Polícia investiga se pacientes da Santa Casa de Tatuí tiveram problemas.
Bertino da Costa é apontado como um gerenciador de esquema de fraude.
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O falso médico Bertino Rumarco da Costa trabalhou por seis meses como plantonista na Santa Casa de Tatuí (SP), afirmou o hospital nesta sexta-feira (21). A Polícia Civil investiga se houve problemas no atendimento durante o período em que ele atuou na cidade. O suspeito foi preso em 5 de agosto após atender em cidades da região de Sorocaba (SP).
(Correção: O G1 errou ao publicar que Bertino da Costa é boliviano. A informação foi corrigida às 15h45 desta sexta-feira. Ele, na verdade, é brasileiro. A polícia não soube informar onde o suspeito nasceu).
Costa foi detido em Caratinga (MG), onde morava, e foi transferido na noite desta quinta-feira (20) à delegacia de Mairinque (SP), onde parte das investigações é feita. A Polícia Civil em Tatuí não investigará o caso. Ele foi apontado como um dos gerenciadores do esquema de fraude. Doze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, sendo que nove delas estão presas.
De acordo com a direção da Santa Casa, o profissional apresentou documentação falsa em nome de Naas Carvalho de Assis e trabalhou no local entre dezembro de 2014 a junho de 2015. O médico que teve o nome usado ressalta que está à disposição da polícia para contribuir com as investigações, pois foi vítima do golpe.
Entenda o caso
O esquema veio à tona em junho, depois que uma mulher que usava o CRM de uma médica foi descoberta exercendo a medicina no pronto-atendimento de Alumínio (SP). A polícia começou a investigar e descobriu um esquema maior. Uma empresa seria a responsável pela contratação dos falsos médicos que inclusive recebiam menos por plantão do que os médicos regulares.
O esquema veio à tona em junho, depois que uma mulher que usava o CRM de uma médica foi descoberta exercendo a medicina no pronto-atendimento de Alumínio (SP). A polícia começou a investigar e descobriu um esquema maior. Uma empresa seria a responsável pela contratação dos falsos médicos que inclusive recebiam menos por plantão do que os médicos regulares.
Durante a operação “Placebo”, aberta para investigar o caso, a Polícia Civil cumpriu diversos mandados de busca e apreensão de documentos nas diretorias de saúde, empresas e pronto-atendimentos. Com bases nos documentos, a delegada Fernanda Ueda afirmou à imprensa que os falsos médicos assinaram pelo menos 60 declarações de óbito. A polícia apura se as mortes foram causadas por conta de um atendimento inadequado por conta dos falsos profissionais.
O Ministério Público também investiga a responsabilidade dos órgãos de fiscalização das prefeituras sobre a contratação dos profissionais e se eles poderiam ter evitado as fraudes. O MP ofereceu denúncia do primeiro inquérito concluído pela polícia. Os suspeitos vão responder por uso de documento falso, exercício ilegal da medicina e formação de quadrilha.
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