quinta-feira, 9 de julho de 2015

Família De Mulher Que Morreu Após Cirurgia

estética pede apuração do caso

07 / 07 / 2015 | 12h13
CAROLINA IGLESIAS

Mulher teve infecção generalizada após fazer lipo, peeling e colocar silicone

Daniela tinha 36 anos 
Inconsolados com a perda da gerente administrativa, Daniela de Sá Avighi, de 36 anos, que morreu após passar por três procedimentos cirúrgicos em uma clínica de estética em Praia Grande, familiares  pedem a apuração do caso. A causa da morte, registrada no último dia 2, foi uma infecção generalizada. Nove dias antes da internação da paciente, ela havia realizado lipoaspiração, implante de silicone nos seios e um peeling para remoção de estrias na região dos glúteos e coxas. 

Irmão da vítima, o assistente jurídico Cláudio Avighi, 37 anos, conta que Daniela já havia feito um procedimento cirúrgico com o mesmo especialista há 15 anos. “Ela o conhecia porque havia feito uma lipoaspiração com ele no passado. E agora seria a primeira vez que faria o implante da prótese mamária”, comenta o irmão, que lembra que a raspagem realizada para a remoção das estrias teria sido definida há pouco tempo. 
”Ela já vinha pagando por dois dos procedimentos, mas resolveu fazer essa raspagem (peeling) de última hora. E foram essas raspagens que os médicos da UTI classificaram como uma queimadura de 2º grau. Foi um procedimento bastante evasivo”, explica. 
Os três procedimentos cirúrgicos ocorreram no último dia 23. A gerente administrativa deixou a clínica de estética no mesmo dia e, desde sua alta, segundo o irmão, queixava-se de fortes dores, principalmente na região onde havia sido realizado o peeling. 
”Ela se queixava de uma forte ardência na região desse procedimento e que não conseguia nem dormir por conta do incômodo. Como as dores eram frequentes, ela chegou a comunicar uma assistente do médico. Pediu para ser internada porque não aguentava de tanta dor”. 

UTI 
Depois disso, Daniela foi orientada a tomar uma medicação, mas como as dores não passaram foi levada pela família a um pronto socorro de Praia Grande, no último dia 27. De lá foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Santos, onde permaneceu internada até o dia do óbito. 
”No primeiro dia, ainda estava lúcida, conversando com a gente. Mas no dia seguinte ela precisou ser sedada. Estava com a respiração fraca e suas conversas eram desencontradas. Chegou a fazer uma transfusão de sangue e de lá pra cá, permaneceu desacordada até o dia da sua morte”. 
O corpo de Daniela foi velado e sepultado no último dia. Moradora de Praia Grande, ela deixou uma filha de 15 anos. “Os meus pais estão inconsolados com tudo o que aconteceu. Eles estão arrasados e querem a apuração dos fatos”. 
Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado no 1º DP de Praia Grande. “Se houve erro médico, queremos que os envolvidos sejam responsabilizados”.  

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