Professora está em coma há 4 meses após cirurgia de varizes em Maceió
Família de Gisela Campos, 34 anos, acusa Hospital do Açúcar de erro médico
12/08/2011 15h59
Josenildo Törres
Josenildo Törres
Com o desejo de se livrar das incômodas varizes de suas pernas, a professora Gisela Patrícia Campos entrou no Hospital do Açúcar no dia 13 de abril deste ano, mas quatro meses depois, ela continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição. O motivo, segundo a família, seria um erro médico que a levou ao estado de coma, já que durante o procedimento ela sofreu um choque anafilático, além de uma parada cardiorrespiratória.
Carlos Alberto Severino, que é noivo de Gisela Patrícia, está inconformado com o estado de saúde da professora, e cobra explicações para o que ocorreu durante uma cirurgia considerada simples. Para ele, foi um absurdo os médicos terem continuado a fazer o procedimento cirúrgico mesmo após a paciente ter sofrido um choque anafilático.
Processo, que segundo o noivo, foi desencadeado depois que ela recebeu a anestesia peridural. E a prova que um problema teria ocorrido, segundo disse ao Tudo na Hora, é o fato de Gisela ter tido a parada cardiorrespiratória e, logo em seguida, ter entrado em estado vegetativo, passando a mexer apenas os olhos.
“O procedimento foi cercado de erros desde o princípio, pois, se ela corria risco, a cirurgia não deveria ter sido liberada. Como se não bastasse, após o choque anafilático a cirurgia ainda foi realizada, o que a levou a ter uma parada cardio respiratória, que a deixou sem os movimentos e sem fala”, relatou Carlos André Severino.
A família acusa ainda o hospital de não prestar a assistência necessária à paciente nesses quatro meses. Por esta razão, o noivo da professora cobra uma posição da unidade hospitalar, além de afirmar que já prestou queixa à Polícia Civil. “Queremos explicações sobre o que realmente ocorreu e total assistência, pois minha noiva necessita de fisioterapia, que até hoje não foi liberada”, frisou.
Outro lado
Mas a assessoria de imprensa do Hospital do Açúcar disse ao Tudo na Hora que a paciente está recebendo todos os cuidados médicos necessários. “A unidade hospitalar está prestando toda a assistência médica que o caso requer”, afirmou a assessoria.
Quanto à acusação de erro médico formulada pela família de Gisela Patrícia Campos, a assessoria informou que “foi aberto um processo na Comissão de Ética para apurar a denúncia”. No entanto, “informações não podem ser repassadas, porque o caso corre em segredo, mas todas as providências estão sendo adotadas para apurar o que ocorreu”, assegurou.
O que diz o CRM
Em contato com o presidente do Conselho Regional de Medicina, Fernando Pedrosa, o Tudo na Hora foi informado que a denúncia ainda não foi formalizada pela família da professora. “Estou sabendo desta denúncia pela reportagem, mas a família pode procurar o CRM e formalizar uma denúncia, bastando preencher um formulário que se encontra disponível em nossa sede”, explicou.
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