Goiás 247_ A falta de médicos nos postos de saúde municipais de Goiânia tem causado inúmeros transtornos à população. Dois casos de falta de atendimento mostram a situação caótica da saúde do município. Uma idosa de 74 anos morreu neste domingo após passar por dois Cais. Ela só recebeu atendimento na terceira unidade de saúde, mas já era tarde demais.
Um comerciante registrou boletim policial por omissão de socorro depois de não ser atendido no Cais do setor Novo Horizonte. Ele diz que foi quatro dias seguidos na unidade de saúde e não encontrou médicos.
O problema da falta de médicos se arrasta há meses e a prefeitura de Goiânia afirma que o número de profissionais é insuficiente. A situação crítica nos Cais foi notícia na segunda-feira (14) no Jornal Nacional. A reportagem mostrou os casos do comerciante e da idosa morta.
“A atendente Daniela Maia levantou às 5h. Com dor nos rins, passou por duas unidades de saúde, mas não encontrou médico. “A gente chega aqui em caso de emergência, passando mal, eles falam que não tem. A gente está pedindo socorro””, diz trecho da matéria exibida ontem no Jornal Nacional.
Reportagem da Rádio 730 na semana passada mostrou que a ausência de profissionais acomete diversas unidades na Capital.
O drama de Maria Alice
Maria Alice de 74 anos passou morreu depois de ficar sem atendimento em dois Cais. Ela só foi atendida na terceira unidade, no setor Finsocial. Ela estava em Goiânia há um mês e sofria de leucemia. No domingo, ela caiu da cama e bateu a cabeça.
Maria foi socorrida pelo Samu em 20 minutos e levada pela ambulância. Às 7h ela já estava no Cais de Campinas, mas não havia médico. De lá, o Samu seguiu para o Cais do setor Cândida de Moraes e às 7h25 ela estava na unidade. Porém, outra vez ela não recebeu atendimento.
A ambulância foi então para o Cais do setor Finsocial e só então Maria Alice recebeu socorro. Mas, não resistiu e morreu. A irmã da idosa está indignada e acredita que Maria pudesse ser salva se fosse atendida já no primeiro Cais.
Secretário
O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, disse que o número de médicos é insuficiente e é preciso fazer novas contratações. Afirmou que é um período difícil por conta das residências médicas, mas que existe uma reserva técnica no concurso e que vai acionar o prefeito para que esses profissionais sejam chamados o mais rápido possível.
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