A infectologista participou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado e abalou a ala 'bolsonarista
02/06/2021 18:00 - atualizado 14/06/2021 09:03
Luana Araújo é médica infectologista é atua em Belo HorizonteCom o depoimento realizado nesta quarta-feira (2/6) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado, os olhos dos brasileiros focaram na médica Luana Araújo, médica infectologista, que seria a nova secretária extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde. A médica chegou a exercer o posto por 10 dias, mas foi demitida por motivos desconhecidos.
Crítica do tratamento precoce contra a COVID-19 e do uso de medicamentos como a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, Luana Araújo se formou médica especialista em doenças infecciosas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui um mestrado em Saúde Pública pela universidade Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, e é a primeira brasileira a receber a prestigiosa Bolsa Sommer.
Na rede social, a médica compartilhou, durante a pandemia de COVID-19, diversos posts sobre infectologia.
Nas postagens, Luana cita a ineficácia dos tratamentos indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pede a vacinação em massa.
Em outra postagem, a médica defende a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela posta um texto publicado pelo jornal The Washington Post que afirmou que a mulher Bolsonaro fazia uma saudação militar no Palácio do Planalto. Na foto, Michelle fazia um discurso em libras.
"Você pode ser a favor ou contra o que quiser, mas não pode mentir deliberadamente para fazer valer a sua opinião", escreveu Luana.
A médica posa com fotos do Cruzeiro, mas flamenguistas também compartilharam, durante o depoimento, uma foto dela com a camisa do time carioca
Confira o que a médica falou na CPI
- Luana Araújo sobre tratamento precoce: 'Discussão delirante, esdrúxula'
- CPI da COVID: Luana Araújo culpa polarização pelo veto na Secretaria
- 'Pandemia é também uma crise de confiança', diz Luana Araújo na CPI
- 'A mim, me dói', diz Luana Araújo após vídeos com declarações de Bolsonaro
- 'Ciência não tem lado: ou é bem feita, ou é mal feita', pontua Luana Araújo
- Luana Araújo sobre 'imunidade de rebanho': 'Não é inteligente'
- Luana Araújo compara tratamento precoce com pular a 'borda da terra plana'
- Protocolo de tratamento precoce 'não existe', afirma Luana Araújo
O que é uma CPI?
O que a CPI da COVID investiga?
Saiba como funciona uma CPI
O que a CPI pode fazer?
- chamar testemunhas para oitivas, com o compromisso de dizer a verdade
- convocar suspeitos para prestar depoimentos (há direito ao silêncio)
- executar prisões em caso de flagrante
- solicitar documentos e informações a órgãos ligados à administração pública
- convocar autoridades, como ministros de Estado — ou secretários, no caso de CPIs estaduais — para depor
- ir a qualquer ponto do país — ou do estado, no caso de CPIs criadas por assembleias legislativas — para audiências e diligências
- quebrar sigilos fiscais, bancários e de dados se houver fundamentação
- solicitar a colaboração de servidores de outros poderes
- elaborar relatório final contendo conclusões obtidas pela investigação e recomendações para evitar novas ocorrências como a apurada
- pedir buscas e apreensões (exceto a domicílios)
- solicitar o indiciamento de envolvidos nos casos apurados
O que a CPI não pode fazer?
Embora tenham poderes de Justiça, as CPIs não podem:
- julgar ou punir investigados
- autorizar grampos telefônicos
- solicitar prisões preventivas ou outras medidas cautelares
- declarar a indisponibilidade de bens
- autorizar buscas e apreensões em domicílios
- impedir que advogados de depoentes compareçam às oitivas e acessem
- documentos relativos à CPI
- determinar a apreensão de passaportes
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/06/02/interna_politica,1272998/quem-e-luana-araujo-medica-que-depos-na-cpi-e-cantora-e-musicista.shtml
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