Mãe acusa médica de deboche após criança morrer por erro de diagnóstico
Segundo familiares, médica alegou que a criança estava apenas desnutrida. Garota de apenas um ano morreu em Guarujá, SP, de meningite bacteriana.
02/06/2015 15h31 - Atualizado em 02/06/2015 16h01
Criança morre após ser diagnosticada com meningite bacteriana (Foto: Carla Nascimento/Arquivo Pessoal)
Uma criança de apenas um ano e nove meses morreu após contrair meningite bacteriana emGuarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com familiares, os primeiros sintomas apareceram na noite da última quinta-feira (28), com febre alta e vômitos. Maria Eduarda Nascimentos do Santos morreu nesta segunda-feira (1) após ser liberada sem um diagnóstico conclusivo por parte dos médicos que, segundo familiares, ainda 'debocharam' do caso e afirmaram que a garota estava passando fome.
De acordo Glaucyelle Valéria Nascimento, mãe da vítima, a filha foi encaminhada três vezes para o Pronto Atendimento Médico (PAM) da Rodoviária, onde passou por diversos exames. Segundo a mãe, uma das médicas debochou da criança durante o atendimento. "Ela disse que o soro não matava a fome que a minha filha estava sentido. O problema é que ela estava sem comer por causa dos sintomas que sentia", relata a mãe.
Apenas no domingo (31), três dias após o início dos sintomas, Glaucyelle conseguiu que a filha fosse diagnosticada com meningite meningocócica. A garota precisou ser transferida para o Hospital Santo Amaro, onde acabou indo direto, em estado grave, para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica.
De acordo com a assessoria de imprenda do Hospital Santo Amaro, a criança deu entrada na no hospital na tarde do último domingo. Após ser atestada com meningite bacteriana em estado avançado, ela veio a falacer na madrugada da segunda-feira.
Menina ficou internada em estado grave em hospital
(Foto: Carla Michelle Nascimento/Arquivo Pessoal)
(Foto: Carla Michelle Nascimento/Arquivo Pessoal)
Segundo a tia da vítima, Carla Michelle Nascimento, a menina nunca deu trabalho algum e sempre teve uma boa alimentação. "Ela era uma criança muito bem cuidada e estava bem. Não vamos nos calar. A minha sobrinha foi mais uma vítima de descaso dos médicos da cidade”, comenta a tia.
Desesperada com a situação, a mãe afirma que sabe que não poderá ter a filha novamente, mas quer que as pessoas responsáveis pelos diagnósticos errados sejam punidas. "Nada que eu fizer vai fazer a minha filha ficar viva. Muitos casos como este acontecem e eles fingem que não estão vendo. Quero Justiça para que outras famílias não sintam o que eu estou passando", ressalta Glaucyelle.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Guarujá lamenta a morte da garota e afirma que está à disposição dos familiares por meio dos funcionários da Usafa Jardim Brasil. De acordo com os registros de atendimento, a criança foi atendida na UPA Pediátrica, apresentando sintomas gerais sem gravidade, foi medicada e liberada. No dia seguinte, o quadro infeccioso se agravou levando Maria Eduarda ao óbito. A Secretaria de Saúde afirma também que promoveu o bloqueio químico no bairro onde a menina morava.
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