Médicos chegaram a ficar presos por três meses em 2015; vítima ainda estaria viva no momento da retirada de rins e córneas em 2001
Por Jornal da EPTV 2ª Edição
Uma decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais anulou em 2ª instância a sentença que condenava quatro médicos envolvidos em um dos casos que ficou conhecido como "Máfia dos Órgãos", em Poços de Caldas (MG). A decisão é do dia 27 de junho e foi publicada na segunda-feira (3).
Com a decisão, foram anuladas as penas do urologista Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, que havia sido condenado a 17 anos de prisão; do radiologista Jefferson Skulski, condenado a 18 anos; do nefrologista João Alberto Góes Brandão, condenado a 19 anos e do médico Paulo César Pereira Negrão, condenado a 16 anos.
Os três primeiros tinham sido presos em março de 2015 e foram soltos em julho do mesmo ano. Ao todo, eles ficaram presos 102 dias. Segundo o Tribunal de Justiça, esse processo deve voltar à 1ª instância e ser analisado como homicídio doloso, com intenção de matar.
A defesa de Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e também de João Alberto Góes Brandão conteta a decisão e afirma que o retorno à 1ª instância demonstra a existência de erros graves no processo. A defesa diz ainda que Cláudio Rogério e João Alberto Góes agiram com ética e obedeceram todas as regras médicas. A defesa do radiologista Jefferson Skulski preferiu não se pronunciar ainda sobre o caso. A defesa de Paulo César Pereira Negrão ainda não se manifestou.
Caso 5
Outros três médicos foram julgados neste processo. Paulo César Pereira Negrão foi condenado a 16 anos de prisão, mas cumpre pena em liberdade. O juiz responsável pelo caso, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, concluiu que a participação dele foi insuficiente para a prisão. Entretanto, eles receberam medidas cautelares.
O médico e ex-secretário de Saúde, José Júlio Balducci, foi absolvido e a oftalmologista Alessandra Queiroz Araújo não foi presa porque o juiz entendeu que a pena era pequena e foi prescrita. Os advogados dos médicos informaram que ainda não há novidades no caso em relação ao habeas corpus.
Dois dos médicos acusados por este crime – João Alberto Góes Brandão e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes - já foram condenados em outros casos da chamada ‘Máfia dos Órgãos’. Este último chegou a ficar preso por 30 dias pela condenação de 17 anos, por envolvimento no caso do menino Paulo Veronesi Pavesi, o Paulinho, em 2001. O caso ficou conhecido como 'Caso Pavesi' e foi o que deu início às investigações a outros oito casos referentes ao tráfico de órgãos na cidade.
Caso foi julgado em julho de 2014 em Poços de Caldas
Entenda o caso
O caso denominado como ‘Caso 5’ aconteceu há 16 anos e vitimou Paulo Lourenço Alves, na época com 41 anos. Segundo o processo, a vítima morreu em 15 de janeiro de 2011 no Hospital da Santa Casa. Após a morte encefálica, as córneas teriam sido retiradas e enviadas para Varginha (MG) e os rins, embora retirados, não foram transplantados.De acordo com a denúncia, no prontuário da vítima não consta o laudo do exame que comprovaria a morte cerebral do paciente, que teria sido doador cadáver. Não foram encontrados também registros médicos relatando as condições clínicas do paciente e nem foi possível confirmar se as córneas foram encaminhadas para Varginha.
Para a promotoria, o paciente que teve os órgãos retirados em 2001 ainda estava vivo antes da cirurgia e os seis médicos que participaram do procedimento foram denunciados pela falha no diagnóstico de morte encefálica e remoção ilegal de órgãos.
Para o Ministério Público, há a denúncia de que o paciente havia ingerido bebida alcoólica no dia anterior à internação. Dessa forma, nenhum procedimento a fim de diagnosticar a morte encefálica deveria ter sido realizado, já que o álcool funciona como depressor do Sistema Nervoso Central (SNC). Por isso, os médicos são acusados de ter condutas que teriam como finalidade a morte da vítima para a captação dos órgãos.
Decisão anula sentença que condenou médicos por retirada ilegal de órgãos em MG | Sul de Minas | G1
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- Rafael CerqueiraHÁ 9 MESESUma mãe pobre robou um ovo de Páscoa e ta presa faz tempo.
- EtiquetteHÁ 9 MESESBom pra aprender
- Paulo GamaHÁ 9 MESESO Povo mineiro bebe tanta cachaça, que quando cai, até médico acho que o camarada morreu...
- Junior AlvesHÁ 9 MESES2 cidadãos tatuaram a testa de um bandido, já que a justiça não existe, estão preso e sendo negada pedido de soltura, enquanto o bandido está recebendo tratamento vip para a remoção da tatuagem e psicológica.
- Gilmar VieiraHÁ 9 MESESBrasil o país da corrupção e da impunidade.
- João MeloHÁ 9 MESESNosso judiciário dando mais uma aula de corrupção e impunidade. É lá que sujeira toda acontece.
- RoniHÁ 9 MESESNossa lei penal é o paraíso dos criminosos!
- Marcos WitczakHÁ 9 MESESAcho que não é a lei. A mesma que condenou em primeira instância foi usada para soltar na segunda instância.
- Luiz BravoHÁ 9 MESESQue vergonha este pais! A Justiça com estas decisões vergonhosas, fica cada vez mais desacreditada e desmoralizada diante do público. JUSTIÇA!
- Klauss ZamberHÁ 9 MESESNunca confie em um mineiro, principalmente se for de Poços de Cobras.
- Jane SilvaHÁ 9 MESESPior os ladrões de MERENDA ESCOLAR aqui em SP que foram absolvidos, esses o MP não os pegaram porque crime político tem salvo conduto de Soltura conforme o partido.
- Luiz MouraHÁ 9 MESESCade a ética? Olhe a cara de anjo destes caras.
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