Lagoa de Itaenga
Garoto de 3 anos vive em estado vegetativo após 12 cirurgias
O Imip e a AACD teriam negado atendimento ao menino por ele não ser parte do público-alvoPublicado em 26.11.2014, às 18:30
Por Site Da TV Jornal
Um menino de 3 anos, que atualmente mora em Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata de Pernambuco, está em estado vegetativo após fazer 12 cirurgias para corrigir uma atresia do esôfago, má formação que impede a passagem do alimento até o estômago. Por causa da doença, desde que nasceu José Vitor não consegue se alimentar pela boca. Em agosto, enquanto se submetia a mais um procedimento cirúrgico, dessa vez no Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife, o garoto sofreu uma parada cardiorrespiratória e passou 30 minutos desacordado, sem oxigenação. Ele conseguiu retornar, mas apresentou sequelas muito graves e 70% do cérebro foi afetado.
Atualmente, além da atresia do esôfago ter piorado, José Vitor perdeu todos os movimentos e não responde a nenhum estímulo. Desde então, o garoto, que precisa de acompanhamento constante de uma equipe médica, não está sendo atendido por nenhum hospital de Pernambuco. Segundo os pais da criança, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), duas unidades de referência do Estado, negaram atendimento a José Vitor porque, como ele não responde a nenhum estímulo, não faria parte do público-alvo de atendimento.
Ao longo de três anos de luta contra a doença, o pequeno realizou três cirurgias no município onde a família morava, em Natal, no Hospital Maria Alice, no Rio Grande do Norte. Sem sucesso, os familiares de José Vitor se mudaram para Pernambuco e mais nove cirurgias foram feitas, sendo oito no Imip e uma no HR. Diante da situação do garoto, os pais dele pararam de trabalhar para cuidar da criança. José Vitor só se alimenta e toma remédios por sonda. Além disso, ele tem muita secreção e fica sufocado. Por isso, os pais precisam aspirá-lo a todo momento, para que o menino não fique sem ar. Embora a família receba doações e tenha uma cama hospitalar em casa para o garoto, José Vitor precisa de atendimento médico constante. Profissionais como neurologista, pediatra, gastroenterologista e fisioterapeuta são fundamentais para que a criança possa melhorar o quadro de saúde e volte a ter qualidade de vida.
Ciro Bezerra e a equipe de jornalismo do programa O Povo na TV se mobilizaram para garantir os direitos médicos de José Vitor e foram até a Secretaria de Saúde de Pernambuco para cobrar uma solução. A secretária-executiva de Saúde, Ivete Buril, afirmou que o garoto tem sido atendido pelo Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) do município. Ele faz fisioterapia às terças e quintas-feiras. Quinzenalmente, ele é atendido pela enfermeira do Programa de Saúde da Família (PSF). Além disso, quando há necessidade de consulta com um especialista, o pai do menino se informa com a Secretaria Municipal, que entra em contato com a Segunda Regional de Saúde. Na semana passada, sexta-feira (21), José Vitor foi atendido por um pediatra e uma cirurgiã-pediatra no Imip.
Questionada por Ciro se o garoto não necessita de atendimento 24 horas, comhome care, a secretária disse que até o momento não chegou nenhuma solicitação médica de atendimento domiciliar. Para o próximo dia 1º de dezembro, estão marcadas consultas com otorrino, oftalmologista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta. Esses médicos vão emitir pareceres para orientar os pais de José Vitor sobre os cuidados a se ter com o menino. A Secretaria de Saúde de Lagoa de Itaenga está custeando o complemento alimentar de José Vitor, transporte, fraldas e medicações, como pomadas.
Quem quiser ajudar José Vitor pode ligar para o pai dele, Natan. O telefone é: (81) 9475-4028.
Reprodução/TV Jornal
Um menino de 3 anos, que atualmente mora em Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata de Pernambuco, está em estado vegetativo após fazer 12 cirurgias para corrigir uma atresia do esôfago, má formação que impede a passagem do alimento até o estômago. Por causa da doença, desde que nasceu José Vitor não consegue se alimentar pela boca. Em agosto, enquanto se submetia a mais um procedimento cirúrgico, dessa vez no Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife, o garoto sofreu uma parada cardiorrespiratória e passou 30 minutos desacordado, sem oxigenação. Ele conseguiu retornar, mas apresentou sequelas muito graves e 70% do cérebro foi afetado.
Atualmente, além da atresia do esôfago ter piorado, José Vitor perdeu todos os movimentos e não responde a nenhum estímulo. Desde então, o garoto, que precisa de acompanhamento constante de uma equipe médica, não está sendo atendido por nenhum hospital de Pernambuco. Segundo os pais da criança, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), duas unidades de referência do Estado, negaram atendimento a José Vitor porque, como ele não responde a nenhum estímulo, não faria parte do público-alvo de atendimento.
Ao longo de três anos de luta contra a doença, o pequeno realizou três cirurgias no município onde a família morava, em Natal, no Hospital Maria Alice, no Rio Grande do Norte. Sem sucesso, os familiares de José Vitor se mudaram para Pernambuco e mais nove cirurgias foram feitas, sendo oito no Imip e uma no HR. Diante da situação do garoto, os pais dele pararam de trabalhar para cuidar da criança. José Vitor só se alimenta e toma remédios por sonda. Além disso, ele tem muita secreção e fica sufocado. Por isso, os pais precisam aspirá-lo a todo momento, para que o menino não fique sem ar. Embora a família receba doações e tenha uma cama hospitalar em casa para o garoto, José Vitor precisa de atendimento médico constante. Profissionais como neurologista, pediatra, gastroenterologista e fisioterapeuta são fundamentais para que a criança possa melhorar o quadro de saúde e volte a ter qualidade de vida.
Ciro Bezerra e a equipe de jornalismo do programa O Povo na TV se mobilizaram para garantir os direitos médicos de José Vitor e foram até a Secretaria de Saúde de Pernambuco para cobrar uma solução. A secretária-executiva de Saúde, Ivete Buril, afirmou que o garoto tem sido atendido pelo Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) do município. Ele faz fisioterapia às terças e quintas-feiras. Quinzenalmente, ele é atendido pela enfermeira do Programa de Saúde da Família (PSF). Além disso, quando há necessidade de consulta com um especialista, o pai do menino se informa com a Secretaria Municipal, que entra em contato com a Segunda Regional de Saúde. Na semana passada, sexta-feira (21), José Vitor foi atendido por um pediatra e uma cirurgiã-pediatra no Imip.
Questionada por Ciro se o garoto não necessita de atendimento 24 horas, comhome care, a secretária disse que até o momento não chegou nenhuma solicitação médica de atendimento domiciliar. Para o próximo dia 1º de dezembro, estão marcadas consultas com otorrino, oftalmologista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta. Esses médicos vão emitir pareceres para orientar os pais de José Vitor sobre os cuidados a se ter com o menino. A Secretaria de Saúde de Lagoa de Itaenga está custeando o complemento alimentar de José Vitor, transporte, fraldas e medicações, como pomadas.
Quem quiser ajudar José Vitor pode ligar para o pai dele, Natan. O telefone é: (81) 9475-4028.
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