O procedimento cirúrgico, que é considerado simples pelos especialistas, teria desencadeado a cegueira de seis pacientes. Desse total, dois tiveram o globo ocular removido. A causa, de acordo com a reportagem, seria uma infecção provocada por uma bactéria de nome científico Pseudomonas aeruginosa.
Regularmente encontrada em infecções hospitalares, a bactéria pode contaminar com facilidade próteses, ventiladores, cateteres e lentes de contato. O seu controle e eliminação são muito difíceis por ser resistente a antibióticos.
Ainda conforme as informações da repórter Natália Fernandjes, as reações à cirurgia ocorreram no dia seguinte, durante o pós-operatório.
Uma das pacientes, que perdeu a visão do olho esquerdo, aguarda novos exames e vive a possibilidade de também não enxergar mais com o direito. Outro paciente, um senhor de 66 anos de idade, está inconformado com a perda da visão do olho direito, que o impede de dirigir e lamenta o fato d enão poder mais passear e viajar de carro com a esposa. 
As famílias estão se organizando para promover uma ação judicial conjunta. Em alguns casos, não há mais solução cirúrgica ou médica. Outros pacientes podem recuperar parte da visão através de transplante de córnea.
A Prefeitura de São Bernardo emitiu uma nota oficial ao jornal alegando que os serviços foram executados por uma empresa médica terceirizada e informou que tomará todas as medidas cabíveis para punir os responsáveis e auxiliar os pacientes. 
A administração municipal também registrou o caso na Vigilância em Saúde e criou uma comissão que analisará as causas do acontecimento. Os gestores da saúde na cidade se defendem informando que, no