sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Gabriela Ferreira da Costa era acusada de ser um dos membros do Bando da Degola e foi sentenciada por cinco crimes

or Editoria de web , 31/03/2015 às 23:01 
atualizado em: 07/08/2016 às 00:17
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A médica Gabriela Ferreira da Costa, de 31 anos, foi condenada, no início da noite desta terça-feira, a 46 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Gabriela era acusada de ser um dos membros do Bando da Degola e foi sentenciada pelos crimes de formação de quadrilha, extorsão, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado (praticado com o fim de facilitar a execução de outro crime utilizando meio cruel e dificultando a defesa da vítima) e destruição e ocultação de cadáver. Apesar da condenação, ela poderá recorrer em liberdade.
No interrogatório, que durou dez horas, Gabriela afirmou que sua participação no crime foi somente realizar saques nas contas das vítimas, mas ressaltou ter sido obrigada a fazer isso, pois era amedrontada.
Segundo Gabriela, um mês antes dos crimes o chefe da quadrilha, Frederico Flores, ameaçava ferir seus parentes e amigos. Ela contou que era vigiada e seguida o tempo todo por integrantes do bando.
Por outro lado, o promotor Francisco de Assis Santiago disse que Gabriela mente para não sofrer sanções. Para ele, a motivação da médica foi o “dinheiro sujo do crime” e a ré tinha conhecimento de todo o esquema. Santiago não acredita que ela tenha sido coagida por Flores.
A defesa da ré, declarou que só há evidências de que a médica movimentou as contas das vítimas, mas não há provas da participação dela nos outros crimes cometidos pelo grupo.
O júri foi presidido pelo juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes e o conselho de sentença foi composto por seis mulheres e um homem.
O crime
Em abril de 2010, a quadrilha assassinou os empresários Rayder Santos Rodrigues, de 39 anos, e Fabiano Ferreira Moura, de 36, em um apartamento do Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
As vítimas foram sequestradas e extorquidas antes de serem executadas. Depois, tiveram as cabeças arrancadas e os dedos cortados e jogados em local não identificado. Os corpos foram queimados na MG-030, em Nova Lima.
As investigações apontaram para oito os membros da quadrilha. Destes, Frederico Flores, foi condenado a 39 anos de prisão; Renato Mozer a 59; Arlindo Soares a 44; Adrian Gabriel Gricorcea a 30; e Sidney Eduardo Bejamin a 3 anos, sendo este, em regime aberto.
Ainda aguardam julgamento em liberdade Luiz Astolfo e André Bartolomeu

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