quarta-feira, 11 de maio de 2016


Acusado de 56 estupros, Roger Abdelmassih é preso no Paraguai

19 de agosto de 2014 às 18h39
  
Roger Abdelmassih 3
roger abdelmassih 2
Fotos: Divulgação/Secretaria Nacional de Antidrogas do Paraguai e Divulgação/Polícia Federal
Ex-médico Roger Abdelmassih é preso no Paraguai, diz PF
Prisão foi efetuada em Assunção pelo governo paraguaio com apoio da PF. Condenado a 278 anos de prisão, Abdelmassih era procurado desde 2011.
O ex-médico Roger Abdelmassih, de 70 anos, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai, de acordo com a Polícia Federal (PF). Ele foi preso por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio com apoio da Polícia Federal brasileira.
Segundo a PF, após o procedimento de deportação sumária, Abdelmassih dará entrada no Brasil por Foz do Iguaçu (PR), cidade na fronteira com o Paraguai, e depois será transferido para São Paulo.
O ex-médico era considerado um dos principais especialista em reprodução humana no Brasil. Após sua condenação e fuga, passou a ser um dos criminosos mais procurados pela Polícia Civil do estado de São Paulo. A recompensa por informações sobre seu paradeiro era de R$ 10 mil.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que a prisão do ex-médico ”somente foi possível por informações obtidas em investigações do Ministério Público do Estado (MPE) que contaram com a colaboração da Polícia Civil do Estado de São Paulo”.
“As apurações incluíram o cumprimento de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça numa fazenda de propriedade do médico em Avaré, em maio. Dos trabalhos, participaram promotores e policiais civis”, acrescenta o comunicado.
Denúncias e condenação
Roger Abdelmassih foi acusado por 35 pacientes que disseram ter sido atacadas dentro da clínica que ele mantinha na Avenida Brasil, na região dos Jardins, área nobre da cidade de São Paulo. Ao todo, as vítimas acusaram o médico de ter cometido 56 estupros.
As denúncias contra o médico começaram em 2008. Abdelmassih foi indiciado em junho de 2009 por estupro e atentado violento ao pudor. Ele chegou a ficar preso de 17 de agosto a 24 de dezembro de 2009, mas recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de responder o processo em liberdade.
Em 23 de novembro de 2010, a Justiça o condenou a 278 anos de reclusão. Abdelmassih não foi preso logo após ter sido condenado porque um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dava a ele o direito de responder em liberdade.
O habeas corpus foi revogado pela Justiça em janeiro de 2011, quando ex-médico tentou renovar seu passaporte, o que sugeria a possibilidade de que ele tentaria sair do Brasil. Como a prisão foi decretada e ele deixou de se apresentar, passou a ser procurado pela polícia.
Em maio de 2011, Abdelmassih teve o registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
Médico alegava inocência
O ex-médico sempre alegou inocência. Chegou a dizer que só ‘beijava’ o rosto das pacientes e vinha sendo atacado por um “movimento de ressentimentos vingativos”. Mas, em geral, as mulheres o acusaram de tentar beijá-las na boca ou acariciá-las quando estavam sozinhas – sem o marido ou a enfermeira presente.
Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação. De acordo com a acusação, parte dos 8 mil bebês concebidos na clínica de fertilização também não seriam filhos biológicos de quem fez o tratamento.
 Leia também:

Investigação VIOMUNDO

Estamos investigando a hipocrisia de deputados e senadores que dizem uma coisa ao condenar Dilma Rousseff ao impeachment mas fazem outra fora do Parlamento. Hipocrisia, sim, mas também maracutaias que deveriam fazer corar as esposas e filhos aos quais dedicaram seus votos. Muitos destes parlamentares obscuros controlam a mídia local ou regional contra qualquer tipo de investigação e estão fora do radar de jornalistas investigativos que trabalham nos grandes meios. Precisamos de sua ajuda para financiar esta investigação permanente e para manter um banco de dados digital que os eleitores poderão consultar já em 2016. Estamos recebendo dezenas de sugestões, links e documentos pelogaleriahipocritas@gmail.com
R$19.661,00
% arrecadado
arrecadados da meta de 
R$20.000,00
82 dias restantes
QUERO CONTRIBUIR
Nelson Barbosa com Dilma
04 - MAI 3

Ministério da Fazenda responde a J. Carlos de Assis: Desrespeitoso e equivocado, as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie. Leia o nosso termo de uso.

Gerson Carneiro

20/08/2014 - 09h20
Já já Gil Mendes solta outra vez.

lulipe

19/08/2014 - 23h56
Retrato do país onde a impunidade é a regra, basta ver onde estão boa parte dos mensaleiros corruptos…..

Marat

19/08/2014 - 22h04
Ah, se ele tivesse roubado um pote de margarina, e se fosse preto, já estaria atrás das grades, há tempos!

Marat

19/08/2014 - 22h03
É preciso que se fundamentem muito bem as acusações, para que nenhum advogado inteligente, e algum ministro do STF mais inteligente ainda, o solte rapidamente, afinal de contas, aquilo que move o capitalismo, o prezado Dr. tem de sobra…

Urbano

19/08/2014 - 21h19
Nem se preocupe abdel, nem se preocupe… A staf está desfalcada do besouro plasmado na pelota, mas o contingente é bem suprido e, o que é mais importante, o seu cirurgião predileto ainda se encontra por lá e, portanto, ao seu inteiro dispor. Agora só para te alertar: recentemente uma receita médica custou cinquenta e seis mil pilas… Imagines então operação, como é o teu caso…

Marat

19/08/2014 - 21h07
Mas, e os HCs do STF, como ficam?

Julio Silveira

19/08/2014 - 19h46
Esse m. Jájá ta na rua por causa da idade. Nosso país gosta de fingir que tem justiça.


Nenhum comentário:

Postar um comentário