segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Médica é afastada de hospital de Manaus após destratar acompanhante de paciente

A profissional aparece em um vídeo conversando ao telefone sobre assuntos pessoais, usando palavras de baixo calão e depois discutindo
07/12/2016 às 12:28 - Atualizado em 07/12/2016 às 14:33
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A médica, segundo a Susam, pertence aos quadros de uma empresa contratada para fazer atendimento, em regime de plantão, no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Galileia (Foto: Reprodução)Vinicius Leal
Manaus (AM)
A médica Olivia Neves, que aparece em um vídeo divulgado no Facebook destratando uma acompanhante de paciente em um hospital de Manaus, foi afastada do cargo, conforme informou a Secretaria de Estado de Saúde (Susam). Nas filmagens, a profissional aparece conversando ao telefone sobre assuntos pessoais, usando palavras de baixo calão e depois discutindo com a acompanhante da paciente. Veja o vídeo abaixo.
A médica, segundo a Susam, pertence aos quadros de uma empresa contratada para fazer atendimento, em regime de plantão, no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Enfermeira Eliameme Rodrigues Mady, conhecido como SPA do Galileia, e localizado na av. Sumaúma, no conjunto Galileia, bairro Monte das Oliveiras, na Zona Norte da capital. “A direção (do hospital) solicitou, de imediato, o afastamento da profissional”, informou a Susam, por meio de nota.
Ainda conforme a Susam, uma sindicância foi aberta para apurar o ocorrido. “A direção (do SPA do Galileia) informa ainda que será aberta uma sindicância para apurar o ocorrido e após a conclusão do processo serão tomadas as medidas administrativas cabíveis”, consta na nota da secretaria.
A reportagem entrou em contato com a médica Olivia Neves pelo telefone (92) 98102-XXXX, para questioná-la sobre o ocorrido e tentar ouvir a versão da profissional, porém não obteve sucesso. Em poucas palavras, a médica apenas disse que o advogado dela estaria responsável pelo caso. “Agora não posso falar. Meu advogado vai resolver isso”, disse Olivia Neves, ao telefone.
Sendo ameaçada
O vídeo da médica destratando a acompanhante foi divulgado ontem, terça-feira (7), no Facebook, por Andreia Duarte de Oliveira, que se identificou como a acompanhante da paciente. “Se sentindo furiosa”, Andreia criticou a atitude da médica. Em contato com a reportagem do Portal A Crítica, Andreia disse que estava sendo ameaçada. “Estou sendo ameaçada. Se não for assim, ninguém resolve nada”.
“Gente, essa é a situação da saúde pública em Manaus. Procuramos ser atendidos, mas a falta de profissionais não qualificados gera isso. Médicos nem olham para os pacientes. Depois que passam medicação errada para uma pessoa diabética, eles querem ter razão. É assim o atendimento: falando ao telefone sobre problemas pessoais. Falta de respeito. Sinceramente, desse jeito não sei onde a saúde pública irá chegar”, falou Andreia na postagem do vídeo no Facebook.
Repercussão
Após ser publicado, o vídeo da médica viralizou e ganhou grande repercussão nas redes sociais. Até a tarde de hoje, a postagem havia ganhado 9,2 mil curtidas, 18,3 mil compartilhamentos e mais de 1,4 mil comentários. “É pura incompetência dessa (médica) que se diz ‘profissional’. Deveria ser médica particular da família dela, somente. Queria ver ela fazer isso”, escreveu uma internauta, Vanessa Nascimento.
Conselho Regional
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) informou à reportagem que a partir de hoje vai abrir uma sindicância “ex officio” para apurar os fatos e tomar as medidas necessárias a respeito do caso. Se confirmada alguma infração de conduta cometida pela médica, a sindicância vai gerar um processo, onde as partes serão ouvidas, com amplo direito de defesa até o julgamento.
Caso a médica seja condenada, ela poderá sofrer penalidades como uma advertência ou até uma suspensão ou cassação do título de médica. “Já temos o nome da médica. Pedi para abrir uma sindicância para apurar o que realmente aconteceu, e se houver alguma falha de conduta, aí a sindicância vai gerar um processo, que demora porque tem a instrução, a relatoria, a revisão e o julgamento”, disse o presidente do CRM, José Bernardes Sobrinho. “É o plenário do Conselho que julga”, explicou.
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