Pais acusam médico de abusar sexualmente de seus filhos em escola de Itacoatiara
Um ano após médico ter sido acusado de abusar de crianças durante consulta em colégio, nada aconteceu
A escola tem papel importante e obrigação de denunciar casos de abuso e maus tratos contra crianças e adolescentes
Um ano depois de ter sido denunciado junto ao Conselho Tutelar do Município de Itacoatiara, o caso das crianças que teriam sido abusadas durante uma consulta médica realizada na Escola Municipal Jamel Amed, ainda continua com o acusado sem punição.
Nesta quarta-feira (18), no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o vigilante Marcos*, pai de uma das vítimas, informou à reportagem de A CRÍTICA que até agora nenhuma punição foi aplicada ao agressor, que continua atendendo na cidade.
Segundo ele, o caso foi denunciado no dia em que ocorreu (15 de junho do ano passado) tanto para o Conselho Tutelar quanto para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente no município.
O vigilante conta que a filha, então com oito anos, era aluna da Escola Jamel Amed, que fica no Centro de Itacoatiara.
O médico, segundo o pai, obteve autorização da direção do estabelecimento de ensino para realizar consultas aos alunos através do Programa Médico da Escola, da Secretaria de Educação do Município.
“Uma equipe foi até a escola para fazer a triagem dos alunos e marcar data para a realização das consultas das crianças, mas acabou decidindo realizar os exames no mesmo dia”, relata Marcos.
Segundo ele, apesar de o diretor explicar à equipe que não poderia liberar as crianças naquela data, as consultas acabaram acontecendo sem o conhecimento dos pais.
O vigilante relata que as crianças foram colocadas na biblioteca da escola. “Na vez da minha filha, o médico pediu para ela tirar a roupa e ela não quis. Ele então levantou a blusa da menina e passou a alisar a barriga e parte dos seios”, relata.
Em outros dois casos, as crianças relataram ao vigilante que durante o exame do médico, além de ter alisado o corpo das vítimas, ele teria introduzido o dedo no ânus das mesmas para verificar a existência de coceiras.
“Minha filha está traumatizada e agora tem medo de entrar em um consultório médico”, afirma Marcos, admitindo que tentou localizar outros pais de crianças alunas da escola para que também denunciassem o acusado. Atualmente, a filha do vigilante Marcos não estuda mais na escola.
O vigilante informou que também responde a um processo por agressão contra o médico. “Fiquei revoltado e fui até o consultório dele, no Centro, para tirar satisfação, um dia após a denúncia”, afirmou.
*Nome fictício, conforme recomenda o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Caminhada e ato em Novo Remanso
Uma caminhada pelas principais ruas da cidade marcou nesta quarta (18) a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Itacoatiara. O Conselho Tutelar do município informou que nesta quinta-feira (19) realizará outro ato no distrito Novo Remanso.
Caminhada e ato em Novo Remanso
Uma caminhada pelas principais ruas da cidade marcou nesta quarta (18) a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Itacoatiara. O Conselho Tutelar do município informou que nesta quinta-feira (19) realizará outro ato no distrito Novo Remanso.
Primeira audiência será no dia 25O Conselho Tutelar do Município de Itacoatiara informou ontem que o caso de abuso envolvendo um médico que atua na cidade e crianças alunas da Escola Municipal Jamel Amed aguarda apenas um posicionamento da Justiça.
“O caso foi alvo de todos os procedimentos da parte do conselho tutelar e da delegacia especializada. O processo foi instaurado na delegacia e encaminhado à Justiça, a quem caberá agora realizar as audiências”, afirmou o vice-presidente do conselho, Evandro Júnior.
A primeira audiência do caso será realizada no próximo dia 25 deste mês.
“Infelizmente, o acúmulo de processos torna o trabalho da Justiça lento, mas o importante é que todos os passos foram cumpridos”, afirma.
O conselheiro explica que o município é um dos que registram os maiores indices de denúncias de violência, maus tratos e abuso sexual contra crianças e adolescentes no Estado.
“Temos apenas um conselho para cobrir todo o município, mas a prefeitura já estuda a possibilidade de criação de mais um conselho tutelar, por conta da grande demanda”, afirma Evandro.
Segundo ele, o caso das crianças que teriam sido vítimas de abuso teve grande repercussão na
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