DENÚNCIA
Dona de casa acusa enfermeiro de estuprá-la dentro de hospital de BH
Mulher dormia sozinha em apartamento quando foi abusada, segundo a família; vítima está internada há quatro meses com problemas respiratórios; em nota, hospital informou que abriu um processo para investigar o caso
PUBLICADO EM 11/03/14 - 11h12
Um enfermeiro é suspeito de ter estuprado uma paciente de 51 anos dentro de um hospital particular do bairro Gutierrez, na região Oeste de Belo Horizonte, na última quarta-feira (5). A denúncia foi feita pela família da mulher. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Hospital Madre Teresa informou que um processo foi aberto para investigar o caso.
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A irmã da vítima, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que a dona de casa está internada há quatro meses no Hospital Madre Teresa por problemas respiratórios. Na última semana, segundo a paciente, um homem, que se identificou como enfermeiro, entrou no apartamento durante a madrugada.
“Minha irmã estava dormindo sozinha. Ela contou que o enfermeiro começou a passar as mãos pelo seu corpo enquanto ela estava deitada na cama. Em seguida, o homem a levou para o banheiro e consumou o ato sexual. Ela está muito fraquinha e não teve como reagir ou pedir socorro”, disse a mulher.
Durante o suposto crime, a vítima teria pedido que o suspeito parasse porque "estava doendo" e poderia prejudicar seu tratamento. No entanto, segundo seu relato, o homem continuou com os abusos e, no fim, disse que voltaria.
“Ela está muito abalada. Disse que a sua vida acabou depois do estupro”, contou a sobrinha da paciente, que também pediu para não ter o nome divulgado.
Segundo a família, o caso foi levado ao conhecimento da coordenação do hospital, que teria demitido o funcionário. Ela, ainda na versão os parentes, teve que tomar um coquetel anti-HIV, prática comum em casos de estupro. A assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou que a dona de casa fez exame de corpo de delito e informou que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi concluído.
A família ainda disse que há meses tenta conseguir um aparelho de respiração para que a mulher se trate em casa. Depois do suposto estupro, o hospital disponibilizou o equipamento para que a vítima tenha alta.
“Nesse tempo que ela está internada, o hospital sempre falava que precisava da autorização do plano de saúde para liberar o equipamento, mas, depois do estupro, eles querem liberar a minha irmã. Porém, agora, ela não tem condições de receber alta médica”, contou a mulher. A paciente continua internada.
As irmãs da paciente foram ouvidas na tarde deste terça-feira (11) pela delegada Margaret de Freitas, da Delegacia de Mulheres. O caso será enviado para a Delegacia Especializada de Atendimento ao Idoso e ao Portador de Necessidades Especiais e ficará sob a responsabilidade da delegada Danúbia Helena Soares.
Confira o comunicado do hospital na íntegra:
"O Hospital Madre Teresa imediatamente iniciou um criterioso processo de investigação, assim que os responsáveis pela paciente procuraram a instituição e apresentaram a denúncia.
Imediatamente e, por iniciativa própria, o Hospital solicitou um laudo pericial ao Instituto Médico Legal. O laudo ficará pronto em 30 dias, mas o médico responsável pelo exame declarou que não há sinais de abuso sexual.
É importante esclarecer que mesmo diante da denúncia feita os responsáveis pela paciente não quiseram transferi-la para outra unidade hospitalar. A paciente continua recebendo toda a assistência no Hospital Madre Teresa".
Imediatamente e, por iniciativa própria, o Hospital solicitou um laudo pericial ao Instituto Médico Legal. O laudo ficará pronto em 30 dias, mas o médico responsável pelo exame declarou que não há sinais de abuso sexual.
É importante esclarecer que mesmo diante da denúncia feita os responsáveis pela paciente não quiseram transferi-la para outra unidade hospitalar. A paciente continua recebendo toda a assistência no Hospital Madre Teresa".
Atualizada
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