domingo, 30 de dezembro de 2018

Quatro pessoas são presas em SP acusadas de contratar falsos médicos

Edição do dia 06/08/2015
06/08/2015 05h38 - Atualizado em 06/08/2015 05h50

A polícia e o Ministério Público estão atuando juntos no caso.

Empresa responsável sabia que médicos não podiam atuar no Brasil.

Mariana BassoMairinque, SP
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Quatro pessoas foram presas acusadas de participar de um esquema que contratava médicos sem registro para trabalhar no interior de São Paulo. A polícia e o Ministério Público descobriram que a empresa responsável pela seleção dos profissionais sabia que eles não tinham autorização para atuar no Brasil e até agora, sete pessoas foram presas.
Doe pessoas já foram denunciadas. Em Caratinga, no interior de Minas Gerais, Bertino Rumarco da Costa foi preso. Segundo a polícia, ele era um dos responsáveis por trazer médicos formados na Bolívia para trabalhar irregularmente no interior de São Paulo.
Outro homem que faria parte do esquema conseguiu fugir. A Operação Placebo também prendeu três funcionários da empresa Innova, que contratava os supostos médicos para trabalhar em unidades de saúde de Mairinque, Alumínio e São Roque.
Davi Ben Gonçalves era responsável pela área financeira e pelos pagamentos. Outras 2 mulheres presas, Sandra Regina e Laura Vitória de Miranda, cuidavam das escalas dos supostos médicos.
A força tarefa também foi atrás de dois donos da empresa que são médicos. Um deles, Pedro Guazelli, não estava em casa, em um condomínio de alto padrão em São Roque. No local foram apreendidos vários documentos. O médico também não foi encontrado na Santa Casa onde, segundos os funcionários, é diretor clínico. Enfermeiras disseram também que o médico chegou a desmarcar cirurgias que estavam agendadas.
O outro dono da Innova, Tarquínio Lúcio Alves de Lima, também não foi encontrado. Ele é diretor técnico da Santa Casa.
Por telefone, o promotor Joaquim Portela Dias conversou com o advogado da Innova, que informou que vai pedir a revogação da prisão preventiva dos dois.
Para a polícia e o Ministério Público, eles sabiam que estavam contratando pessoas que não tinham autorização para exercer a medicina no Brasil.
As investigações começaram no mês passado quando a polícia recebeu a informação de que uma falsa médica dava plantão em um pronto-atendimento de Alumínio. A suspeita identificada como Vilka continua foragida.
Outros três falsos médicos estão presos: Jayme, Paulo e Natani. O Ministério Público não descarta a possibilidade de que mais falsos profissionais tenham atuado na região e em outras cidades paulistas. Juntos, eles assinaram mais de 70 atestados de óbito.
Segundo a polícia, mais um mandado de prisão foi cumprido em São Paulo, do médico Bóris Orellana, que também é suspeito de envolvimento no esquema. Ele não foi encontrado e é considerado foragido. O advogado do médico informa que o cliente deve se apresentar em breve à polícia, mas que trabalha como plantonista da Innova e não exerce cargo administrativo.
O advogado das duas funcionárias presas informou que vai entrar com pedido de liberdade provisória. O advogado de Davi Ben Gonçalves não foi localizado.
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