quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Entenda a relação entre os cabelos grisalhos e o câncer

 Nova pesquisa revela como os fios brancos podem ser um mecanismo do corpo para frear o crescimento de células defeituosas ligadas a tumores


Saiba qual a relação que existe entre cabelos grisalhos e câncercrédito: Freepik

O surgimento de cabelos grisalhos, muitas vezes associado ao envelhecimento, pode ser um indicativo de que o seu corpo está acionando um importante sistema de defesa contra o câncer.

Uma nova pesquisa feita com camundongos revela que os fios brancos são um efeito colateral de um mecanismo que impede a multiplicação de células com DNA danificado.

Essa descoberta amplia uma visão disseminada há anos, sugerindo que a perda de cor nos cabelos é um sinal visível de que o organismo está priorizando a saúde a longo prazo. O corpo parece fazer uma escolha: é melhor ficar com os cabelos brancos do que arriscar o desenvolvimento de um tumor.

Um mecanismo de defesa visível

O processo está relacionado às nossas células-tronco de melanócitos, que reabastecem essas células produtoras de pigmento por meio da regeneração cíclica, que repete fases de atividade, repouso e renovação em sincronia com os ciclos naturais de crescimento e queda do cabelo. Essa atividade supre o necessário de pigmento e, portanto, gera uma cor de cabelo forte durante a maior parte de nossas vidas.

A maior questão é que nossas células sofrem agressões ao seu próprio DNA (material genético dentro das células) consequentes de fontes de radiações ultravioleta, exposição a produtos químicos e nosso próprio processo de metabolismo celular. Esse dano celular contribui tanto para o envelhecimento quanto para o risco de cânceres.

Esse estudo mostra que, ao sofrer esses danos no DNA, as células-tronco de melanócitos passam por um processo chamado “senodiferenciação”. Na senodiferenciação, as células-tronco amadurecem irreversivelmente como células pigmentares e desaparecem do conjunto de células-tronco, levando ao aparecimento de cabelos grisalhos.

Esse processo é regulado por vias de sinalização internas que permitem que as células se comuniquem entre si. Ao remover essas células maduras da população de células-tronco, o acúmulo e a possível disseminação futura de mutações genéticas ou alterações no DNA que poderiam promover o câncer são evitados.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

Entenda a relação entre os cabelos grisalhos e o câncer

Médico de BH é condenado após dizer que mamografia causa câncer de mama

 Declaração aconteceu no ano passado, no Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre a doença.


Conteúdo que se tornou alvo da Justiça havia sido publicado no Instagram e no canal de Lucas Ferreira Mattos no YouTubecrédito: Redes sociais/Reprodução


O médico de Belo Horizonte (MG) Lucas Silva Ferreira Mattos foi condenado pela Justiça Federal depois de associar — sem qualquer evidência científica — exames de mamografia a um aumento nos casos de câncer de mama. A decisão do juiz Felipe Eugênio de Almeida, assinada em 28 de outubro, atende a uma ação civil pública ajuizada em março pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Ao responder a uma pergunta de uma pessoa alegando ter dois cistos nos seios, Lucas afirmou: "Uma mamografia gera uma radiação para a mama equivalente a 200 raios-x. Isso aumenta a incidência de câncer de mama por excesso de mamografia. Eu tenho 100% de certeza de que seu nódulo benigno na mama é deficiência de iodo". A declaração aconteceu no ano passado, no Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre a doença. Mattos acumula mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais.

"O que se observa, pelos documentos constantes dos autos, é que a maioria da comunidade científica entende que a utilização da mamografia deve ser incentivada, desde que respeitadas a individualidade das pacientes e a periodicidade indicada", avaliou o juiz, determinando ainda que, até o julgamento do mérito da ação, o médico não fale em redes sociais sobre a mamografia e "tratamentos contra o câncer de mama que possam causar qualquer desinformação em relação ao tema".

O conteúdo que se tornou alvo da Justiça havia sido publicado no Instagram e no canal de Lucas no YouTube. Porém, nessa segunda plataforma, o vídeo só foi excluído após o juiz determinar, em 5 de novembro, que o médico fosse intimado em seu endereço por um oficial de justiça diante do que qualificou como "frontal desobediência" à decisão proferida em 28 de outubro. 

    A AGU também requereu a condenação do médico por dano moral coletivo mediante o pagamento de R$ 300 mil — montante a ser destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. Esse pedido ainda será avaliado no julgamento final da ação. 

    A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Lucas Silva Ferreira Mattos. O espaço segue aberto para manifestação. 

    Câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil

    O câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil. O número estimado para o triênio de 2023 a 2025 é de 73.610 novos casos por ano, correspondendo a um risco estimado de 66,54 ocorrências a cada 100 mil mulheres, conforme a publicação "Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil" do Inca (Instituto Nacional de Câncer). 

    • Em 2021 foram registrados 18.139 mortes de mulheres por câncer de mama no país. No entanto, a maioria dos casos, quando tratada adequadamente e em tempo oportuno, tem bom prognóstico para as pacientes.

    A primeira orientação do Inca é que a mulher observe e apalpe suas mamas (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano). A segunda estratégia de detecção precoce é o rastreamento pela mamografia.

    Médico de BH é condenado após dizer que mamografia causa câncer de mama

    Estrema direita quando não esta matando, Desinforma                                                         


         

    Médico por formação, o senador Otto Alencar (PSD-BA) questionou várias declarações da oncologista e imunologista Nise Yamaguchi na CPI da ...
    YouTube · Jornal O Globo · 2 de jun. de 2021



    19 de jul. de 2021 — médico norte-americano Jennings Ryan Staley se declarou culpado no processo movido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos após ...


    4 de out. de 2024 — médico e professor francês Didier Raoult, guru mundial de tratamentos sem evidências científicas contra covid-19, teve o registro ...

                                          A JUSTIÇA IGNOROU OS CRIMES DESSE SUJEITO 
                                    





    domingo, 21 de julho de 2024

    Paciente de Campinas vive 4 anos com gaze esquecida na barriga

     09/02/2017 21h12 - Atualizado em 09/02/2017 21h26

    Paciente de Campinas vive 4 anos com gaze esquecida na barriga

    Em Socorro, jovem também passou pela mesma situação durante o parto.
    Mulher morreu após compressa não ser retirada em cesárea semana passada.

    Do G1 Campinas e RegiãoReproduzir vídeo

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    Há uma semana a morte de uma mulher de Nova Odessa (SP) chocou a região. Depois de uma cesária, a equipe que fez a cirurgia esqueceu uma compressa dentro dela. Cerca de 10 dias depois, ela passou mal e não resistiu. No entanto, casos como esse não são tão raros. O médico conselheiro do Cremesp admite que em algumas situações erros assim acontecem.

    Em Campinas (SP), uma paciente viveu quatro anos com uma gaze que foi esquecida na barriga durante uma cesárea em um hospital particular. Já em Socorro (SP), uma jovem teve uma compressa que não foi retirada pelos médicos quando deu à luz de parto normal ao primeiro filho.

    Paciente viveu com gaze esquecida na barriga por 4 anos (Foto: Reprodução/ EPTV)Paciente viveu com gaze esquecida na barriga por 4 anos (Foto: Reprodução/ EPTV)













    4 anos
    A dona de casa Cláudia Vicinança viveu quatro anos com uma gaze esquecida na barriga após uma cesárea em um hospital particular de Campinas. Ela sentia muitas dores, mas conta que só descobriu o problema quando resolveu ter um segundo filho.

    "Eu sentia que eu tinha algum problema. Eu sentia muitas dores, eu me sentia mal. Eu não tinha uma vida normal. O médico que procurei era especialista em reprodução e disse 'não vou te enganar', você não tem mais condições de poder ter outro filho", relembra.

    Cláudia conta que o estrago que o erro médico trouxe em sua vida nunca será esquecido. "A gente nunca esquece. A gente não consegue superar porque a gente fica com sequelas. Errar acontece, mas são muitos erros", desabafa.

    Eu sentia que eu tinha algum problema. Eu sentia muitas dores, eu me sentia mal. Eu não tinha uma vida normal"
    Cláudia Vicinança, dona de casa

    O médico que atendeu a Cláudia perdeu uma ação na Justiça, teve que indenizar a paciente, mas continua trabalhando.

    Muita dor
    Já o caso da estudante Daiana Oliveira aconteceu há seis anos em Socorro, em um hospital público.

    Ela conta que desconfiou que algo estava errado após o nascimento do filho porque sentia muita dor. "Eu sentia muita dor e febre, só que eu cheguei a achar que eram os pontos, não que era uma compressa", afirma.

    Ela procurou ajuda em um posto de saúde e a enfermeira percebeu que havia algo estranho e conseguiu retirar, mas por causa das complicações teve que tomar vários antibióticos. "Eu não pude amamentar meu filho, que é um momento que é único na vida da gente. Você vai ter um filho e não imagina que vai passar por tudo isso", desabafa.

    O médico que fez o parto da Daiane ainda responde na Justiça e por enquanto, continua trabalhando.

    Procedimento
    As compressas feitas de gaze normalmente são usadas em grandes cirurgias para estancar sangramentos. Mas para que nada seja esquecido dentro do paciente, o Ministério da Saúde tem um protocolo que diz que todos os instrumentos e materiais devem ser contados antes e depois do procedimento.

    Mesmo assim o médico conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) Renato Françoso admite que em alguns casos erros acontecem. "Infecções importantes dentro da cavidade abdominal, pacientes obsesos, de grande dificuldade de acesso cirúrgico são essas situações que podem muitas vezes não justificar, mas explicar porque esses instrumentos foram deixados", conclui.

    Jovem de Socorro teve compressa esquecida na barriga durante parto (Foto: Reprodução/ EPTV)Jovem de Socorro teve compressa esquecida na barriga durante parto (Foto: Reprodução/ EPTV)https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2017/02/paciente-de-campinas-vive-4-anos-com-gaze-esquecida-na-barriga.html