quinta-feira, 19 de novembro de 2015

"Foi uma fatalidade", diz médico que operou mulher morta durante lipo

Do R7, com Domingo Espetacular
16/12/2012 às 23h00 (Atualizado em 17/12/2012 às 11h26)
“Uma fatalidade”. Foi dessa forma que o cirurgião plástico Wagner Fiorante explicou, na delegacia, amorte da motorista Maria Irlene Soares da Silva, de 43 anos, durante lipoaspiração e colocação de implantes de silicone. O caso aconteceu na quinta-feira (13), na clínica do médico, localizada na Vila Nova Conceição, zona sul de São Paulo.
Maria Irlene teria sofrido uma parada cardíaca, quarenta minutos depois do início da cirurgia. Segundo o médico, tudo foi feito para salvá-la.
De acordo com familiares da motorista, ela sofria de hipertensão e, por essa razão, outros cirurgiões haviam se recusado a operá-la. Na delegacia, Fiorante disse que não sabia do problema de Maria Irlene, mas destacou que isto não teve influência na morte da paciente, porque ela tomava medicamentos e a pressão estava dentro da normalidade.
declaração de óbito apontou que a causa da morte da motorista foi “hemorragia interna aguda no abdômen”, relacionada a um instrumento cirúrgico. Em tese, uma perfuração poderia ter causado a parada cardíaca.
Wagner Fiorante tem pós-graduação em cirurgia-geral pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde também fez residência em cirurgia estética e reparadora. É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e, há trinta anos, exerce a profissão.
A clínica dele fica em um dos bairros mais ricos de São Paulo. É equipada com UTI e credenciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Em abril deste ano, outra paciente morreu na clínica, durante cirurgia plástica na barriga e nos seios. Segundo laudo do IML, a paciente Rozilene Maria Sebastião dos Santos, uma diarista de 37 anos, morreu devido à hemorragia interna aguda em consequência de lesões de vasos abdominais durante o procedimento cirúrgico.
Para a polícia, ficou comprovado, neste caso, que houve erro médico por imperícia. O cirurgião pode ser denunciado à Justiça por homicídio culposo, pode ter a licença suspensa ou cassada. Fiorante, que negou a possibilidade de erro médico, quer provar que as informações do laudo estão erradas.
Alice, filha de Rozilene, disse que, na época, não quis divulgar o caso. Ela afirmou que a mãe tinha arritmia cardíaca e pressão alta e não se surpreendeu quando soube de mais um caso de morte envolvendo o mesmo médico.
Confira a reportagem na íntegra:

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