quinta-feira, 12 de julho de 2018

Caos na saúde não é exclusividade da Capital e menina do interior morre por falta de soro contra veneno de escorpião

Desde que assumiu a Prefeitura de Campo Grande, Marquito Trad perdeu a mão na área da saúde pública e o caos se instalou de vez. Nas últimas semanas, a crise é tanta que as mídias sociais estão sendo usadas pela população e até por médicos para denunciar o descaso do prefeito com a área.
No entanto, esse caos não é exclusividade da Capital, sendo que nas cidades do interior do Estado o problema também está igual. Nesta sexta-feira (06), aconteceu o pior e uma criança de apenas 9 anos de idade morreu depois que foi picada por um escorpião porque não tinha na unidade de saúde o soro para anular o efeito do veneno.
Pietra Teixeira do Nascimento, de apenas 9 anos, morreu porque no Hospital de Aparecida do Taboado, a 457 quilômetros da Capital, não tinha soro. A mãe da menina, a dona de casa Mara Teixeira, 36 anos, perdeu o segundo filho por falta de estrutura no município da região do Bolsão, com 25 mil habitantes e 11 estabelecimentos de saúde.
A cidade tem porte para garantir estrutura mínima no atendimento da saúde aos seus moradores. No entanto, por falhas na administração municipal, famílias choram a morte de entes queridos. Pietra morava com o pai. Por volta das 4h30 de quinta-feira (05), enquanto dormia com a avó, ela foi picada pelo escorpião.
Segundo a madrasta da menina, a bacharel em Direito, Cláudia Pereira, 35 anos, eles correram para o hospital municipal. No entanto, foram informados de que nenhuma unidade de saúde no município tinha o soro antiescorpiônico, fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde.
Durante duas horas, a menina só recebeu medicamento para conter o vômito e dor. Ao verificar que o estado da filha se agravava, Patrick se desesperou e encaminhou a garota para o hospital de Santa Fé do Sul (SP), a 29 quilômetros. No entanto, como o soro foi aplicado tarde, o veneno atingiu os órgãos de Pietra, que não resistiu e faleceu na madrugada de ontem.
Não é a primeira vez que a dona de casa sente esta dor. Há dois anos, ela viu o filho Enzo Rafael morrer 20 dias após o nascimento por falta de equipamentos no mesmo hospital. A criança tinha má formação no céu da boca e precisava ser removida para Campo Grande.
O bebê teve paradas cardíaca e respiratória e morreu no caminho, a 20 quilômetros da Capital. Mara viu dois dos quatro filhos morrerem por falta de estrutura em Aparecida do Taboado.
Em entrevista ao Midiamax, o secretário municipal de Saúde, Márcio Garcia Galdino, confirmou que não havia soro no hospital. Ele anunciou que irá investigar o motivo da falta do medicamento. A falta de estrutura no interior é reflexo da falta de investimento por parte do poder público. O Governo estadual repete o discurso de que irá regionalizar o atendimento no interior para acabar com a romaria de ambulâncias para Campo Grande.
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