Última atualização agosto 29th, 2015 11:48 AM
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Em Manaus, vítima de erro médico denuncia falso cirurgião plástico
Incomodada com tamanho de seus seios e com o objetivo de fazer uma cirurgia estética reparadora para diminuir as mamas, a enfermeira Ana Deborah dos Santos Correa, 27, decidiu procurar em maio de 2010, a Clínica Santa Márcia, localizada na avenida Costa e Silva, bairro Raiz, Zona Sul de Manaus.
Sob os cuidados do médico e diretor da clínica, Osmar Monteiro de Souza Filho, a jovem, que na época tinha 23 anos, fez uma consulta e a cirurgia foi orçada em R$ 5 mil. Entretanto, Souza Filho aconselhou a cliente a fazer a redução e pôr próteses de silicone, pois seria uma nova tendência.
“Ele disse que ficaria esteticamente, mais bonito e uniforme. No caso, ele diminuiria os seios e colocaria as próteses, logo em seguida, na mesma operação. Essa outra cirurgia custaria R$ 7 mil, e foi a que eu fiz. Uma das minhas tias pagou o valor. Após o procedimento, o tempo foi passando e o local da operação não cicatrizava e os pontos abriam sempre”, contou Ana Deborah.
A enfermeira conta que foi aconselhada pelo médico a usar ataduras até que a operação fechasse. Mas, com o local ficou infeccionado, Ana Deborah precisou recorrer mais uma vez à Clínica Santa Márcia e o erro médico foi tomando proporções maiores.
“Os pontos arrebentavam e abria a cirurgia. Eu conseguia até ver as próteses. Então, ele me aconselhou a retirar o silicone, coisa que fiz em agosto do mesmo ano da operação. Nesse novo procedimento, ele falou que usaria uma anestesia local e eu não sentiria nada. A verdade é que a anestesia local adormece superficialmente. Eu senti a retirada e foi muito doloroso”, relembrou a enfermeira.
Ainda de acordo com Ana Deborah, o tempo restante após os procedimentos foi de desgaste financeiro, físico e emocional, pois ela alega não ter recebido assistência de Souza Filho. A enfermeira, que era recém-formada, perdeu o emprego, teve de fazer tratamento psicológico e contratar um enfermeiro.
Após algum tempo reclusa, no ano de passado a jovem decidiu expor seu sofrimento em uma rede social, que acabou em uma reviravolta.
“Eu tomei coragem e publiquei sobre o procedimento mal feito no Facebook. Porém, ele acabou prestando uma queixa contra mim por calúnia e difamação. Eu tive de remover o post. Mas, a partir disso, uma mulher me achou e se identificou como mais uma vítima desse médico. Então, entrei com um processo na 8ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho”, informou Ana Deborah.
A jovem acrescentou que nesta quarta-feira (29), prestou queixa no 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para poder abrir um processo criminal contra o médico Osmar Monteiro de Souza Filho.
Sem registro
Nos registros do Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM), não consta a especialidade de cirurgião-plástico no nome do referido médico. Segundo o órgão, Souza Filho já tem dois processos ético-profissionais e uma sindicância por complicações após cirurgia plástica.
Conforme o CRM, o médico já apresentou a defesa prévia e todas as ações estão encaminhadas para as alegações finais.
Ana Deborah contou que no desenrolar do processo civil, foi determinado que Souza Filho ressarcisse a jovem com o valor de R$ 15 mil reais. O prazo máximo para o pagamento seria na última terça-feira (28), mas, até a publicação desta matéria, o depósito não havia sido feito.
A enfermeira disse que recentemente precisou passar por dois mastologistas que cobraram entre R$ 15 mil e R$ 22 mil para uma nova operação. Ana Deborah pretende reajustar o tamanho dos seios, que ficaram desiguais após o erro médico. Em uma das consultas, a paciente foi avisada que as cicatrizes não sumiriam por completo e que a auréola de uma das mamas ficaria diferente.
A equipe do EM TEMPO Online tentou entrar em contato com o médico e diretor da Clínica Santa Márcia, mas não obteve nenhuma resposta no celular, nem no telefone fixo do estabelecimento, até às 15h45 desta quinta (30).
Por Cecília Siqueira (EM TEMPO Online)
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