terça-feira, 3 de novembro de 2015

Mulher diz que quase morreu durante procedimento cirúrgico em clínica clandestina no Rio De Janeiro

“Quase morri”, diz mulher que fez lipo em 
clínica clandestina no Rio 

Do R7
11/6/2015 às 00h15
Ramissa Rayane chegou a engordar 100 kg devido aos medicamentosRede Record
Ramissa Rayane, de 23 anos, é uma das vítimas da clínica clandestina de estética que foi fechada pela polícia em Campo Grande, zona oeste do Rio, na última terça-feira (9). A assistente financeira está internada num hospital, há mais de um mês, em razão de complicações após ter realizado um procedimento no estabelecimento.
Ramissa pagou R$ 4.000 para fazer uma hidrolipo. O procedimento promete ser uma técnica de lipoaspiração mais simples e rápida. Mas, em menos de 24 horas, a jovem já apresentou complicações.
A assistente financeira passou por três hospitais e teve infecção hospitalar. Ramissa também engordou mais de 100kg por conta dos medicamentos.
— Eu vi a morte de frente. Quase morri. Estou com o psicológico abalado e longe das pessoas que amo. Além disso, não tem expectativa para o futuro.
A jovem acredita que foi enganada na clínica clandestina. Além disso, ela contou que foi para a mesa de cirurgia sem passar por exames.
— Acho que eu fui sedada, acho que não foi hidrolipo. Não passei por exames, nem de sangue.
Clínica fechada
No último dia 9, a clínica foi fechada pela polícia. No momento da abordagem, três clientes realizavam procedimentos cirúrgicos no local. As mulheres estavam sob efeito de medicamentos e foram levadas pelo Corpo de Bombeiros para hospitais da região.
O médico cirurgião Willian Toussaint Bonhôte, de 80 anos, e a dona da clínica, Cássia Santos Lima, de 47, foram presos em flagrante. 
O titular da delegacia de Campo Grande (35ª DP), Hilton Alonso, disse que a dupla pode pegar uma pena de até 15 anos de prisão.
— O médico e a dona da clínica, a Cássia, foram autuados em flagrante pelo artigo 273, parágrafo primeiro, b, que é um crime previsto no código penal, um crime hediondo, com pena de reclusão de 10 a 15 anos devido a gravidade dos acontecimentos que estavam ocorrendo naquele local.
Antes da prisão, produtores da Rede Record flagraram, com uma câmera escondida, a proprietária do estabelecimento oferecendo serviços e informando preços para os clientes. 
A clínica apresentava boa aparência e tinha aparelhos novos. Porém, o local não tinha um CTI (Centro de Tratamento Instensivo) para casos de emergência. Além disso, a clínica funcionava de forma improvisada.
A Agente da Vigilância Sanitária, Danielle Branco Perpétuo, disse que o local oferecia risco aos clientes.
— Na verdade, essa clínica é uma clínica clandestina, não tem licenciamento sanitário, e nós encontramos procedimentos sendo feitos em local insalubre, sem preparo, que pode levar pacientes a óbito.

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