sábado, 26 de setembro de 2020

Médico condenado por pedofilia a 114 anos de prisão pede absolvição

 Eugenio Chipkevitch foi preso em 2004

Márcio Neves, do R7

Eugênio Chipkevitch foi julgado por abusar sexualmente de pacientes com idades entre oito e 13 anos e gravar com uma câmera o ato sexual com elas

O médico pediatra Eugênio Chipkevitch, condenado a 114 anos de prisão em um dos maiores escandâlos de pedofilia do Brasil, pediu revisão do caso ao Tribunal de Justiça de São Paulo.

Chipkevitch foi julgado em 2004 por abusar sexualmente de pacientes com idades entre oito e 13 anos. Ele dopava as crianças e gravava com uma câmera o ato sexual com elas. As imagens foram fundamentais para que a polícia o indiciasse por pedofilia.

Segundo documento obtido com exclusividade pelo R7, os advogados de Chipkevitch pedem sua absolvição por cerceamento da defesa, alegando que não puderam ter acesso às fitas de vídeo apresentadas como provas. A Procuradoria Geral de Justiça manifestou parecer contrário ao pedido dos advogados.

O médico já havia tentado obter um habeas corpus, instrumento jurídico que permitira responder aos crimes em liberdade, no STF (Supremo Tribunal Federal) em 2013.  Os advogados usaram os mesmos argumentos (cerceamento da defesa) ao dizer que não tiveram acesso às fitas de vídeo que serviram como prova no processo. Na época a relatora do caso foi a ministra Carmén Lúcia, que negou o pedido e foi seguida por unanimidade pela Segunda Turma do STF.

R7 tentou contato com por telefone com os advogados de Eugênio Chipkevitch por diversas vezes entre 19h00 e 20h30 desta terça-feira(6), mas não obteve retorno.

Chipkevitch está preso na Penitenciária de Sorocaba, no interior de São Paulo. 

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