segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

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Médico acusado de mutilar mulheres no AM tem registro cassado pelo CFM

De acordo com o site do Tribunal de Justiça do Amazonas, Mansilla responde a 23 processos, por erro médico e lesão corporal; com a cassação, ele fica impedido de exercer a profissão em todo o território brasileiro
segunda-feira 30 de janeiro de 2017 - 1:46 PM
Carla Albuquerque - DEZ Minutos / portal@d24am.com
Médico saiu com o rosto coberto quando se apresentou à delegacia.Foto: Reinaldo Okita / Arquivo
Manaus - O médico Carlos Jorge Cury Mansilla teve o registro cassado, por unanimidade, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), seguindo o que já havia sido decidido pelo Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM/Am). Com a cassação, ele fica impedido de exercer a profissão em todo o território brasileiro. De acordo com o site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Mansilla responde a 23 processos, por erro médico e lesão corporal. O médico, que atuava como cirurgião, sem registro, também é investigado em Rondônia.
A decisão, que culminou com a cassação de Mansilla foi proferida, na última sexta-feira (27), durante sessão do CFM, em Brasília. A assessoria do Conselho Nacional informou que o órgão só se manifestará a respeito da decisão, depois que a ordem foi publicada do Diário Oficial da União (DOU).
O presidente do CRM do Amazonas, José Bernardes Sobrinho, que está em viagem, informou que já soube da decisão, mas que ainda não teve acesso às informações. No entanto, disse que a cassação do CFM seguiu o que já havia sido decidido pelo Conselho do Amazonas em processos julgados pela casa em 2015 e 2016.
“Ele já havia sido cassado em Manaus e entrou com recurso em Brasília. Me informaram, extraoficialmente, que mantiveram a nossa sentença”, destacou o presidente Sobrinho.
O presidente do CRM do Amazonas, em exercício, Antônio Medeiros, explicou que tramitam no Conselho 20 processos contra Mansilla. Deste total, dois já foram julgados e culminaram com a cassação do registro do médico e outro ainda está em andamento. “Mesmo com a cassação pelo CFM, os demais processos continuam tramitando por aqui” afirmou.
Para a corretora de imóveis, Doris Areal, 55, uma das vítimas do médico, a notícia da cassação foi um alívio. Segundo ela, agora é aguardar para que ele também seja condenado nas esferas criminal e cível. “Não foi só perdas materiais que tivemos, foram também psicológicas, mas nos sentimos mais aliviadas em saber que ele não vai mais poder exercer a profissão”, disse.
Processos criminais
Constam no site do Tribunal de Justiça do Amazonas que Mansilla responde a 20 processos por erros médicos e lesões ocorporais. Em novembro do ano passado nove vítimas do cirurgião-geral Carlos Jorge Cury Mansilla, acusado de mutilar e lesionar, pelo menos, 20 mulheres em cirurgias plásticas em Manaus, foram ouvidas na 11ª Vara Criminal do Fórum Henoch Reis, TJAM.
Em Manaus, as pacientes de Cury o procuraram para realizar cirurgias estéticas e sofreram sequelas físicas e mentais após se submeterem aos procedimentos cirúrgicos, informou o TJAM.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Amazonas, o processo continua na fase das audiências de instrução. As novas audiências estão marcadas para os dias 10, 11 e 12 de abril, quando deverão ser ouvidas uma vítima e oito testemunhas, com três audiências cada dia.
Quanto ao réu, segundo o TJAM, a defesa solicitou que o mesmo seja ouvido por carta precatória, pelo Juízo de Guajará Mirim (RO). A juíza titular da 11ª Vara Criminal de Manaus, responsável pelo processo, está analisando o pedido.
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