sexta-feira, 15 de março de 2013

Secretaria investiga morte de mulher

13/03/2013 19h20 - Atualizado em 14/03/2013 17h33

Por suposto erro médico no DF..

Duas compressas podem ter sido esquecidas após cirurgia, diz marido.
Paciente morreu após ser atendida com dores no hospital de Ceilândia.

Do G1 DF
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta quarta-feira (13) que abriu sindicância para apurar as circunstâncias da morte da paciente Michelly da Silva Pereira, de 18 anos, no Hospital Regional de Ceilândia, na última segunda-feira (11). A investigação foi aberta após a família alegar erro médico. Há a suspeita de que compressas tenham sido esquecidas dentro do corpo da jovem durante cirurgia.

Segundo o marido da jovem, Matheus da Silva Pereira, um médico do HRC, cujo nome ele não soube informar, teria relatado a ele que duas compressas foram estavam no abdômen de Michelly. O corpo da jovem deve ser enterrado na tarde de quinta-feira (14), em Goiânia.

De acordo com nota divulgada pela Secretaria, a paciente foi atendida no serviço de obstetrícia do Hospital Regional da Asa Norte (HRan), no dia 1º de março, para a realização de uma cesariana. Após dar à luz, ela teve alta no dia 4.
Segundo a nota, três dias depois, a paciente deu entrada no setor de ginecologia e obstetrícia do Hospital Regional de Ceilândia, apresentando um quadro de dor lombar intensa. Mesmo medicada, houve piora gradual do quadro clínico da paciente, e, após vários exames, os médicos optaram por  uma intervenção cirúrgica.
Araújo contou ao G1 que a mulher começou a passar mal dois dias depois de chegar em casa, após o parto. O marido disse que eles foram até o HRC, onde ela foi medicada com antibióticos para infecção urinária. 
Sem apresentar melhoras, no dia 7 eles voltaram ao hospital. "Um outro médico do setor de ginecologia disse que ela precisava ficar internada. Mas ela foi para o Pronto Socorro, onde ficou em uma maca. Ficou assim até o dia 11, quando me disseram que ela ia ser operada".
Segundo a Secretaria, a paciente teve uma parada cardiorrespiratória durante a cirurgia e que as tentativas para reanimá-la não tiveram sucesso. De acordo com a secretaria, se for comprovado algum procedimento inadequado, "os responsáveis serão devidamente punidos".
A advogada Ana Pereira Silva, tia de Matheus, registrou ocorrência na 15ª delegacia, em Ceilândia, Ela informou ao G1 que deverá entrar nesta quinta-feira (14) com uma ação de investigação no Ministério Público. A advogada disse que também vai tentar um pedido de pensão alimentícia para o bebê. "A diretora do HRC me disse que o caso será apurado, mas o acesso aos exames e prontuário só [seriam liberados] mediante uma ação judicial", disse.
O delegado Mauro Leite disse já foram encaminhados ofícios para que quatro médicos do Hospital de Ceilândia prestem esclarecimento sobre o que ocorreu durante a cirurgia de Michelly na segunda-feira. Ele informou que também estão sendo recolhidas informações e documentos sobre a internação e os procedimentos tomados pelo hospital.
Cópias já foram encaminhadas para a Promotoria de Saúde e a Secretaria de Saúde do DF. O delegado disse que a família entregou na delegacia um documento, sem timbre do hospital, que seria uma descrição do atendimento realizado durante a permanência da paciente no HRC. Segundo o delegado, no papel existe um relato sobre a existência de compressas dentro da jovem, durante a cirurgia.

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