sábado, 16 de março de 2013

Justiça aceita denúncia contra acusados

De causar mortes em UTI..


DE CURITIBA
Atualizado às 22h26.
A Justiça do Paraná aceitou nesta sexta-feira a denúncia (acusação formal) contra oito pessoas acusadas de provocar a morte de pacientes internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Evangélico de Curitiba.
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Entre os acusados, há quatro médicos, três enfermeiros e uma fisioterapeuta. Eles devem responder pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha. Todos negam as acusações.
O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri também decretou segredo de Justiça sobre o caso.
Quatro pessoas que estavam presas provisoriamente foram soltas após o juiz conceder liberdade. São elas: a enfermeira Laís da Rosa Groff e os médicos Maria Israela Cortez Boccato, Anderson de Freitas e Edison da Silva Júnior. Eles estavam detidos havia quase três semanas e também estão incluídos na denúncia.
A médica Virgínia Helena Soares de Souza, ex-chefe da UTI e acusada de ser a mandante das mortes, a fim de liberar leitos, continua presa preventivamente.
Os outros três profissionais (dois enfermeiros e uma fisioterapeuta) acusados dos crimes respondem em liberdade.

Henry Milleo - 19.fev.13/Gazeta do Povo/Folhapress
A médica Virginia Helena Soares de Souza, medica chefe da UTI do hospital Evangélico, foi presa pela Polícia Civil
A médica Virginia Helena Soares de Souza, medica chefe da UTI do hospital Evangélico, foi presa pela Polícia Civil
DENÚNCIA
De acordo com o Ministério Público, os profissionais agiam sob o comando da ex-chefe da UTI. A denúncia, que diz respeito a sete mortes, afirma que ela ordenava a aplicação de bloqueadores neuromusculares ou anestésicos, e então diminuía a quantidade de oxigênio nos respiradores ligados às vítimas, provocando a morte por asfixia.
Todos esses passos, segundo o Ministério Público, estão registrados nos prontuários. "Não havia indicação terapêutica justificada para que os pacientes recebessem esses medicamentos", afirma a promotora Fernanda Garcez.
A defesa de Souza sustenta que o fluxo de dispensação de medicamentos "segue normas rígidas" e que seria impossível que a médica desse ordens verbais sobre eles.
Para o advogado Elias Mattar Assad, que defende a ex-chefe da UTI, os prontuários vão provar que sua cliente e a equipe agiram conforme o que recomenda a literatura médica.
A polícia ainda investiga outros óbitos ocorridos na UTI. 


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