminal da Capítal, Denise Helena Schild de Oliveira, tem 135 páginas e determina o regime fechado para o cumprimento da pena. A defesa dele ainda poderá recorrer no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Omar também foi condenado por dois estupros tentados, um estupro de vulnerável e por sete contravenções penais por molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade por acinte ou por motivo reprovável.
O médico está preso desde fevereiro de 2016 após investigação da Polícia Civil em razão das denúncias e acusações de crimes sexuais. O nutrólogo atuava em um consultório no Centro da Capital. 
Na época, o delegado do caso, Ricardo Thomé, disse que os relatos das vítimas apontavam que o médico tinha condutas de constrangimento e uso da força contra elas. Por exemplo, mãos nas costas, massagem, carícia, toques sexuais e beijos forçados para, conforme a investigação policial, satisfazer os desejos sexuais dele. Omar sempre negou todas as acusações.
De acordo com o advogado Francisco Ferreira, que atuou na acusação do médico representando seis vítimas, a sentença está dentro do parâmetro e "serve para inibir essa prática por pessoas que fazem uso da profissão para se valer dela e praticar atos desumanos, como um médico que tem a missão de salvar vidas e pratica a violência sexual contra os pacientes".
Procurado pela reportagem, o advogado de defesa de Omar, Alceu de Oliveira Pinto Jr., disse que não conseguiu "acessar a sentença ainda e não poderei falar hoje (quinta-feira) sobre o assunto".
*colaborou Felipe Lenhart
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